Quero finalizar esta discussão com um depoimento encontrado no blogue da Temple, sobre esta profissão, criticada por muitos e desejada também por muitos pelo salário e qualidade de vida que oferece. Veja um trecho do artigo de Elen Néris.
A história nunca foi generosa com o assessor de imprensa. Mas, voltando às minhas origens nessa área, quando fui trabalhar em assessoria, vi que a coisa não era bem assim. Claro, o assessor vai dar a versão da assessorado, um papel importante se levarmos em consideração que vivemos numa democracia e que todos têm direito de resposta. O bom jornalismo se faz ouvindo as duas partes. E, num estado com dimensões grandes como é o Pará, já vi casos em que fatos ocorridos no interior acabaram sendo esquecidos pela imprensa, tal é a velocidade das informações hoje e também a distância das sedes das redações em relação ao interior. Mas eram fatos que tinham importância do ponto de vista jornalístico e foram colocados em evidência novamente por meio do trabalho do assessor de imprensa.Release mostra só um lado? Acho que não é bem assim. Dependendo do caso, dá para o assessor fazer matérias (sim, eu disse matérias) boas, ouvindo fontes diversas e fazendo um serviço que vai também interessar à população. Mesmo um simples release pode, às vezes, subsidiar um bom repórter a fazer uma grande matéria. Para isso, basta que ele tenha mesmo o faro para a notícia e corra atrás, sem precisar se basear apenas no release.Para concluir, gostaria de deixar uma coisa bem clara. O objetivo deste artigo não é convencer ninguém a fazer assessoria de imprensa ou mesmo influenciar todo mundo a mudar sua opinião sobre os assessores de imprensa. Mas vou ficar satisfeita se conseguir levar alguém a uma reflexão, talvez até mesmo a trocar algumas idéias com o pobrezinho do colega que é assessor de imprensa (dizem até que ele nem é mais jornalista, por mais que ele tenha um diploma mostrando o contrário).A vida me ensinou que o mais bacana mesmo é você fazer o que gosta. De fato, ainda sou apaixonada pela redação, mas também gosto muito de trabalhar com a comunicação empresarial, área em que já atuo há uns três anos.Por causa desse trabalho, conheci muitas pessoas, culturas diferentes e viajei muito por esse Estado. Ironicamente, é exatamente o que eu queria fazer quando escolhi ser jornalista, mas nunca consegui quando estava em redação. Como toda profissão, lógico, tem seus altos e baixos, porém o mais importante é ser feliz. O resto a gente vai conquistando no dia-a-dia.
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