Há determinados momentos na profissão de um repórter que irão exigir mais do que a técnica de um bom texto ou reportagem. O jornalista necessita de discernimento diante dos fatos apurados na hora de divulga-los. Porém, fazer esta escolha implica somente na concepção ética do jornalista ou de conhecimento e percepção do mundo? Não. Os diretores da empresas jornalísiticas possuem uma parcela de responsabilidade quanto a veiculação da notícia.
Já comentei que determinadas coberturas televisivas assemelham-se a uma novela da vida real. Hoje quero aproveitar para ressaltar que alguns casos ultrapassam o limite do bem comum, prejudicando a imagem das pessoas e incentivando a atitudes equivocadas. Vale lembrar que é consenso em grande parte dos jornais do país que divulgar suícidios incentiva as pessoas cometer o ato.
Mas, o que é o bem comum? O Bem comum se identifica com o Bem supremo, Bem geral, Bem de todos, Interesse público, e expressões correlatas. Está contraposto aos Bens das Partes, Bens ou interesses particulares, sem os anular, pois um dos fins últimos do Bem comum é garantir a cada um sua perfeição para servir à comunidade.
Com base no conceito acima, observando as coberturas jornalísticas da atualidade percebemos que alguns casos a notícia está acima de tudo, inclusive do bem comum. É necessário refletir a prática jornalística e acabar com a história que discutir ética em jornalismo é debater sexo dos anjos. Não podemos culpar os fatos e circunstâncias, quando podemos evitar aquilo que atribuímos como sem explicação.
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