O site holandês Mininova.org é a maior página de downloads da web, com uma média de dois milhões de visitantes por dia e cerca de 35 milhões de acessos por mês.
Com quase 800 mil arquivos (filmes, séries, músicas, jogos, todos colocados no ar pelos usuários) disponíveis, gratuitamente, no formato torrent, o site foi fundado e é mantido por cinco amigos universitários.
Desde 2005, quando o Mininova foi criado, sucedendo o popular Suprnova.org, tirado do ar por questões legais, o crescimento da empresa foi considerável e, em 2006, "mininova" foi a nona palavra mais pesquisada do ano, no Google, chegando, em janeiro de 2007, à marca de um bilhão de downloads e, há pouco mais de um mês, ultrapassou cinco bilhões. "Somos o 60º maior site da internet, mas se você comparar com o Google ou o Yahoo, ainda somos bem pequenos", diz, por e-mail, Erik Dubbelboer, presidente da empresa.
O Brasil participa do site desde o início, sendo que um dos cinco primeiros arquivos da página foi o do disco "Compact Jazz", de Astrud Gilberto. "Seu país é a sexta maior fonte de tráfego para o site. São cerca de 3,8 milhões de visitantes brasileiros por mês, principalmente São Paulo e Rio", diz Dubbelboer.
Apesar de ser referência para downloads, que tanto preocupam a indústria, o Mininova não sofre tanta perseguição através da Justiça e da internet, como páginas similares a exemplo do piratebay.org, talvez por ser mais amigável às instituições, tirando do ar links para material com direito autoral protegido, quando os donos da obra pedem, ao contrário do Pirate Bay que, além de não tirar, ridiculariza as ameaças recebidas.
Mesmo com atitudes amistosas o Mininova foi processado, pela primeira vez, pela organização holandesa anti-pirataria Brein, que representa diversas empresas afetadas. "Estávamos negociando com eles, mas não chegamos a um acordo. É a primeira vez que o Mininova é processado, mas vamos à corte com plena confiança, pois operamos dentro da lei, retiramos material ilegal quando pedido".
Segundo a Brein, o site tem que responder por disponibilizar material com direito autoral protegido e deve instalar um filtro para prevenir esse tipo de infração dos usuários.
O Mininova se defende alegando não manter arquivos e ressalta que a empresa é um site de buscas, diferente do You Tube, por exemplo; além disso, lembra que nem todo material tem direito autoral protegido e nem todo país criminaliza este tipo de download que na Holanda, por exemplo, é permitido.
No Brasil ainda não há uma lei específica que proíba baixar arquivos, no entanto, um projeto de lei no Senado prevê a criminalização de quem faz download e troca arquivos sem autorização do titular. O ato já pode ser enquadrado como desrespeito ao direito autoral.
Fonte: Portal Imprensa
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