quinta-feira, 12 de junho de 2008

Comentário do dia: Mudaram somente o nome


Mal deu pra comemorar a extinção da CPMF e o governo vem com a Contribuição Social para a Saúde - CSS. "Aonde vamos parar com tantos impostos?"- perguntava hoje, um cobrador de ônibus na capital cearense. Unindo-se a ele há muitos brasileiros se perguntando como aguentar esta pesada carga tributária. O governo tem superávit em arrecadação e cria um novo imposto para a vida econômica do brasileiro.


Desde 1994, a carga tributária cresceu quase dez pontos percentuais, passando de 28,61% para 36,74% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2004, de acordo com dados do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). A arrecadação de impostos atingiu R$650 bilhões em 2004, dos quais 69,5% (R$451 bi) ficaram com o Governo Federal. A parcela dos Estados é de 26% e dos municípios, 4,5% (Fonte: Portal Economia).


De acordo com análise feita pelo IBPT, o Brasil apresenta a terceira maior carga tributária do mundo entre as maiores economias mundiais, ficando atrás somente de França e Itália. Nas últimas semanas temos acompanhado pela TV, o povo europeu protestando contra a alta do preço do petróleo e os excessivos impostos dos países. Gilberto Luiz do Amaral, presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, ressalta que a estabilização da moeda deixou de emitir moeda e para financiar gastos passou a aumentar a carga tributária.


"Quando a população tiver a consciência de que ela paga muito, ela exigirá dos governantes uma melhor aplicação desse dinheiro público. Infelizmente, os tributos brasileiros ficam escondidos principalmente no preço final de produtos e mercadorias", explica Gilberto.



O fato é que precisamos agir contra a excessiva quantidade de impostos que pagamos diariamente nos alimentos e operações econômicas do cotidiano. Não podemos calar diante de tamanha injustiça social. O governo arrecada muito e pouco tem sido feito para saúde, educação e segurança do país. Avançamos alguns passos, mas não temos qualidade suficiente para diminuir sensívelmente as desigualdade sociais. Vamos protestar!


Há diversas formas de fazer isso: discutir com os vizinhos sobre o problema, promover manifestações inteligentes (como as cruzes na praia de copacabana no RJ contra a violência) e por aí vai. Comente e deixe sua opinião. Sugira formas de protesto. Participe.
Everton Lima é jornalista

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