Segundo informações de uma coluna da Folha de S.Paulo, numa sentença publicada no último dia 5, o juiz Agemiro de Azevedo Dutra, da 3ª Vara Cível de Salvador, considerou a Globo inocente da acusação de racismo pela exibição da novela "Sinhá Moça" em 2006, que está sendo reprisada.
A polêmica começou quando o Ministério Público da Bahia entrou com uma ação civil contra a Globo, após ouvir queixas de soteropolitanos, exigindo que a emissora fizesse uma nova versão da trama, mostrando a participação do negro como de fato ocorreu, baseando-se em informações de historiadores aprovados pela promotoria.
"Sinhá Moça", de acordo com o promotor da ação, Almiro Sena Soares Filho, deturpou a história da escravidão já que, no romance, os negros aparecem extremamente passivos e sofredores, dependentes de heróis brancos. E argumentou, ainda, que, ao mostrar cenas de subserviência dos negros, em situações de sofrimento, tortura e humilhação, contrapondo à imagem do branco, que surgia entre bondades e romances, a novela estimulou ao racismo.
A Globo rebateu alegando que a trama é uma ficção, baseada num livro publicado há mais de cinqüenta anos, que não tem obrigação de abordar os fatos históricos como realmente aconteceram, senão seria um documentário. Argumentou também que penalizá-la por isso seria contra o direito institucional de liberdade de expressão e criação. A defesa da emissora foi integralmente acatada pelo juiz Agemiro de Azevedo Dutra.
Fonte: Portal Imprensa
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