Ontem, assistindo o Jornal Nacional vi a notícia abaixo.
Começou, nesta segunda-feira, em Brasília, a primeira Conferência Nacional de Comunicação, que pretende debater propostas sobre a produção e distribuição de informações jornalísticas e culturais no país. Entre as propostas, estão o controle social da mídia por meio de conselhos de comunicação e uma nova lei de imprensa. O fórum foi convocado pelo Governo Federal e conta com 1.684 delegados, 40% vindos da sociedade civil, 40% do empresariado e 20% do poder público.Mas a representatividade da conferência ficou comprometida sem a participação dos principais veículos de comunicação do Brasil. Há quatro meses, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, a Associação Brasileira de Internet, a Associação Brasileira de TV por Assinatura, a Associação dos Jornais e Revistas do Interior do Brasil, a Associação Nacional dos Editores de Revistas e a Associação Nacional de Jornais divulgaram uma nota conjunta em que expõem os motivos de terem decidido não participar da conferência. Todos consideraram as propostas de estabelecer um controle social da mídia uma forma de censurar os órgãos de imprensa, cerceando a liberdade de expressão, o direito à informação e a livre iniciativa, todos previstos na Constituição.Os organizadores negam que a intenção seja cercear direitos. A conferência foi aberta com a participação do presidente Lula.
Fonte: Globo.com
É interessante notar que os grandes conglomerados de veículos de comunicação do país optaram por não comparecer a conferência. A discussão do conselho federal de jornalismo é antiga. Lembro de estar nos dois primeiros anos da minha faculdade e acompanhar as primeiras colocações sobre o assunto. Naquela época, foi enterrada a história do conselho e hoje voltou-se a falar no assunto.
Penso que a categoria necessita de organização quanto a planos de cargos, carreiras e salários em todos os estados brasileiros. O piso salarial do jornalista é baixíssimo no Rio Grande do Norte e maioria dos veículos de comunicação costumam trabalhar apenas com o valor mínimo e não consideram como ponto de partida. Acredito que a presença de um conselho de jornalismo ajudaria neste ponto, mas o que mais se discute pelo governo é necessidade de controle da mídia.
As experiências de controle da imprensa que temos na América Latina chama-se ditadura bolivariana comandada pelo Hugo Chávez. Não quero comparar as realidades. Apenas posicionar-se contra a uma função do conselho de jornalismo de controlar a mídia. O passado brasileiro de repressão a imprensa é de fazer chorar qualquer ser humano.
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