quinta-feira, 31 de julho de 2008

História de Chapeuzinho Vermelho na Imprensa


A primeira postagem de hoje traz a História de Chapeuzinho Vermelho na Imprensa. São diferentes maneiras de contar a mesma história. Leia:


*JORNAL NACIONAL*

(William Bonner): 'Boa noite. Uma menina chegou a ser devorada por um lobo na noite de ontem...'. (Fátima Bernardes): '... Mas a atuação de um caçador evitou uma tragédia'.


*FANTÁSTICO*

(Patrícia Poeta): '... Que gracinha, gente. Vocês não vão acreditar, mas essa menina linda aqui foi retirada viva da barriga de um lobo, não é mesmo?'


*CIDADE ALERTA*

(Datena): '... Onde é que a gente vai parar, cadê as autoridades? Cadê as autoridades?! A menina ia para a casa da avozinha a pé! Não tem transporte público! Não tem transporte público! E foi devorada viva....Um lobo, um lobo safado. Põe na tela!! Porque eu falo mesmo, não tenho medo de lobo, não tenho medo de lobo, não.'
*REVISTA VEJA* 'Lula sabia das intenções do lobo'.


*REVISTA CLÁUDIA*

'Como chegar à casa da vovozinha sem se deixar enganar pelos lobos no caminho'.


*REVISTA NOVA*

'Dez maneiras de levar um lobo à loucura na cama'.


*REVISTA MARIE-CLAIRE*

'Na cama com o lobo e a vovó'.


*FOLHA DE S.PAULO*

Legenda da foto: 'Chapeuzinho, à direita, aperta a mão de seu salvador'. Na matéria, box com um zoólogo explicando os hábitos alimentares dos lobos e um imenso infográfico mostrando como Chapeuzinho foi devorada e depois salva pelo lenhador.


*O ESTADO DE S.PAULO*

'Lobo que devorou Chapeuzinho seria filiado ao PT.'


*REVISTA CARAS *

(Ensaio fotográfico com Chapeuzinho na semana seguinte) Na banheira de hidromassagem, Chapeuzinho fala a CARAS: 'Até ser devorada, eu não dava valor para muitas coisas da vida. Hoje sou outra pessoa'.


*PLAYBOY*

(Ensaio fotográfico no mês seguinte) 'Veja o que só o lobo viu'.


*REVISTA ISTO É*

'Gravações revelam que lobo foi assessor de político influente.'


*G MAGAZINE*

(Ensaio fotográfico com lenhador) 'Lenhador mostra o machado'

Publicitários x Regulamentação da Publicidade


Recebi este e-mail do professor Ricardo Silveira e estou postando em nosso blogue para uma boa reflexão sobre a questão da regulamentação da publicidade.


Leiam.


Ivana Bentes


Custou, mas apareceu, o "manifesto" dos Publicitários, se dizendo ameaçados pela tentativa de regulamentação da publicidade por parte dos órgãos de defesa do consumidor e da saúde pública. A retórica e estratégia são conhecidas: qualquer tentativa do Estado de regular a mídia, seja a faixa etária indicativa de programas na TV, seja a veiculação de publicidade de cigarros, bebida alcoólica, gordura trans ou uma cota de filmes brasileiros na TV, qualquer movimento social que ameace os lucros exorbitantes da publicidade e a liberdade de empresa, são considerados "censura" e "ataque a liberdadede expressão".


Em nova embalagem, a velha retórica. De forma grosseira, as emissoras de TV já tinham veiculado anúncio dizendo que o governo queria "tirar o direito do telespectador de escolher seus programas", diante da proposta em votação no Congresso de uma cota para conteúdo brasileiro nas TVs a cabo. Como se os pacotes com enlatados e programas comprados pelas emissoras tivessem algum grau de "escolha" e participação do espectador, obrigado ainda a levar no pacotão que compra uma porcentagem de lixo cultural adicional.


Mas o manifesto dos publicitários vai mais longe. Faz uma inversão ainda mais espetacular ao esvaziar totalmente o lugar de poder que está nas mãos (o zapping é um deles) da audiência e do público. O verdadeiro "produto" que é "vendido" para os anunciantes a peso de ouro e que sequer é mencionado no texto.O manifesto tenta nos convencer do contrário.



Não, não é a audiência eo espectador, o público, e a sociedade, nós, que sustentamos o mercado e a mídia e sim "a publicidade" em si. São eles, os mediadores, ospublicitários, diz o manifesto, os verdadeiros protagonistas dessa história.Transformados em arautos da democracia e da "livre expressão", os publicitários defendem no seu manifesto que "é a publicidade que viabiliza do ponto de vista financeiro a liberdade de imprensa e a difusão de cultura e entretenimento para toda a população. É a publicidade que torna possível a existência de milhares de jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão, assim como de outras expressões da mídia."


(!!!)Ou seja, para os publicitários estamos num cenário em que os mediadores são os protagonistas todo-poderosos da sociedade! Para eles, é a publicidade o esteio da democracia e não o contrário, a radicalização da democracia que vai democratizar inclusive a publicidade corporativa! Que vende quase qualquer coisa, que cria necessidades, fidelidades, hábitos e valores, estilos mais ou menos predadores...


É essa publicidade que quer se "auto-regulamentar" ?Os publicitários escamoteiam que é o espectador, a audiência, opúblico, a sociedade que produz valor simbólico e real, conteúdos, opiniões, produtos, mídia, inclusive de graça e de forma colaborativa, hoje, com as novas formas de produção e difusão da cultura livre pós-internet, produtos que podem ser acessados diretamente, sem a mediação da publicidade tradicional, inclusive!O manifesto dos publicitários não discute o que poderia ser uma publicidade democrática ou com objetivos "públicos" e não simples mente predadora ou visando o lucro imediato.


Também sequer cogitam a emergência de uma série de movimentos e ativistas que batalham no campo do consumo. Exigindo rótulos explicativos e indicativos dos venenos que ingerimos e que a publicidade vende sob um lindo design e letras miúdas.


Movimentos que exigem saber a origem da mão de obra de certos produtos, a forma de produção, a origem natural ou modificada, transgênica ou não, com ou sem agrotóxicos, etc. Ou seja, a liberdadede sabermos o que afinal ingerimos, calçamos, vestimos, lemos, vemos, consumimos.



Movimentos que mostram que o preço embutido da publicidade encarece os produtos de forma exorbitante! O que também não é dito no manifesto, ou seja, que somos nós que pagamos a própria publicidade que consumimos. Incutindo o medo. Com décadas de atraso em relação a outros países, e apesar do lobby poderoso, a propaganda de cigarros foi proibida na mídia brasileira. O que não levou a falência nem as emissoras de TV e jornais nem as fábricas de cigarros (que passaram a apoiar Festivas de música e produtos culturais).


O fim da propaganda de cigarro também não levou a uma diminuição da"liberdade de expressão" de ninguém, quem quer fuma, mas diminuiu-se sim os riscos de câncer de pulmão em nível planetário. Agora a batalha é proibir a publicidade de bebidas alcoólicas, sendo oalcoolismo uma epidemia no Brasil de ricos e pobres. Ninguém deixará de tomar sua cerveja, cachaça, vinho, whisky, o que for, mas sem dúvida o consumo será balizado por outras forças que não simplesmenteo bombardeamento diário da publicidade ostensiva e reiterativa.


Ao neutralizarem a força do consumidor e se colocarem na "origem" da liberdade de expressão e como fonte primordial de sustentação da mídia democrática, os publicitários fazem uma peça de marketing ruim e corporativa, distorcida. Esquecem, que o telespectador e a audiência, o público, o"prossumidor" (o consumidor que se tornou produtor e publicista) está mobilizado e é a nova forca de transformação no capitalismo midiático e imaterial.


A Mídia somos nós, a liberdade de expressão não tem nada a ver compropaganda de cerveja ou de gordura trans! Mesmo parados diante da TVestamos trabalhando para a audiência. O poder de consumo, de produção,criação e difusão está em toda a sociedade. É a sociedade que deve seremponderada! Ao invés da defesa incondicional da "perenidade" domercado publicitário, principalmente num capitalismo da abundância eda emergência da economia da gratuidade.O estágio atual é de politização do consumo! Não precisamos demanifesto de publicitários defendendo sua corporação e propondo"adequar" os Cursos de Comunicação as suas exigências, adestrando osjovens a um complexo industrial/publicitá rio em crise.


Quandoprecisamos de uma nova publicidade, de democratização, colaborativa efeita pelo próprio consumidor.O que falta são mais movimentos de consumidores, de telespectadoresque pudessem exigir, opinar, protestar e pressionar os fabricantes deprodutos e os publicitários. Algo que o anonimato e a impessoalidadeda audiência não estimulam.Como dar credibilidade a um manifesto que apaga o consumidor comofonte de poder e valor e colocar no seu lugar...os publicitários, ouque demoniza o Estado que quer regular e restringir certaspropagandas?


O Manifesto dos Publicitários se torna uma jogada de marketing ruim, pois:a.. Para os publicitários, não existe comunicação sem publicidade!.. Para os publicitários, a proibição de anunciar bebida alcoólica vai levar a mídia a falência!c.. Para os publicitários, sem a publicidade não existe "liberdade deexpressão"!.. Para os publicitários, para não "desaquecer" o mercado não se podeintervir nem restringir certos anúncios, como o de "bebidasalcoólicas, remédios, alimentos, refrigerantes, automóveis, produtospara crianças, entre outras".


Seria o equivalente a dizer que para não "desaquecer" o mercado de drogas não se pode intervir no sistema de venda, de tráfico de armas ede corrupção existente. Pois esse é um mercado aquecidíssimo e que movimenta zilhões, sem publicidade!"Seria demais pedir a um anunciante que proponha o desestímulo aoconsumo", nas palavras de Gilberto Leifert, presidente do Conar, aovender o texto, ou melhor, a publicidade dos publicitários.


Perfeito, é essa a lógica do Manifesto!"O objetivo central é sempre o fortalecimento da indústria dacomunicação", completa o texto, ou seja, a manutenção de um mercadopublicitário "perene" a qualquer custo. A mesma lógica"desenvolvimentista " que ainda é dominante na política, apesar deultrapassada e discutível.Os publicitários querem criar uma confusão entre as liberdadesindividuais, o "risco escolhido" (consumir, viver e morrer, ter prazerfumando cigarro, ingerindo gordura trans, bebendo ou usando drogasleves e pesadas, por vontade própria), a "liberdade de expressão" (quetem a ver com a possibilidade da pluralidade e da autonomia) ecapturam a defesa legítima dessas liberdades para a sua defesa de"liberdade comercial", mesmo que essa liberdade das empresas afronte asaúde pública e a construção do comum.


É muito preocupante que os publicitários transformem a Anvisa (AgênciaNacional de Vigilância Sanitária) e o Congresso em inimigos públicosnúmero um dos publicitários! Ou seja, o que está sendo descartado sãoas questões de saúde pública! E a construção do interesse "comum".Estranhamente os publicitários não falam em democratizar as verbaspúblicas destinadas as suas empresas e que são repartidas entre unspoucos veículos de comunicação. Essa repartição pouco democrática dobolo nem sequer é mencionada. Ou seja, o Estado só incomoda quandoquer regular para todos, não quando privilegia poucos.


O manifesto dos publicitários que ganhou ampla repercussão na própria TV, em horário nobre, teve dois garotos propaganda de peso, um Civitae um Marinho, donos de corporações de mídia e TV, com seus ternos cinzas, voz monocórdia e rosto descansado, adentraram a nossa casa, pela concessão pública que lhes demos, para fazer a sua própria publicidade e anunciar essa estranha contrafação. (IB)


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Internautas brasileiros podem ser remunerados pelo YouTube para postar vídeos


Na última quarta-feira (30), durante o Campus Party em Valência, Espanha, o responsável de conteúdos do YouTube no país europeu, Javier Alonso, anunciou que irá estender o Programa de Parcerias a internautas brasileiros e espanóis, que poderão ser remunerados pelo site, caso postem vídeos regularmente e consigam audiências consideráveis, atraindo publicidade.


Para participar, o usuário deverá postar vídeos - pelo menos uma vez por semana - que devem ocupar os primeiros lugares na classificação dos mais vistos ou que contenham "muitos assinantes".


O conteúdo do vídeo, no entanto, deve ser integralmente produzido pelo autor, ou seja, não se pode utilizar música ou imagens de outros artistas, a não ser que disponha dos direitos autorais.


Nem o percentual nem o valor que os internautas receberão foram informados pelo YouTube, mas Alonso ressaltou que estes "recebem mais da metade" do que o anunciante paga, e que os autores de vídeos mais vistos do mundo já receberam "milhares de dólares ao mês".


Fonte: Portal Imprensa

quarta-feira, 30 de julho de 2008

O jornal formando leitores críticos


Na última semana, em Campinas, aconteceu o 4° Seminário Nacional O Professor e a leitura do Jornal, promovido entre outros parceiros pela Associação de Leitura do Brasil (ALB) e Universidade Estadual de Campinas. O seminário teve como tema "A interface do jornal com outras mídias na formação básica e continuada dos professores" e conseguiu criar espaços de reflexão importante sobre o papel de diferentes meios de comunicação na escola.


Vale notar que o foco deste encontro é mesmo o professor da educação básica fato que o torna mais relevante para nós jornalistas e professores de jornalismo, pois constata que o trabalho jornalístico além de informar, também pode ser usado para educar. Que o jornal educa não resta dúvidas, é evidente que a circulação de informações promovida pelos meios de comunicação desencadeia uma circulação de saberes que estimula a educação, mas ser levado para sala de aula e ser incluído no processo de ensino-aprendizagem é um fato que reforça seu papel educativo.


A grande questão que ainda sugere muitos debates é como fazer uso deste jornal, contribuindo com os objetivos educativos, sem perder de vista que ele é um lugar em que as disputas ideológicas se materializam. Neste aspecto o seminário deu algumas pistas: não há formulas prontas para o uso de jornal em sala de aula, a escolha de como utilizá-lo passa pela experiência do professor, pela realidade do aluno e da escola e do objetivo educativo que está em jogo.


Contudo, sugiro uma regra que deveria ser tomada como um princípio do uso do jornal em sala de aula: a pluralidade de veículos durante as atividades educativas. Isto é, se não há formulas prontas também é preciso ter em mente que não há o melhor jornal a ser oferecido e o melhor para os alunos é a variedade, a possibilidade de contato com diferentes fontes, formatos e visões de mundo. Infelizmente, os programas atuais de leitura de jornal na escola, ligados a jornais específicos, acabam ocupando os espaços escolares com seus veículos e, em raras exceções, garantem essa pluralidade.


O exercício de fato da leitura e mais ainda da leitura crítica dos meios de comunicação só é possível quando o aluno confronta noticiários, compara abordagens e percebe que a escrita, muitas vezes, pode guardar a visão de mundo de quem escreve. Saber disso não diminui o fato, a notícia e nem mesmo o escritor, apenas garante ao leitor a possibilidade de compreender suas dimensões e formar sua opinião.


Logo, fazer uso do jornal em sala de aula deve significar em primeiro lugar um estimulo à pluralidade e à democracia e para isso esta prática precisa estar desvinculada dos interesses particulares das empresas jornalísticas. Formar leitor crítico e não formar leitor de "tal" jornal, este tem que ser a preocupação de quem escolhe este suporte como aliado em suas aulas.


Kátia Zanvettor é jornalista e doutoranda pelo programa de Pós-Graduação em Educação da USP. É também professora do curso de Pós-graduação em Comunicação do UniFOA

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Comentário do dia: O crime organizado quer calar a imprensa


Não é de hoje que comento sobre a tentativa do crime organizado em calar a boca da imprensa brasileira em nosso blogue. É inadmissível que um país democrático como o Brasil que se aceite determinadas imposições de marginais que traficam drogas e massacram com violência a nossa sociedade. A imprensa continua o seu trabalho de denúncia. Não para e não deve parar. Porém, o governo não faz a sua parte e temos que continuar a mercê desses bandidos.


Vou citar um caso que ocorreu este fim de semana. Jornalistas e fotógrafos de O Globo, O Dia e Jornal do Brasil foram ameaçados por traficantes da comunidade Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte da cidade do Rio de Janeiro (RJ), enquanto acompanhavam a campanha do candidato à Prefeitura Marcelo Crivella (PRB), que fazia corpo-a-corpo com eleitores da região.


Os bandidos - um deles armado com um fuzil - obrigaram os profissionais dos veículos a apagarem as fotos que haviam sido realizadas no local, visto que apareciam em algumas delas onde o candidato tentava cumprimentá-los. As imagens foram deletadas, mas recuperadas depois. E aí? Comente.

Dica importante: Cursos Virtuais oferecidos gratuitamente pela Fundação Getúlio Vargas


A Fundação Getulio Vargas em parceria com a Universidade da Califórnia de Irvine (UCI), disponibilizou dois cursos on-line gratuitos: um de Recursos Humanos, de autoria da instituição americana, que foi traduzido para o português e adaptado à metodologia da Fundação; e outro de Ética, desenvolvido pelo FGV Online.


Para ter acesso aos cursos, basta acessar o site http://ocw.uci.%20edu/courses


O curso de Ética está dividido em três módulos: Perspectiva Histórica e Filosófica, Valores e Princípios Éticos, e Responsabilidade Social Empresarial e Gestão Ética. Já o curso de Recursos Humanos, em parceria com a UCI, abordará os seguintes temas: Imagem; Comunicação e Tecnologia ? o estilo de vida sem fronteiras; Narciso e a Ética; Saúde, Higiene e Segurança; e Uma Rotina de Boas Maneiras.

Meu Estado: RN possui elevado número de autuações na atividade pesqueira


Gostaria de trazer uma boa notícia hoje, neste espaço que dedico ao meu estado. Porém, me chamou a atenção uma matéria do jornal De Fato (Mossoró-RN) que destaca o Rio Grande do Norte como o terceiro em autuações na área pesqueira. Do total de 406 autuações efetuadas pelo órgão no ano passado, no Estado, 133 se referem à atividade pesqueira. A maioria delas se referem à pesca predatória da lagosta. Estado perde apenas para o Ceará e Bahia.


Outro dado que não merece nenhum motivo para comemoração revelado na matéria, é da Geobrasil, em 2002, que aponta o desmatamento como o crime ambiental mais praticado no Rio Grande do Norte. Do total do território do Estado, 56% se encontra desmatado ou antropizado (área em processo de regeneração, as conhecidas capoeiras).


Sobre o assunto da pesca, os CEFETs do Ceará e do Rio Grande do Norte estão formando um Núcleo de Pesquisa em Aqüicultura e Pesca – Núcleo 03 - Nordeste, com atividades em Acaraú (CE) e Macau (RN). O programa foi implementado em 18 de dezembro de 2006, por meio do Acordo de Cooperação Técnica celebrado entre o Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (MEC/Setec), e da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (Seap).

Roda Viva: Questões Climáticas no Planeta


O programa Roda Viva, da TV Cultura, mediado pela jornalista Lillian Witte Fibe (foto), exibe hoje, a partir das 22h40, a entrevista com Rajendra Pachauri, presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. O profissional já recebeu o Prêmio Nobel da Paz 2007, juntamente com o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore.

Na bancada de entrevistadores estarão Cláudia Tavares (repórter do programa Repórter Eco, da TV Cultura); Claudio Angelo (editor de Ciência do jornal Folha de S. Paulo); Herton Escobar (repórter de Ciência e Meio-Ambiente do jornal O Estado de S. Paulo); e Alexandre Mansur (editor de Ciência e Tecnologia da revista Época).

Combate ao Fumo x MPF


Foi publicado ontem no jornal O Povo.


O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação civil pública em Santa Catarina contra a obrigação que tem a indústria do cigarro de estampar imagens de impacto nas embalagens do produto, uma das principais estratégias do Ministério da Saúde contra o tabagismo. A ação partiu da Procuradoria da República em Blumenau, onde está instalada uma usina da cigarreira Souza Cruz, a maior do Brasil.


O procurador João Marques Brandão Neto nega que a ação tenha qualquer intenção de defender os interesses da atividade cigarreira local. Ele disse que o MPF foi motivado por uma solicitação de um advogado que apontava, em 2005, que as imagens produzidas pelo Ministério da Saúde eram uma afronta à dignidade humana.


Brandão Neto defende na ação que, caso a obrigação às cigarreiras continue, deve ser criada uma estratégia semelhante para combater o alcoolismo, com a colocação de imagens agressivas nas garrafas de bebidas alcoólicas. A Anvisa declarou que aguarda notificação oficial para se pronunciar.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Comentário do dia: O jornalismo televisivo está mudando


Você está percebendo? O jornalismo televisivo está mudando. Há começar pela variedade de opções para absorver a notícia na telinha. Hoje, as televisões abertas (Leia-se Globo, SBT, Record, Rede TV e Band) investem na área do telejornalismo apresentando pelo menos três noticiários por dia. Podemos destacar também a Record News, canal de notícias aberto, que chegou como uma novidade e configura-se na atualidade como uma alternativa para muitos brasileiros. Isso é bom, contribui para quebra de monopólios de informação.


As matérias dos telejornais estão mais diversificadas na busca de índices de audiência. Há um investimento pesado para conseguir reportagens investigativas e especiais. Parece que estamos prendendo o acusado junto com a polícia. Acompanhamos todos os passos: Desde o dia do crime até prisão do bandido. Gravações telefônicas e entrevistas exclusivas servem como furos de reportagem para atrair o público.


Vocês está me entendendo? Vou ser mais claro agora. Na tentativa de alavancar público para frente da TV, as emissoras investem em divulgar informação de maneira espetacularizada. O importante é levar a notícia em primeira mão e ganhar audiência. Levo a seguinte reflexão: Até que ponto estas mudanças são favoráveis ao crescimento da imprensa brasileira?


Everton Lima é jornalista

Meu Estado: Família de prefeito aprova família no concurso


Meus amigos, tem coisas que só acontecem no estado do Rio Grande do Norte. Segundo informações do jornal De Fato (Jornal Diário Local de Mossoró-RN), o Instituto Soluções divulgou no dia 10 a relação dos aprovados no Concurso Público realizado pela Prefeitura Municipal de Governador Dix-sept Rosado para contratação de 150 servidores. Para a surpresa dos concorrentes, a família do vereador/prefeito Anaximandro Vale (PSB) foi quase que em sua totalidade aprovada.


Trecho da matéria:


"Na lista de aprovados, consta o nome da mulher do prefeito Anaximandro Vale, a médica Isaura Cristina Rosado Maia, que ficou em 3º lugar para o cargo de médico do município. O pai do prefeito Anaximandro Vale, Francisco Adail Carlo do Vale Costa, também passou no concurso para o cargo de médico do Programa de Saúde da Família.


A mãe do prefeito, a senhora Zileide Rodrigues do Vale Costa ficou em terceiro lugar para o cargo de pedagoga do município. O irmão de Anaximandro Vale, Artur Rodrigues do Vale Costa, foi aprovado em 2º lugar para o cargo de Assistente em Administração. Na longa lista de familiares, constam ainda nomes de primos, tios e de pessoas próximas e amigas do prefeito.


Um exemplo é Bruno Rafael de França Silva, que ocupava um cargo comissionado no gabinete do prefeito e ficou em 1º lugar para o cargo de motorista. Até a empregada da casa de Adail Vale, Maria Vandelúcia de Souza Silva, terminou aprovada para o cargo de ASG."


O caso será acompanhado pelo Ministério Público Estadual.

Comunicação Pública em Crise


Recebi um e-mail do professor de Comunicação Social, Ricardo Silveira, que vale a pena trazer a discussão para o nosso blogue. Uma pesquisa conclui que há total precariedade do acesso a informações públicas nos órgãos municipais do Brasil.


Apenas 5,7% das 52 Câmaras e Prefeituras Municipais contatadas pelo projetoMapa de Acesso da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) forneceram as informações completas solicitadas pelos pesquisadores. Os dados requisitados se referem aos valores gastos com salários e verbas de representação dos municípios.


Para o presidente da Fenaj (FederaçãoNacional de Jornalistas), entidade do Fórum de Direito de Acesso aInformações Públicas, Sérgio Murillo, as informações relacionadas aoorçamento são de extrema relevância pública porque permitem o cidadãosaber o quanto contribui para a manutenção do poder municipal.




Projeto prevê fim da publicidade dirigida às crianças


A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou esta semana, em Brasília, um projeto de lei que proíbe qualquer propaganda voltada a crianças de até 12 anos de idade e cria restrições à publicidade dirigida a adolescentes com até 18 anos.


A proposta agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se aprovada, vai para o Senado, onde pode sofrer modificações, tantoa nas comissões técnicas quanto no plenário. O projeto original, do deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), previa a proibição de propaganda de produtos infantis, definidos como "aqueles destinados apenas à criança".


No entanto, a relatora da matéria, deputada Maria do Carmo Lara (PT-MG), modificou o texto, vetando qualquer tipo de propaganda dirigida ao público infantil, independente do produto divulgado. Ou seja, em tese está liberada a publicidade de brinquedos, desde que ela seja voltada a adultos. São afetadas pelas restrições as peças publicitárias em televisão, rádio, veículos impressos, pontos de venda e até as embalagens dos produtos.


Emissoras de televisão que têm público exclusivamente infantil ficam proibidas de veicular qualquer tipo de propaganda. Os outros ficam impedidos de transmitir comerciais durante programas infantis nem 15 minutos antes nem 15 minutos depois. A fiscalização é atribuída aos departamentos de Classificação Indicativa e Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça. Entre as sanções previstas para o fabricante, o veículo de comunicação e a agência de publicidade que descumprirem as normas estão multa e veiculação de contrapropaganda.




Fonte: O Povo

Site holandês resiste a campanhas contra a pirataria e figura como campeão de downloads


O site holandês Mininova.org é a maior página de downloads da web, com uma média de dois milhões de visitantes por dia e cerca de 35 milhões de acessos por mês.


Com quase 800 mil arquivos (filmes, séries, músicas, jogos, todos colocados no ar pelos usuários) disponíveis, gratuitamente, no formato torrent, o site foi fundado e é mantido por cinco amigos universitários.


Desde 2005, quando o Mininova foi criado, sucedendo o popular Suprnova.org, tirado do ar por questões legais, o crescimento da empresa foi considerável e, em 2006, "mininova" foi a nona palavra mais pesquisada do ano, no Google, chegando, em janeiro de 2007, à marca de um bilhão de downloads e, há pouco mais de um mês, ultrapassou cinco bilhões. "Somos o 60º maior site da internet, mas se você comparar com o Google ou o Yahoo, ainda somos bem pequenos", diz, por e-mail, Erik Dubbelboer, presidente da empresa.


O Brasil participa do site desde o início, sendo que um dos cinco primeiros arquivos da página foi o do disco "Compact Jazz", de Astrud Gilberto. "Seu país é a sexta maior fonte de tráfego para o site. São cerca de 3,8 milhões de visitantes brasileiros por mês, principalmente São Paulo e Rio", diz Dubbelboer.


Apesar de ser referência para downloads, que tanto preocupam a indústria, o Mininova não sofre tanta perseguição através da Justiça e da internet, como páginas similares a exemplo do piratebay.org, talvez por ser mais amigável às instituições, tirando do ar links para material com direito autoral protegido, quando os donos da obra pedem, ao contrário do Pirate Bay que, além de não tirar, ridiculariza as ameaças recebidas.


Mesmo com atitudes amistosas o Mininova foi processado, pela primeira vez, pela organização holandesa anti-pirataria Brein, que representa diversas empresas afetadas. "Estávamos negociando com eles, mas não chegamos a um acordo. É a primeira vez que o Mininova é processado, mas vamos à corte com plena confiança, pois operamos dentro da lei, retiramos material ilegal quando pedido".


Segundo a Brein, o site tem que responder por disponibilizar material com direito autoral protegido e deve instalar um filtro para prevenir esse tipo de infração dos usuários.


O Mininova se defende alegando não manter arquivos e ressalta que a empresa é um site de buscas, diferente do You Tube, por exemplo; além disso, lembra que nem todo material tem direito autoral protegido e nem todo país criminaliza este tipo de download que na Holanda, por exemplo, é permitido.


No Brasil ainda não há uma lei específica que proíba baixar arquivos, no entanto, um projeto de lei no Senado prevê a criminalização de quem faz download e troca arquivos sem autorização do titular. O ato já pode ser enquadrado como desrespeito ao direito autoral.
Fonte: Portal Imprensa

Associação Cearense de Imprensa lança site da instituição


Atenção para a última novidade do jornalismo cearense! Para comemorar os 83 anos de atuação, a Associação Cearense de Imprensa inaugurou oficialmente o site da instituição e recebeu um acervo com mais de dez mil jornais e revistas.

O público já pode ter acesso ao acréscimo do acervo, que foi doado pela família do antigo diretor da ACI, o jornalista José Oswaldo de Araújo, falecido há quase trinta anos.


De acordo com a vice-presidenta da ACI, Izabel Pinheiro, o acervo contém exemplares similares aos da Biblioteca Pública Menezes Pimentel. "Estudantes, jornalistas e pesquisadores agora terão acesso a algo que antes estava sem utilidade. Ele será de grande importância para a construção histórica do nosso jornalismo cearense e até nacional", afirma.


O acervo ficará disponível para consulta em horário comercial, de segunda à sexta, das nove da manhã às seis da tarde.




Fonte: Portal Imprensa

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Agora com permissão, "CQC" retorna a Brasília


Depois de angariar o apoio de mais de 300 mil pessoas, por meio de um abaixo-assinado eletrônico, os integrantes do programa "CQC", da Band, retorna a Brasília, agora com permissão da Secretaria do Senado para gravar em suas dependências.


Rafinha Bastos, um dos apresentadores da atração, esteve na capital federal para retirar o credenciamento necessário para que possa ter acesso ao Senado Federal. A intenção do humorista é a de gravar no local o desfecho da campanha de permissão.


Para proibir o acesso do "CQC", a Câmara alegou que a atração é humorística e não jornalística. A Band, no entanto, respondeu alegando que parte dos integrantes era de jornalistas, o que motivou a autorização.


Segundo informa a Agência Estado, a brecha também poderá ser usada pelos integrantes do "Casseta & Planeta", da TV Globo, e do "Pânico", da Rede TV!, já que ambos possuem jornalistas em seus elencos.


Fonte: Agência Estado

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Comentário do dia: Separados na defesa de uma causa comum


Vai começar mais uma batalha no Supremo Tribunal Federal, neste segundo semestre, para julgar o recurso extraordinário do Ministério Público Federal que questiona a regulamentação profissional da categoria do jornalista. Também está previsto o julgamento de ação que questiona a Lei de Imprensa.


O recurso requer posicionamento sobre a legalidade da exigência do diploma em curso superior de Jornalismo como requisito para o exercício da profissão. No que diz respeito à ação que questiona a Lei de Imprensa, o STF suspendeu 22 de seus artigos.


Esta temática deveria ter um envolvimento e uma luta maior da nossa categoria. Percebo que muitos jornalistas preocupados apenas com seu próprio umbigo, esquecem-se da importância da discussão dessas matérias para o crescimento da comunicação social no país.


Quem lembra do Conselho Federal de Jornalismo? Que criava instâncias de regulamentação e controle ético da atividade jornalística. Foi derrubado e esquecido. E lá estavámos nós separados na defesa de uma causa comum. Não por imposição, mas por livre e espontânea vontade.


É preciso refletir bem estas novas discussões da nossa categoria e lutar pelas causas em comum para um melhoramento da nossa profissão. Concerteza, todo mundo quer um salário melhor e uma vida de qualidade... coisas raras pra quem trabalha no jornalismo......então, pense nisso.


Everton Lima é Jornalista

Jornalista chinês que denunciava crimes no país de origem é condenado a prisão


O jornalista chinês Sun Lin, funcionário do site Boxun, com base nos Estados Unidos, foi condenado a quatro anos de prisão por um tribunal da China, acusado de posse ilegal de armas e de causar desordem pública, segundo informações da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Lin, que usava o pseudônimo "Jie Um" para assinar suas matérias no site que tem como foco retratar a realidade chinesa, foi detido no dia 30 de maio de 2007, depois de as autoridades do país exigirem que ele abandonasse a página.


O jornalista foi detido pela polícia chinesa sob a acusação de que fazia parte de um bando organizado de extorsão de taxistas sem licença.


O advogado de Sun Lin, Mo Shaoping, afirmou que o tribunal de Nanjing, na China, cometeu repetidas falhas, como não entrar em contato com representantes do acusado três dias antes de emitir a sentença e impedir a assistência à audiência oral da família de Sun.


O site Boxun lamentou as detenções de Sun e da mulher dele, He Fang, que também trabalhava para a página, e acusou as autoridades chinesas de "orquestrar" a operação para silenciar informações relacionadas a crimes e brutalidade policial.


"Este é outro trágico exemplo da falta de habilidade do governo chinês para tolerar os jornalistas que querem informar livremente", assinalou a Repórteres Sem Fronteiras, em comunicado.

Fonte: EFE

Site sobre moda vira blog e investe em informação diária


De uma série de programas veiculados na televisão para a rede mundial de computadores, o site Jeans Tudo surgiu com a idéia de levar informações de moda e processos de confecção para profissionais e estudantes do ramo.


No ar desde 2005 e reformulado em junho deste ano, o portal promove interatividade com o leitor e, em sua nova fase, investe no conceito de blog. A intenção é publicar, diariamente, novidades sobre o mundo fashion.


As publicações no blog têm por objetivo serem rápidas e objetivas, além de trazerem sempre uma ilustração. Os visitantes podem comentar cada texto. Para os que perderem algum conteúdo já publicado, é possível visualizar o material no arquivo.


O Jeans Tudo possui informações sobre a história do programa e disponibiliza aos visitantes acesso às outras mídias relacionadas, como vídeos publicados no site YouTube e comunidade na página de relacionamentos Orkut.


Os universitários possuem um espaço exclusivo na página. Durante o evento "Jeans Tudo nas Universidades", os estudantes se cadastram e têm acesso a informações exclusivas.


O site conta ainda com um Guia completo sobre o universo da moda. Os eventos nacionais e internacionais também estão disponíveis no Jeans Tudo.


CPI da Pedofilia define conclusões sobre termo de conduta do orkut


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia realiza, na manhã desta quarta-feira (2), audiência pública para concluir entendimentos sobre a assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), pelo site de relacionamento Orkut, que pertence ao Google.


A intenção é vetar a divulgação de conteúdo pedófilo no site. O diretor-presidente do Google Brasil, Alexandre Hohagen, deve participar da reunião.


Na última segunda-feira (30), o Google divulgou uma nota afirmando que está cumprindo todos os compromissos assumidos com a CPI da Pedofilia. A empresa anunciou medidas de segurança e novas ferramentas de cooperação legal e tecnológicas acertadas com as autoridades brasileiras, que passaram a valer na última terça-feira (1º). Entre as medidas, está a manutenção, por 180 dias, dos registros dos usuários do orkut.


Fonte: Agência Brasil.