segunda-feira, 30 de março de 2009

E-mail: O perfil do consumidor brasileiro


Recebi um e-mail do amigo de trabalho, Frankly Alexandre(Zumba Comunicação), indicando a leitura do blogue "chmkt - marketing, cultura, propaganda, tendências e comportamento". Li uma postagem interessante sobre uma pesquisa do perfil do consumidor brasileiro do Ibope Mídia. Os pesquisadores entrevistaram 18.816 pessoas com idades entre 16 e 64 anos nas principais regiões metropolitanas do país. A pesquisa divide o consumidor brasileiro em 3 segmentos baseado no hábito de compras. Veja os segmentos:


FOR FUN

É o grupo mais numeroso, com 45% da população economicamente ativa. São pessoas que preferem pagamento a prazo e que, freqüentemente, fazem compras por impulso. A grande maioria é de solteiros com idade até 24 anos das classes C, D e E. Não querem assumir responsabilidades, valorizam marcas divertidas e espelham-se em personagens de novelas. Sua principal fonte de informação são as revistas.


EXPLORADORES

É formado por solteiros das classes A e B, com idade média de 32 anos. São independentes e bem informados, se interessam por acontecimentos internacionais e tem fluência na língua inglesa. Estão felizes com o padrão de vida que possuem e tem a internet como maior fonte de informações. São consumidores fiéis às marcas, e valorizam aquelas mais refinadas e inovadoras, principalmente as que facilitam as tarefas diárias. Este grupo representa 27% da população.


ANALÓGICOS

São aqueles consumidores casados, com mais de 35 anos e frequentemente acima do peso. Mais da metade é responsável por alguma criança. Procuram preços baixos e recebem grande influência dos filhos na hora de gastar. Não possuem preconceito com outras pessoas, mesmo em se tratando de orientação sexual, e gostam de participar de sorteios e promoções. Preferem marcas tradicionais e que combatem desigualdades sociais. Os analógicos correspondem a 28% dos brasileiros .


Você concorda com a pesquisa, sugere outros tipos ou segmentos de consumidores. Dê sua opinião.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Comunicação Corporativa, você sabe o que é?


O termo pode parecer novo para algumas pessoas, mas não é novidade para quem está assumindo funções que compõem este novo processo da comunicação empresarial. Vamos para um exemplo prático, você é um jornalista, trabalha numa indústria de alimentos. Você coordena uma equipe responsável pela comunicação da empresa, ou até mesmo, trabalha como um dos integrantes. A função do grupo é cuidar da identidade visual e da percepção do público em relação à empresa se positiva ou negativa. Devem também acompanhar todas as iniciativas de divulgação e mais uma série de outras atividades. Você exerce o cargo de Gestor de Comunicação ou Assistente de Comunicação da Empresa. Se este é o seu emprego ou você conhece alguém que combine com estas informações que descrevi, mas em outras circunstâncias. Estamos falando dele.

É hora de aprender comunicação corporativa. Segundo Aldo Antônio Schmtiz, jornalista e pós-graduado em gestão de comunicação empresarial, "o novo panorama da sociedade e do mercado de trabalho exige novas competências e áreas híbridas de conhecimento. Muitos pesquisadores da comunicação social defendem uma formação que privilegie a atuação do profissional e suas práticas, estabelecendo uma relação entre o ensino e o mercado de trabalho". Preste bem atenção, voltemos ao exemplo do jornalista. Neste caso, o papel do jornalista mudou na sociedade e o jornalismo passa ser instrumental, produzindo informações para públicos segmentados. Ao invés de narrador ou formador da opinião pública, o jornalista assume a figura de moderador e gestor de comunicação.

Um detalhe importante. Estou discutindo muito da profissão do jornalista no contexto da comunicação corporativa, mas é necessário comentar que esta função não existe para substituir a área de marketing de uma empresa. O intuito é agregar esforços para trabalhar a comunicação da empresa. Lembre-se que o marketing tem o foco nos clientes, produtos, vendas, enquanto a comunicação visa a imagem da empresa. Este setor de comunicação corporativa é uma área de informações estratégicas, portanto, é necessário ética e confidencialidade para desenvolver estas atividades. Busque informações sobre assunto e entenda um pouco mais sobre comunicação. Saia do mundo fechado e veja quais oportunidades de trabalho surgem para o profissional de comunicação. A crise engole, quem deixa ser engolido.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Brilhante Erro dos Alunos de Publicidade

Este vídeo é uma produção de alunos do Curso de Comunicação Social Habilitação Publicidade e Propaganda (UERN). É interessante considerar que ele foi postado no Youtube com a intenção de conseguir acessos fazendo uma crítica a cultura do lixo que se difunde cada vez mais na sociedade. Abro espaço para apresentação de trabalhos de comunicação no blogue com o intuito de mostrar o talento dos alunos e perceber a mensagem inserida nestas produções. É imprescíndivel entender o objetivo do vídeo para depois criticarmos. Também é fato que nos últimos dias, este vídeo tornou-se comentário na cidade colocando em cheque a qualidade do curso de Comunicação Social da UERN.
As vezes, fico pensando se a mídia mossoroense cairia em uma cilada como a que vou contar a seguir: Conta-se que em Fortaleza, um release foi enviado para as redações de jornal impresso falando de um artista plástico famoso que abriria uma exposição naquela capital. A imprensa ficou ouriçada e dedicou muitas matérias sobre o assunto com fotos das obras do artista plástico. Chegou o dia da exposição, e foi descoberta a farsa: O artista plástico nunca existiu e obras dele também não. Os jornalistas encontraram as matérias publicadas nos veículos em telas na falsa exposição. Que coisa, hein! Ah.... as telas que eles divulgaram eram na verdade fotos de ruas e pessoas trabalhadas no Photoshop. Se a imprensa alencarina tivesse ao menos entrado no google teria descoberto que o cara não existia. Imaginava que os colegas blogueiros e alguns amigos da mídia potiguar tivessem a curiosidade de saber do que realmente se tratava aquela produção para comentar.

Se quem criticou, classificou como erro ou falta de criatividade. Posso dizer: Brilhante Erro dos Alunos de Publicidade. Desnudaram de uma vez só: A falta de aprofundamento das opiniões de alguns colegas na hora de criticar e o desrespeito de alguns colegas de imprensa com a academia de comunicacão social da UERN. Sim. Desrespeito. Ao pensar que os alunos fariam o vídeo com o intuito demonstrar uma peça criativa de publicidade. Para demonstrar a irreverência destes alunos e o intuito de criticar o cotidiano, abaixo confira um vídeo sobre o manual do caroneiro. Isso mesmo. A dura realidade dos alunos da UERN que para saírem da universidade em determinados horários precisam pegar carona. Com bom humor e "criatividade", eles fazem o telespectador cair no riso e denunciam a falta de transporte público.

O fenômeno da Igreja Católica nos meios de comunicação


Ao final desta dêcada, já podemos contar três canais de televisão voltados para fiéis católicos: TV Canção Nova, TV Século XXI e Rede Vida de Televisão. Ambos trabalham na evangelização dos católicos com transmissões ao vivo de missas, palestras, programas de auditório sob uma perspectiva diferente da programação apresentada nas televisões comerciais. João Paulo II foi o grande incentivador da política de uso dos meios de comunicação a serviço da evangelização.

Entre as televisões católicas, a TV Canção Nova destaca-se pela qualidade de imagem e o fato de não depender de comerciais para veicular programas. O fundador da obra é Monsenhor Jonas Abib. O destaque são as transmissões de shows e palestras que acontecem na sede da comunidade católica em Cachoeira Paulista-SP. O lugar recebe milhares de pessoas semanalmente para os "acampamentos de oração".

Visitei uma casa de missão deles em Fortaleza e pude conversar com um representantes da TV Canção Nova na capital do Ceará. Ele comentou que uma equipe da Rede Globo de Televisão passaram uma semana na Canção Nova para aprender o modo de transmissão de missas. A TV Canção Nova possui credibilidade e qualidade em muitos programas apresentados que atendem públicos de diversas idades.


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segunda-feira, 16 de março de 2009

Qual o papel da Assessoria de Imprensa? I


Há três anos trabalho no ramo de comunicação empresarial e posso perceber que a assessoria de imprensa (AI) não é exercida por alguns profissionais pela sua função real. É impressionante, como alguns colegas de profissão e jornalistas de redação costumam apresentar a assessoria de imprensa como redação de releases e envio de notas para imprensa. Ou como uma alternativa para fugir da rotina cansativa dos veículos impressos e eletrônicos para complementar a receita financeira da família. Isso por que, os salários oferecidos em jornais, TV e rádio são baixos e as condições de trabalho em alguns locais desanimam qualquer bom profissional.
A função da assessoria de imprensa é tornar o cliente ou assessorado uma fonte de informação para sociedade, neste sentido, mediando o relacionamento da empresa ou pessoa física com a mídia. Para atender a tarefa, é necessário desenvolver um plano estratégico do cliente por meio de uma pesquisa quantitativa e qualitativa do mercado em que está inserido e como o assessorado é percebido no mercado (branding*). Com base no planejamento, as ações sensibilizam os veículos midiáticos a fim de atender as reais necessidades do cliente concedendo visibilidade. Sem traçar um plano para alcançar uma meta, o trabalho da assessoria de imprensa é realmente mero envio de releases.
Há cinco meses atrás, estive trabalhando no mercado cearense e coordenei uma equipe de jornalistas para desenvolver a assessoria de imprensa e comunicação interna do CEFETCE (atualmente IFET-CE). Encontrei alguns desafios, e destaco o principal deles: a sensibilização da comunidade interna para desenvolver um trabalho de comunicação na Entidade Educacional. Em algumas instituições de educação, a coordenação de comunicação social é mantida por apenas um profissional de jornalismo sendo insuficiente para executar e planejar ações para a unidade de ensino. Se o trabalho da assessoria de imprensa fosse desenvolvido sem a percepção deste detalhe que mencionei, concerteza chegaria ao fracasso.
É notável que diferente de outras carreiras profissionais da comunicação, a AI possui suas particularidades de salário, condições de trabalho, vida profissional, contatos e ambiente da profissão. Na maioria das vezes, oferecendo boas regalias diante de um país repleto de desigualdades sociais. Mas isto, não pode ser a desculpa para um trabalho relaxado ou feito de qualquer jeito. Afinal, seu emprego depende do seu trabalho. Então, vejamos a assessoria de imprensa como uma ferramenta de comunicação importante para construir a marca ou reputação de uma pessoa física ou empresa. Deixemos de lado, a visão de mero redator de releases. Este pensamento fica para quem, realmente, não entende de comunicação.


*Trabalho de construção da marca no mercado

quinta-feira, 12 de março de 2009

Qual o papel da Assessoria de Imprensa? II


No processo de trabalhar a comunicação de forma integrada para assessorado, é cada vez mais aconselhável definir estratégias que possam reforçar a marca do cliente. Na assessoria de imprensa, principalmente, pois ela torna o cliente como fonte de informação para a sociedade. Este comentário de Gabriela Squarizi (RDO Brasil) abaixo, enfatiza o que estamos discutindo no blogue.


O gerenciamento da comunicação, englobando a Assessoria de Imprensa, traz às organizações equilíbrio, desenvolvimento e expansão. Mais do que utilizar os veículos de comunicação como espaço para divulgação, o trabalho de Assessoria de Imprensa consiste em desenvolver estratégias para que a exposição na mídia seja um fator de reforço para o cliente alcançar seus objetivos comerciais. Objetivos estes que não devem ser confundidos com a ampliação de vendas, pois o que se busca é o fortalecimento da marca e credibilidade junto à sociedade.
Instituições públicas e privadas, de pequeno, médio e grande portes, já perceberam as vantagens ao utilizarem os serviços de assessoria de imprensa tanto de forma pontual como permanente. Um trabalho continuado, por sua vez, permitirá à organização a manutenção da relação de confiança com os meios de comunicação.
As atividades de uma assessoria de imprensa consistem em garimpar temas a serem divulgados pela empresa (ou orientar pela não veiculação de outros, por exemplo), bem como elaborar textos em formato jornalístico, conhecidos como press releases¸ e encaminhá-los aos veículos de comunicação. A publicação do material ficará a critério da empresa de comunicação. Se o jornal, revista, site, canal de TV ou rádio mostrarem-se interessados pelo assunto podem veicular o press release na íntegra ou, ainda, tomá-lo como base para uma posterior reportagem.
Este é o principal resultado que se busca com a atuação de uma Assessoria de Imprensa, utilizar-se da mídia de forma espontânea para sedimentar a imagem positiva da organização.

Qual o papel da Assessoria de Imprensa? III


Quero finalizar esta discussão com um depoimento encontrado no blogue da Temple, sobre esta profissão, criticada por muitos e desejada também por muitos pelo salário e qualidade de vida que oferece. Veja um trecho do artigo de Elen Néris.


A história nunca foi generosa com o assessor de imprensa. Mas, voltando às minhas origens nessa área, quando fui trabalhar em assessoria, vi que a coisa não era bem assim. Claro, o assessor vai dar a versão da assessorado, um papel importante se levarmos em consideração que vivemos numa democracia e que todos têm direito de resposta. O bom jornalismo se faz ouvindo as duas partes. E, num estado com dimensões grandes como é o Pará, já vi casos em que fatos ocorridos no interior acabaram sendo esquecidos pela imprensa, tal é a velocidade das informações hoje e também a distância das sedes das redações em relação ao interior. Mas eram fatos que tinham importância do ponto de vista jornalístico e foram colocados em evidência novamente por meio do trabalho do assessor de imprensa.Release mostra só um lado? Acho que não é bem assim. Dependendo do caso, dá para o assessor fazer matérias (sim, eu disse matérias) boas, ouvindo fontes diversas e fazendo um serviço que vai também interessar à população. Mesmo um simples release pode, às vezes, subsidiar um bom repórter a fazer uma grande matéria. Para isso, basta que ele tenha mesmo o faro para a notícia e corra atrás, sem precisar se basear apenas no release.Para concluir, gostaria de deixar uma coisa bem clara. O objetivo deste artigo não é convencer ninguém a fazer assessoria de imprensa ou mesmo influenciar todo mundo a mudar sua opinião sobre os assessores de imprensa. Mas vou ficar satisfeita se conseguir levar alguém a uma reflexão, talvez até mesmo a trocar algumas idéias com o pobrezinho do colega que é assessor de imprensa (dizem até que ele nem é mais jornalista, por mais que ele tenha um diploma mostrando o contrário).A vida me ensinou que o mais bacana mesmo é você fazer o que gosta. De fato, ainda sou apaixonada pela redação, mas também gosto muito de trabalhar com a comunicação empresarial, área em que já atuo há uns três anos.Por causa desse trabalho, conheci muitas pessoas, culturas diferentes e viajei muito por esse Estado. Ironicamente, é exatamente o que eu queria fazer quando escolhi ser jornalista, mas nunca consegui quando estava em redação. Como toda profissão, lógico, tem seus altos e baixos, porém o mais importante é ser feliz. O resto a gente vai conquistando no dia-a-dia.


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