segunda-feira, 27 de abril de 2009

Unesco inaugura biblioteca digital com acervo literário e iconográfico do mundo


Pesquisadores do mundo ganharam importante fonte de estudos na terça-feira, dia 21 de abril. Isso porque a Unesco, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, inaugurou, em sua sede de Paris, a Biblioteca Digital Mundial. O novo site disponibiliza o acervo histórico de livros, manuscritos e documentos visuais e sonoros de 32 instituições de 20 países.
O Brasil contribuiu com o conteúdo da Biblioteca Nacional e, por ser um dos fundadores do projeto, foi contemplado com uma das traduções do portal, que além do português, agrega textos em árabe, chinês, espanhol, francês, inglês e russo.
Para a primeira fase de digitalização, o Brasil contribuiu com 1.500 mapas raros do século XVI e 42 álbuns com cerca de 1.200 fotografias da coleção de D. Thereza Christina Maria. Outros importantes documentos que compõem o acervo são a Constituição dos Estados Unidos, películas de filmes dos irmãos Lumière, manuscritos do Egito Antigo, entre outros. O site terá funcionalidades, como zoom em imagens históricas, leitura em voz de fragmentos de textos e a evolução histórica dos mapas da civilização. Os organizadores agora debatem como outras instituições irão colaborar para o projeto, que tem o objetivo de reunir cerca de 60 países até o fim do ano. Nações emergentes sem condições técnicas para a digitalização do conteúdo histórico nacional receberão apoio da Unesco.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Lula confirma para dezembro a 1ª Conferência Nacional de Comunicação


A 1ª Conferência Nacional de Comunicação já tem data marcada. O decreto de convocação, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 17 de abril, confirmou o evento para este ano, nos três primeiros dias de dezembro. O tema será ‘Comunicação: os meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital’.
O evento contará com a participação do ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, e do ministro das Comunicações Hélio Costa, responsável pela coordenação da conferência.
O encontro nacional discutirá questões como a democratização do acesso à comunicação, a convergência tecnológica, os marcos regulatórios e a radiodifusão. Para isso, delegados representantes da sociedade civil serão eleitos em conferências estaduais e distritais para realizar o debate. Nos próximos dias, o Ministério das Comunicações, órgão responsável pelas despesas do evento, divulgará as datas dos encontros regionais. O orçamento para a conferência é de R$ 8,2 milhões.
Esse será o primeiro evento federal destinado à discussão de questões relativas à comunicação social no Brasil. Em janeiro, o presidente Lula já havia confirmado a realização da conferência para este ano no Fórum Social Mundial de Belém.


Fonte: Nós da Comunicação

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Esporte: Saiba os bastidores da saída do Finasa do vôlei I


O blogue do Erich Betting da Uol apresenta bastidores da decisão do Finasa em abandonar o voleibol profissional. A primeira decisão foi interna.

“Em março deste ano, o Bradesco mudou de presidente. Márcio Cypriano deu lugar a Luiz Carlos Trabuco Cappi. A missão do novo mandatário do banco é recolocá-lo em posição de liderança entre as instituições privadas do país, perdida na fusão de Itaú e Unibanco e abalada com a junção de Real e Santander.
Com o novo presidente, uma nova filosofia começou a ser implantada dentro da instituição. E o projeto do Finasa, que nunca foi uma unanimidade no Bradesco, passou a ser questionado pela nova direção do banco. Até aí nenhuma novidade, mas na hora de pesar na balança os prós e os contras de uma decisão dessas, vários outros pontos começaram a ser levantados, e a opção pela descontinuidade do time principal ficou foi ganhando força.
O primeiro deles, mais do que óbvio e seguidamente discutido no meio esportivo, é a rejeição ainda existente de muitos veículos (em especial os das Organizações Globo) em falar o nome do Finasa, que era quem assegurava o aporte de R$ 12 milhões anuais para manter o time”.

Esporte: Saiba os bastidores da saída do Finasa do vôlei II


Segundo o blogueiro, a segunda motivação era o sufoco que a marca do Finasa estava sofrendo do patrocínio do Banco do Brasil à Confederação Brasileira de Vôlei e à Superliga. O time desgatou-se por conta da fórmula de disputa em adequação as exigências da Globo, a decisão do título passou a ser em apenas um jogo.
A derrota para o Rexona, no último sábado, não influenciou em nada a decisão da equipe em abandonar o vôlei. Mesmo que tivesse vencido o jogo, a escolha já havia sido tomada pela empresa que patrocina. A vitória daria um final mais digno para equipe que contribuiu para o esporte brasileiro.
Isso mostra a importância de patrocinadores que incentivem o esporte. Observo com muita tristeza a falta de incentivo as atividades esportivas em Mossoró. Para se ter uma idéia, quando lembramos de esporte na cidade falamos apenas em Potiguar e Baraúnas, que por incompetência de quem dirige e a falta de apoio não está nas finais do campeonato estadual.
O esporte pode modificar vidas e realidades que estejam julgadas ao fracasso ou marginalização. Este capital social é importantíssimo para o desenvolvimento humano da juventude, dos adultos e da terceira idade.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Atenção universitários! Prêmio Universitário Aberje.


Estão abertas as inscrições para a primeira edição do Prêmio Universitário, organizado pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje). Em um formato de competição, estudantes de graduação em grupos de quatro pessoas deverão resolver um caso fornecido por uma empresa. As três melhores resoluções serão premiadas em dinheiro, sendo que a primeira receberá R$ 8 mil. As inscrições, no valor de R$ 40 por equipe, podem ser realizadas até o dia 24 de abril no site da competição.

A competição ocorrerá em três fases: na primeira, cada grupo terá uma semana para resolver esse caso por escrito; já na segunda e terceira fases os grupos selecionados terão 25 minutos para expor suas soluções perante bancas avaliadoras compostas por professores das maiores instituições de ensino de São Paulo e grandes profissionais da área de comunicação.

SERVIÇO:

Inscrições: até o dia 24 de abril

Taxa de inscrição: R$ 40 (equipes de quatro pessoas)

Premiação: R$ 8 mil (primeiro lugar)




Fonte: Nós da Comunicação

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Blogues: Antes de publicar, apure. Antes de escrever, pense. Não faça besteira blogueiro.


O título pode parecer grosseiro, mas é a forma mais clara e direta para chamar atenção dos colegas blogueiros. A liberdade oferecida pela Internet para publicar o que deseja por meio dos blogues ou sites pessoais não é aproveitada como deveria. Por isso, aproveito pra dizer: Antes de publicar, apure. Antes de escrever, pense. Não faça besteira blogueiro.


Leia:


Art. 7º- O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade dos fatos, e seu trabalho se pauta pela precisa apuração dos acontecimentos e sua correta divulgação.


Os blogues, que se dizem jornalístico e de opinião, devem observar esta regra importante do código de ética do jornalismo. É imprenscíndivel que o profissional conheça as leis e normas que regem a profissão e os produtos dela.


Art. 11- O jornalista é responsável por toda a informação que divulga, desde que seu trabalho não tenha sido alterado por terceiros.


É bom lembrar este artigo também. Muitos blogueiros quando apuram a informação e vão publicar precisam refletir o que estão fazendo. A postagem publicada, mesmo que seja uma vez na rede, tem o poder de orientar e distorcer, bem como causar problemas judiciais.


Art. 13 - O jornalista deve evitar a divulgação de fatos:

a) com interesse de favorecimento pessoal ou vantagens econômicas;
b) de caráter mórbido e contrários aos valores humanos;

Apesar dos salários baixos, não venda sua dignidade para um político que deseja ganhar credibilidade por meio da sua imagem. Favorecer a interesses pessoais e financeiros é agredir o direito de informação.


Espero ter sido claro quanto ao meu objetivo de refletir a prática "jornalística" de alguns blogueiros. Não custa nada fazer o trabalho direito. Se você não me compreende, não me venha com choromelas. Esta é a minha opinião e tenho o direito de expressa-la.

Alerta: Blogueiro potiguar é multado em mais de R$ 21 mil


Ao julgar o Recurso Eleitoral 8423/2008, na sessão desta terça-feira (14), o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN) decidiu à unanimidade, manter a sentença da 29a Zona Eleitoral de Assu, que multou Antônio Charlles Degoulle da Silva, responsável pelo blog www.antoniodegoulle.zip.net, em R$ 21.282,00 (valor mínimo legal), em virtude da prática de propaganda eleitoral antecipada.

Sobre a questão pertencente ao mesmo recurso, o TRE/RN entendeu por maioria (3 votos a 2) pela não aplicação de sanção pecuniária neste valor para Ivan Lopes Junior (PP) e sua coligação “Assu Mais Forte”. Ivan Júnior é o atual prefeito daquele município.Segundo a coligação adversária, “Crescer Assu”, da então candidata Maria de Fátima Moraes (PSB), o candidato do PP e a coligação deste foram os principais beneficiados pelas notícias publicadas no blog de Antônio Degoulle, acusado pela “Crescer Assu” de ser coordenador da campanha de Ivan Junior.


ALEGAÇÕES


Fátima e sua coligação pediam no recurso que a multa aplicada ao blogueiro fosse estendida a Ivan e a “Assu Mais Forte”, pois houve violação ao artigo 36 da Lei das Eleições (9.504/97). O que foi negado em primeira instância e confirmado no TRE/RN.Por sua vez, Antônio Degoulle tentava afastar de si a aplicação da multa. Ele alegou que apenas divulgou notícias da disputa, não era coordenador da campanha do candidato do PP, apenas simpatizante.

Para o relator do processo, juiz Roberto Guedes, ficou configurada a propaganda eleitoral antecipada. As notícias publicadas nos dias 12, 19 e 21 de junho, 1º e 4 de julho, apontavam Ivan Júnior como favorito e como “filho de Assu” enquanto Fátima Moraes era tratada como a “candidata de Macaíba”.


VOTO


O relator manteve, em seu voto, a sentença de primeira instância, confirmando a multa para Antônio Degoulle e afastando-a do prefeito e de sua coligação. Foi seguido no entendimento pelos juízes Magnus Delgado e Fernando Pimenta.“Na instrução processual consta que o candidato e sua coligação não tiveram qualquer participação na veiculação das notícias”, lembrou o relator.Divergiram do entendimento do juiz Roberto Guedes, o desembargador Cláudio Santos e o juiz Fábio Hollanda, posicionando-se no sentido da aplicação da multa também para o prefeito e sua coligação, como beneficiários das publicações.

O procurador regional eleitoral, Fábio Venzon, em seu parecer, opinou pelo improvimento de ambos os recursos : o de Antônio para afastar a multa e o de Fátima Moraes para incluir seus adversários (candidato e coligação) na aplicação da sanção.


Fonte: Nomomento.com

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Dia do Jornalista: Momento de Transformação


Li um artigo interessante sobre as mudanças do jornalismo no XXI, estou postando na íntegra no blogue com intuito de levar a reflexão da categoria. O artigo é de Marcio Gonçalves é jornalista e professor universitário, coordenador de jornalismo da Universidade Estácio de Sá, campus Madureira. Autor de ‘Comunicação pra quê?’, pela AllPrint Editora, é conteudista do blog Comunicação Empresarial. Veja abaixo.


"Que o mundo é outro, todos já sabem. E se ainda não sabem, devem ficar alertas, porque muita coisa mudou de uns tempos para cá. Precisam entender que o século é outro, que os consumidores agora interferem no processo de criação de novos produtos e que muita gente pode registrar fatos e fazê-los virar notícia por meio da fotografia tirada pelo celular ou vídeo e voz gravados pelo mesmo aparelho. De fato, eu só ainda não sei se isso está claro para os (novos) jornalistas que ocuparão as vagas disponíveis no mercado ou, até mesmo, para aqueles que criarão as próprias vagas.
Em tempos de criação de novas diretrizes para a criação da matriz curricular do curso de jornalismo, toda a classe acadêmica deve atentar que o jornalista do novo século precisa entender que ele não é mais o único porta-voz da notícia. Antes que ele publique e divulgue, muita gente por aí já deve ter escrito um texto no Twitter, postado uma mensagem no blog ou enviado um SMS a um amigo.
Do jeito que está hoje, a partir da análise da grade curricular de comunicação social de algumas universidades na cidade do Rio de Janeiro, percebo que ainda estão sendo formados os jornalistas do futuro como se eles fossem do passado. Pouco tem se falado em empreendedorismo, no sentido de que entrar no mercado de trabalho não significa mais, nos dias de hoje, ter sua carteira assinada por um empregador. As universidades devem servir para mostrar aos alunos que o campo da comunicação, por exemplo, oferece inúmeras possibilidades de atuação a partir de escritório montado na própria residência do estudante. Costumo dizer que, para começar a trabalhar com comunicação, basta conseguir o primeiro cliente. Assim fez Ivy Lee, no remoto tempo de 1906, quando conseguiu John D. Rockfeller como seu primeiro cliente e, a partir daí, criou o primeiro escritório de relações públicas.
Um processo de comunicação integrada, que deve permitir ao aluno de jornalismo conhecer o campo de atuação de profissionais da área de publicidade, marketing, relações públicas, editoração eletrônica, cinema e outros, precisa fazer parte dos novos currículos das universidades que pretendam formar o jornalista do novo século. Enquanto são discutidas questões relacionadas ao jornalismo 2.0 e jornalismo multimídia, é importante lembrar que ainda existem a comunicação empresarial integrada e as assessorias de imprensa e de comunicação. Mais do que conseguir encontrar um lugar ao sol nas redações da comunicação de massa, abrir a própria empresa de comunicação pode ser a garantia de maior empregabilidade no futuro."


Artigo: A sétima arte e a comunicação


O cineasta turco Nuri Bilge Ceylan diz que o primeiro filme que lhe marcou profundamente foi ‘O Silêncio’, de Ingmar Bergman, no qual a ausência de diálogos exprime uma das características mais fortes da obra do mítico diretor. A assertiva de Ceylan tem toda a procedência, já que sua filmografia tem muitos paralelos com a do cineasta sueco e sua recorrente abordagem da incomunicabilidade.
Aliás, são muitos os diretores que realizaram filmes em que a comunicação verbal não é a única forma dos personagens contarem suas histórias e exprimirem seus sentimentos. E cada um desses filmes pode ser uma ferramenta extremamente apropriada para a realização de uma sessão de cinema, acompanhada de debate sobre um dos temas mais presentes e fundamentais no dia-a-dia das organizações: a comunicação nos seus diversos campos, natureza, formas, dificuldades, contradições e complexidade.
Entre os inúmeros exemplos podemos lembrar ‘Fale com Ela’, de Pedro Almodóvar, sobre o amor de um homem por uma mulher em coma. Mesmo assim e sem esmorecer, ele encontra formas para tentar se comunicar com ela. Vai a shows, assiste a filmes, enfim, participa da vida e volta ao hospital onde ela está internada para contar e dividir com sua amada tudo o que viu lá fora.
Outro exemplo impactante é ‘Abril Despedaçado’, de Walter Salles, em que o terrível ‘pai patrão’ – papel vivido num excelente desempenho por José Dumont – submete a família aos seus modelos mentais arraigados e conservadores. O filme é um falar de não-ditos, expresso pelos olhares e pelos silêncios de pessoas que não tinham sequer capacidade de verbalizar seus sentimentos.
Já o hilário ‘Narradores de Javé’, de Eliane Caffé, é um filme todo apoiado na oralidade e na forma como cada pessoa narra os acontecimentos que vivenciou. Ou seja, a versão de cada um para uma mesma história depende do seu olhar, sua formação sociocultural, seus padrões, crenças e preconceitos.
Mas, voltando ao diretor Ceylan – que tem um pensamento muito pessoal sobre os processos de comunicação – ‘Climas’, seu último trabalho, além de ser um bom exemplo de filme sobre a incomunicabilidade, é também uma prova do que ele pensa a respeito, conforme entrevista concedida durante o último Festival de Nova York, onde o filme foi lançado.
Bem fiel ao seu estilo, já mostrado no belíssimo ‘Nuvens de Maio’ e no melancólico ‘Distante, Climas’ conta a história de Isa e Bahar, duas pessoas solitárias que vivem em busca da felicidade, presente apenas em poucos momentos. Isa, personagem interpretado pelo próprio diretor, tem medo de se comprometer mais a fundo em uma relação com Bahar, bem mais jovem que ele. O papel é vivido pela atriz Ebru Ceylar, esposa do diretor na vida real.
Com poucos e contidos diálogos, atmosfera intimista e belas imagens, o filme acompanha o rompimento do casal e sua frustrada tentativa de reatar a relação, ao longo de um verão e de um inverno. Logo após a projeção, o diretor – que nasceu em Istambul, em 1959 – enfatizou que ‘Silêncio’ foi de fato o filme que teve uma grande influência em sua carreira.
"Ele fez com que eu visse o cinema como algo além do divertimento; mas, além dele, filmes de outros diretores também foram importantes para mim como os de Ozu (Yasujiru), que me fizeram pensar nas encenações e nas escolhas estéticas. Seus filmes, ao contrário dos de outros cineastas da época, se preocuparam com técnicas inovadoras e foram ficando cada vez mais depurados", afirmou, explicando a quase ausência de diálogos em seus filmes.
"Sou uma pessoa muito ligada na forma como os seres humanos se comunicam e acho que os rostos e os corpos dizem mais que as palavras, que são, na maior parte das vezes, um para-vento e não um instrumento da verdade; servem mais para encobrir do que para revelar. Não acredito muito no que as pessoas dizem, mas acredito muito no que não dizem. O que elas calam tem muito mais informação. Os olhares, os gestos, as expressões, as posturas e, muitas vezes o silêncio, dizem mais do que as palavras", ressaltou.
Numa transposição para o mundo corporativo, as afirmações de Ceylan representam um ensinamento quanto à importância de ouvirmos nossos colaboradores nas diversas formas em que expressam suas opiniões, seus pensamentos e até mesmo suas angústias.
E lembram que, principalmente nesses tempos de crise, se torna cada vez mais importante que a comunicação, além dos aspectos relacionados com a ética, a transparência e a clareza, não deixe de contemplar os muitos aspectos da diversidade presentes em toda a cadeia da organização.


Myrna Silveira Brandão é administradora, jornalista e socióloga. Trabalhou durante vários anos na Petrobras, no setor de Gestão com Pessoas, responsável pelas áreas de Avaliação de Treinamento, de Tecnologia Educacional e de Benefícios, entre outras. É autora dos livros ‘Leve seu gerente ao cinema’ e ‘Luz, câmera, gestão – a arte do cinema na arte de gerir pessoas’, ambos da Qualitymark Editora. Atualmente, assina a coluna ‘Filmes para uma reflexão corporativa’, na revista ‘Gestão & Negócios’, e realiza coberturas de festivais de cinema no Brasil e no exterior.

Navegar parte do dia de trabalho aumenta a produtividade


O que parecia impossível começa a ser considerado razoável: profissionais que reservam parte do tempo de trabalho no escritório para navegar, por diversão, na internet, conseguem maior concentração e produzem mais do que aqueles que se dedicam apenas às tarefas. A conclusão é possível após a divulgação de um estudo da Universidade de Melbourne, na Austrália.
“As pessoas que navegam por diversão na internet, por um período razoável de cerca de 20% de sua jornada de trabalho, são 9% mais produtivas do que as que não navegam”, explica Brent Coker, em comunicado no site da instituição. O professor trabalha no Departamento de Administração e Marketing e coordenou o estudo, que ouviu 300 pessoas.
“As pessoas precisam de uma pausa de vez em quando para se concentrarem novamente. É como a época em que estávamos em uma sala de aula. Após 20 minutos de leitura, provavelmente, a pessoa perde a concentração. Mas se tiver uma pausa, a concentração retorna”, comenta.
Buscar informações sobre produtos, ler os sites de notícias, gastar parte do tempo com jogos e ver vídeos no YouTube estão entre as ‘distrações’ mais procuradas por esse grupo de ‘usuários mais produtivos’.
“As empresas gastam milhões em softwares para bloquear o acesso a vídeos, a compras on-line ou a comunidades virtuais, como o Facebook, como se isso fosse acabar com perdas de milhões em produtividade. Mas não é o caso”, afirma Coker, que, no entanto, faz um alerta: existe um grupo de profissionais que navegam muito mais do que o aceitável em locais de trabalho.
“Aproximadamente 14% dos usuários de internet na Austrália são ‘viciados’, pois navegam em horários não apropriados, despendem mais tempo navegando do que é considerado razoável e sentem-se irritados quando são interrompidos”, pondera.


Fonte: Portal Nós da Comunicação