sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Comentário do dia: Como escrever para blogues jornalísticos?


Escrever é uma arte. Não é todo mundo que sabe escrever bem. Eu não sou um exímio escritor, mas como jornalista preciso dominar as palavras na hora de redigir um texto. Para um blogue, a missão torna-se complexa diante que este veículo tem uma linguagem em processo de formação. (Detalhe: Alguns autores e estudiosos do assunto defendem que os blogues se apropriam da linguagem da Web, porém, outra corrente defende que os blogues tem uma linguagem em formação) Redigir texto para um blogue jornalístico significa aplicar todas regras normais da gramática e todos os príncipios que norteam o jornalismo no campo da comunicação. Temos um compromisso em escrever corretamente para sermos bem compreendidos e atingir nosso ponto principal: informar. Trabalhamos o texto para o leitor de forma clara, procurando ser mais intimo dele. Afinal, nós blogueiros estamos em uma luta cotidiana para conquistar o leitor. No mundo globalizado, as pessoas não dispõem de muito tempo e precisam absorver informação para inteirar-se com o mundo a sua volta. Milhares de acontecimentos acontecem instantaneamente e os veículos de comunicação levam até nossa casa apenas uma pequena seleção deles, omitindo outros. Sem falar que hoje temos rádio, TV, jornal, revista e internet para levar informação. As informações devem estar bem organizadas e resumidas. Devido a grande avalanche de conteúdo, as pessoas estão perdidas e não conseguem compreender tudo. Não tem tempo para ler e nem pensar no impacto daquela notícia no seu presente e futuro. Os blogues surgem como uma alternativa para o público colaborando na interpretação dos fatos. Nós, blogueiros, sugerimos o que pensar e que críticas fazer. Daí mais uma dificuldade para escrever nos blogues, temos a responsabilidade de formar e emitir opinião. Porém, isto torna-se uma ação benéfica para nós que escrevemos e adquirimos credibilidade, e para o público que vê pluralidade de opiniões. Pensamentos diferentes, expressões novas que superam o peso da frase conhecida do Boris Casoy: “Isto é uma vergonha”. Escrever para um blogue jornalístico é a oportunidade de fortificar a democracia em nosso país.
Everton Lima é jornalista e editor do blogue Comunicação e Cidadania

Acordo Ortográfico: “Um mal necessário”


Com o intuito de normalizar o precário sistema ortográfico vigente, os integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)[1] concordaram, em 1990, com um novo Acordo Ortográfico. Entretanto, para que a nova regra entrasse em vigor, seria necessária a ratificação de, pelo menos, três dos oito países pertencentes à comunidade.
Desde o Acordo de 1943 – há sessenta anos – a última mudança que nossa ortografia sofreu foi em 1971, quando caíram os acentos diferencias de gêlo, cêra, almôço, etc... Em contrapartida, muito restou do sexagenário acordo como: o terrível trema e o abominável hífen.
Após várias discussões, a tão planejada Reforma Ortográfica volta para a gaveta, não mais entrando em vigor em 2008.
Devemos lembrar que a língua é dinâmica, varia no espaço e no tempo, não podendo ser “cristalizada” ou, até mesmo, “congelada”. Vale ressaltar, ainda, que as mudanças ocorrem de baixo para cima, isto é, ocorrem primeiro na forma não-padrão, vão subindo na escala social e, aos poucos, são assimiladas pelos falantes mais “cultos”.
Portanto, Caros Amigos, respeitemos as normas gramaticais; embora saibamos que ela (a Gramática), segundo Luís Fernando Veríssimo, é como mulher de malandro: deve apanhar todo dia para saber quem é que manda.
[1] Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste


Erika Machado é acâdemica de Letras da UECE

Resenha de livro: Jornalismo Popular para além do sensacionalismo


Subestimar as produções midiáticas destinadas às classes populares, atribuindo-lhes um valor negativo como cultura vulgar e fútil, tem sido uma prática recorrente em muitos veículos da mídia. Especificamente no gênero informativo popular, predomina a noção da linguagem chula, a ênfase em manchetes irreverentes e em matérias que reportam à animalidade e às aberrações humanas. Esse preconceito sustenta-se no senso comum da idéia de um popular irresponsável, que se diverte com notícias inventadas, reportagens sanguinolentas e escândalos sexuais de artistas e pessoas comuns. O leitor popular, nesse caso, é aquele que se distrai com a tragédia alheia e lança mão dos verdadeiros problemas do país. Para esse leitor, nada mais digno que um jornal de mesma índole, que fale num mesmo código vulgar, sensacionalista na forma e vazio no conteúdo.
Certamente, ao referir-se aos produtos culturais destinados às classes populares, muitos já devem ter ouvido um discurso parecido. Essa fala, entretanto, perde sentido quando confrontada com alguns fatos objetivos. Segundo Márcia Franz Amaral, a expansão do segmento popular tanto na imprensa como na mídia eletrônica representa um estágio interessante do atual mercado editorial. A configuração desse mercado, relacionada à emergência de uma nova visão de sociedade, pode ser compreendida, sob a ótica do jornalismo, pelo respeito às classes populares. Destituir-se de um julgamento prévio em relação a esse público significa não apenas aproximar-se dele – tentar compreender o drama de sua existência e seu código comunicativo–, mas, sobretudo, eliminar tais preconceitos construídos por um elitismo histórico e que ainda persiste na grande mídia.
Atualmente, o segmento do jornalismo popular representa um mercado de trabalho promissor para profissionais experientes e para jovens repórteres. Nesse filão, os jornalistas do povo publicam matérias exclusivas, dão “furos”, ganham prêmios e, o que é mais importante, desmistificam a idéia de que o jornalismo popular necessariamente deve ser sensacionalista.
É verdade que esses jornais ainda continuam a divulgar escândalos e fatos inusitados, mas o espaço privilegiado para cadáveres e invencionices diminuiu. Como afirma a autora, as estratégias de seduzir o público leitor são mais antigas do que o próprio jornalismo e na maioria das vezes são incorporadas inclusive pela imprensa tradicional. O que deve ser enfatizando, todavia, são as mudanças editoriais sofridas nessas publicações, cuja responsabilidade, em parte, vem da recepção de seu público. Ao invés de fatos isolados, das escatologias, e das matérias inventadas, os jornais populares buscam a linguagem simples, o didatismo, a prestação de serviços, e a credibilidade (qualidade bastante improvável há algum tempo). Temas de ordem política e econômica ocupam nesse gênero jornalístico um lugar de destaque.
Segundo a autora, a intenção do livro não é apenas desconstruir o mito do sensacionalismo que vem como sinônimo de jornal popular, mas também observar a possibilidade de um jornalismo de qualidade nesse segmento. Conhecer a cultura do povo, desse modo, implica descer das “redações de marfim” e alojar-se no mesmo patamar dos problemas do povo, seja para se colocar em seu lugar enunciativo criando com esse uma identificação; seja para, a partir do conhecimento do código dessa cultura, maximizar seu potencial comunicativo. Acreditar na inocência popular, ou mesmo nos preconceitos que os envolve, torna essa tarefa impraticável.
O livro é divido em cinco capítulos. A ordem da leitura, como alerta a autora, não compromete a compreensão do livro, e cada capítulo pode ser lido aleatoriamente. No primeiro capítulo, “O sensacionalismo não cabe em si”, o leitor pode conferir uma abordagem do jornalismo popular sob o ponto de vista conceitual e histórico. Para explicar porque se utiliza a expressão “popular” e não “sensacionalista” nesse segmento, a autora perfaz uma história do sensacionalismo na imprensa. Ela observa que muitos recursos de popularização são utilizados por toda mídia impressa, mas tornam-se bastante explícitos nos jornais destinados às classes B, C, e D.
Uma contextualização da nova fase dos jornais populares é apresentada no segundo capítulo, “A redescoberta de um segmento”. Nesta parte, o livro traz os principais jornais populares em circulação no País (O Dia e Extra, ambos do Rio de Janeiro, O Diário Gaúcho na Grande Porto Alegre, Agora São Paulo, Diário de São Paulo e Jornal da Tarde, esses três últimos na cidade de São Paulo), além de um breve relato sobre o que está acontecendo com produtos jornalísticos populares de outros formatos (televisão e revistas).
O capítulo seguinte, “O leitor do mundo e o mundo do leitor”, apresenta uma reflexão mais aprofundada sobre a relação entre imprensa e cultura. Nesse ponto, a autora enfatiza o contrato cultural que cada jornal estabelece com seu público. Esses veículos retratam não apenas a realidade (lingüística, econômica e social) constituinte de cada grupo social, mas a especificidade dos assuntos que os interessam. A distância que separa os dois universos pode ser observada no fato de que um jornal sobrevive de temas relacionados às questões de “interesse público”, ao passo que o outro é pautado pelo “interesse do público”. No primeiro grupo, estão os jornais considerados sérios, que precisam se legitimar entre os formadores de opinião, reportando-se ao universo das classes A e B. No outro grupo, estão os jornais populares destinados ao público B, C e D. Ainda neste capítulo, o leitor terá uma explicação do que é notícia no segmento popular, com sua capacidade de entreter e informar ao mesmo tempo. Ao se reportar às estratégias enunciativas da cultura popular, a autora traz das raízes históricas do melodrama e do folhetim a explicação de quais são os antigos artifícios da imprensa popular usados na atualidade.
Um estudo de caso sobre o Diário Gaúcho é apresentado no quarto capítulo, “O penny press gaúcho”. Nele, observam-se algumas características dramáticas constituintes desse gênero popular e a diferença em relação ao Zero Hora, no que tange às coberturas jornalísticas. Destaque para a contextualização do jornal Diário Gaúcho, feita a partir de sua organização editorial e do perfil de seu público.
O último capítulo, “A prática do jornalismo popular”, traz os aspectos mais práticos do gênero informativo popular. Aqui, a autora traça o perfil profissional desse segmento e expõe algumas preocupações que os jornalistas devem ter ao adentrar nesse universo instigante. Entretanto, cabe um alerta sobre o perigo da popularização, principalmente no que se refere à excessiva dramatização e ao predomínio do “interesse do público” sobre o “interesse público”.
Por fim, o livro oferece um roteiro de leitura sobre produtos jornalísticos populares, além de uma bibliografia complementar. A relevância deste livro está em propiciar uma leitura aprofundada desse gênero informativo que atualmente ocupa um lugar de destaque no mercado editorial. Ainda pouco explorado, esse nicho de mercado sugere oportunidades de trabalho para jornalistas, além de abrir perspectivas rumo a uma democratização da informação para setores populares com baixa renda e escolaridade.Leitura obrigatória para profissionais e estudantes de jornalismo que se preocupam não apenas com as exigências do mercado, mas com a qualidade da informação e o interesse de seus leitores. E tudo isso sem abrir mão dos preceitos éticos que devem nortear a prática dessa profissão.


Eduardo Yuji Yamamoto
Jornalista e especialista em Comunicação
Popular e Comunitária pela UEL-PR.Mestrando do Programa de Pós-Graduação em
Comunicação Midiática, da UNESP-Bauru/SP
E-mail:mailto:yudieduardo@bol.com.br

Blogueiro acusa Youtube de censurar vídeos que denunciam tortura no Egito


O blogueiro egípcio Wael Abbas denunciou que o YouTube censurou vários vídeos de torturas a detidos em delegacias no Egito com a desculpa de ter recebido queixas sobre essas gravações. "O YouTube desativou o que provavelmente é o canal mais importante para a blogosfera egípcia", queixa-se Abbas em seu blog.
Segundo ele, seus vídeos foram essenciais na luta contra a "brutalidade" policial, e "o YouTube deveria estar orgulhoso de que os ativistas egípcios contra a tortura tenham usado seus canais na atual guerra" contra esta prática.
Para Abbas, os responsáveis do site brincaram de "gato e rato" com os ativistas. Ele cita como exemplo um dos casos de tortura que adquiriu relevância graças à difusão de um vídeo, o de Emad Kabir. Kabir foi torturado em uma delegacia sob as ordens de um oficial, enquanto outro agente gravava com um telefone celular as imagens que depois foram divulgadas na internet.
Segundo Abbas, o vídeo de Kabir, divulgado no YouTube, foi censurado completamente, depois em partes, e mais tarde permitiram sua publicação sem censura. "Depois o tiraram [do site] e o restauraram".
Abbas disse que o mesmo ocorreu com outro vídeos de tortura que mostravam a brutalidade policial. O blogueiro afirmou que, por causa do ocorrido, é momento de começar a diversificar os meios para divulgar os vídeos na rede.

Fonte: EFE

Equador inaugura TV Estatal em meio a brigas entre Correa e meios de comunicação


O presidente do Equador, Rafael Correa, inaugurou, nesta quinta-feira (29), a TV estatal do país. O novo meio de comunicação, a Equador TV, abriu seu sinal com as atividades da Assembléia Constituinte, que trabalha no pequeno povoado de Montecristi com a missão de reformar a nova Constituição.
A instalação do canal estatal contou com o apoio financeiro de Hugo Chávez, amigo de Correa, segundo fontes governamentais, em mais uma amostra das afinidades ideológicas entre os polêmicos defensores do "socialismo do século 21".

A Equador TV entra no ar em meio a uma briga quase diária entre Correa e os meios de comunicação privados, a quem acusa de distorcer a informação para prejudicar seu governo. Ele já chegou a chamar os de "bestas selvagens."
"Não temos uma linha editorial imposta pelo governo", garantiu Enrique Bayas, coordenador da Equador TV, diante das críticas de setores conservadores, que acusam o canal de ser uma plataforma para reforçar a imagem de Correa.

A Equador TV tem o sinal aberto nas cidades mais importantes do país, e transmitirá sua programação em espanhol e em idiomas indígenas.

Fonte: Reuters.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Jornais Populares crescem no mercado brasileiro


Destaco neste espaço outra matéria do Portal Imprensa, o qual temos notícias postadas neste blogue. Os jornais populares vêm ganhando espaço no mercado jornalístico e debanca grandes veículos de comunicação quanto ao número de impressões. Esses novos dados foram divulgados pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC), revelando que o tablóide mineiro Super Notícia, de Belo Horizonte, alcançava o primeiro lugar do ranking no mês de agosto, com aproximadamente 300 mil exemplares diários vendidos, desbancando a Folha de S.Paulo, que obteve uma média de 299 mil.Na lista dos dez maiores jornais do país, o Super Notícia não é o único que segue a linha editorial popular. Outros títulos voltados, principalmente, às classes C e D também obtiveram destaque, como o Extra, do Rio de Janeiro, que ficou à frente do Estado de S.Paulo, e o Diário Gaúcho, do Rio Grande do Sul, que atingiu 152 mil exemplares.

Mas qual a explicação para tudo isso?

Preços baixos, muitas cores e imagens, linguagem curta e objetiva e excesso de publicidade são imprescindíveis para o sucesso das publicações populares. A indústria jornalística brasileira alcançou em 2006 uma das melhores performances dos seus últimos anos, com a circulação dos jornais aumentando 6,5% em relação ao ano anterior, o que elevou para 7.230.285 o número de exemplares diários vendidos em média no país. Este excelente resultado faz parte de uma fase de recuperação iniciada em 2004, depois de três anos de queda na venda de jornais. Tanto o período de declínio quanto esse mais recente de recuperação da circulação têm como principal razão o desempenho da economia brasileira. Os jornais populares tem a sua parcela significativa para este crescimento.

Na Bolívia, rádios são atacadas e jornalistas protestam contra agressões


Na última terça-feira (27), ocorreu na capital do departamento boliviano de Pando, Cobija, o primeiro dos dois dias de greve convocadas pelas seis regiões opositoras ao presidente Evo Morales.
As ruas de Cobija, a 1.200 km da capital La Paz, foram bloqueadas grupos de estudantes e por máquinas e veículos do governo departamental, cujo titular é o ex-senador de direita, Leopoldo Fernández, atual diretor da agremiação opositora Podemos, do ex-presidente Jorge Quiroga.
Manifestantes aliados a Fernández atacaram as rádios Digital e Oasis. As transmissões foram interrompidas depois que a energia da rádio foi cortada por um grupo de desconhecidos.
"Nos sentimos ameaçados pelos jovens que desde as quatro da manhã estão nas ruas, nas imediações da rádio. Hoje de manhã um turba chegou jogando pedras", declarou Humberto Lucana, diretor da rádio Digital. Viviano Opi, dono da rádio Oasis, afirmou que foi ameaçado por um grupo que tentou invadir a rádio.
Os distúrbios diminuíram após a chuva, mas algumas ruas de Cobija permanecem bloqueadas.
Jornalistas também protestaram contra agressões a repórteres de Sucre, cidade que viveu momentos violentos no último final de semana, e contra as ameaças da turba de civis contra canais de TV privados de La Paz.
Segundo a agência de notícias AFP, dezenas de jornalistas marcharam pela praça de Armas de Sucre, onde ocorreram graves enfrentamentos no sábado e domingo. Durante os distúrbios, três policiais e um civil morreram, e mais de cem pessoas foram feridas.

Ministro admite que TV pública pode sofrer manipulação


Durante audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, o ministro de Comunicação Social, Franklin Martins, declarou que a TV pública poderá sofrer manipulação, mas salientou que as emissoras privadas também correm esse risco.
"Existe o risco do governo manipular politicamente? Existe, mas não é só na TV pública. Existe também na TV comercial. Ou a gente acha que os interesses comerciais, políticos, partidários etc, nunca vão interferir na programação?", afirmou o ministro.
Franklin Martins reforçou seu argumento dizendo que a sociedade não aceitará uma TV "chapa-branca", mas não quer uma emissora privada "chapa preta" - ou seja, aquelas que fazem críticas em demasia ao governo.
"A sociedade não tolerará uma TV pública" chapa-branca ". Às vezes, a sociedade não tolera uma TV comercial que começa a ficar" chapa-preta ", acrescentou o ministro que não revelou a qual emissora se referia".
Segundo reportagem desta quinta-feira (29) do jornal Folha de S.Paulo, a insatisfação com a cobertura da TV Globo no episódio do dossiê contra tucanos, em 2006, foi o estopim para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propusesse a criação da TV Brasil (pública).
O ministro defendeu o Conselho Curador da nova TV e recomendou as emissoras privadas sigam o exemplo. "Seria muito bom se as grandes redes de TV comerciais adotassem modelos como esse: um conselho, personalidades independentes".

Hugo Chávez ameaça processar CNN por incitação a seu assassinato


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta quarta-feira (28) que estuda a possibilidade de iniciar um processo judicial contra a rede de TV CNN, dos Estados Unidos, por incitação a seu assassinato, por meio de um vídeo.
O dirigente explicou, depois da reprodução das imagens em um programa da TV estatal venezuelana, que pedirá à Procuradoria-geral do país que estude a viabilidade jurídica de iniciar um processo por conta do vídeo em que o rosto de Chávez aparece durante sete segundos sob a legenda: "quem o matou".
"A Procuradoria foi instada a avaliar a possibilidade de processar a CNN por incitação ao assassinato de um dirigente da Venezuela", comentou o líder de esquerda. "Eles vão ter de explicar por que puseram, durante sete segundos, a imagem do meu rosto e a frase 'quem o matou'", disse.
No vídeo, aparece o rosto de Chávez em metade da tela. Na outra metade, exibe-se o rosto do presidente da Colômbia, Alvaro Uribe. Os dois mantêm atualmente uma acalorada troca de acusações.
O apresentador da CNN, ao dar-se conta de que as imagens não correspondiam às notícias que apresentava, pediu a retirada delas do ar. O presidente venezuelano afirmou que o vídeo corresponde a um plano geral de desestabilização que busca prejudicar, no país, a realização de um plebiscito sobre uma polêmica reforma constitucional defendida por Chávez.
"Teremos de avaliar isso do ponto de vista jurídico. Mas, sem dúvida, trata-se de uma peça de guerra psicológica", acusou. Chávez criticou, em várias oportunidades, o canal de notícias norte-americano por considerar que a CNN segue as diretrizes da Casa Branca e tenta desacreditá-lo, conspirando para a deposição dele.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Comentário do dia: O caso dos jornalistas cearenses


Ontem em nosso Blogue Comunicação e Cidadania postamos uma matéria do Portal Imprensa que destacava o caso de exercício ilegal da profissão na imprensa cearense. Na TV União, por exemplo, não há profissionais formados trabalhando, mas estagiários dos cursos de jornalismo de Fortaleza. O argumento da empresa de comunicação é que não dispõe de R$ 1.000,00 para pagar um jornalista. O Estado do Ceará conta, atualmente, com cerca de 1,7 mil jornalistas, sendo que 1.195 são filiados ao Sindicato. Os baixos pisos, de R$ 1.090 a R$ 1.907, e as extenuantes jornadas de trabalho são os principais problemas enfrentados pela categoria cearense. Há um ditado nas redações de jornal da região Nordeste que pode exemplificar o caso: "Aqui na redação tem hora para entrar, mas não sabe que horas vai sair."
No estado Rio Grande do Norte, em Mossoró por exemplo, a situação não é diferente. Muitos estagiários povoam as redações de jornal, estúdios de rádio e agências de publicidade. Alguns sem noção da profissão são incubidos de funções que deveriam ser feitas por um profissional de carreira já formado. Quando eu estava nos bancos da universidade, um colega de turma do primeiro ano de jornalismo foi contratado como estagiário por um jornal de Mossoró e atuou por muito tempo no caderno de notícias do munícipio, conhecido Gerais. Meses depois, o jornal passava por uma crise financeira e havia perdido o editor-chefe. Advinha quem assumiu? o meu colega estagiário. Mérito pra ele? Concerteza, por que conseguiu desempenhar bem o trabalho. Mas se não tivesse, quem levaria a culpa? Ele não tem culpa nenhuma. A empresa é a responsável pelo jornal e deve estar ciente das consequencias dessa ação. Aqui percebe-se o zelo de algumas empresas jornalísticas que não se preocupam em informar o público e sim em vender jornal e atender os seus interesses econômicos e políticos.
O mais novo absurdo em Mossoró é a história de um curso técnico de dois anos para jornalistas que já atuam na área, desrespeitando quem passa quatro anos em faculdade estudando para se formar. Alguns profissionais estão se mobilizando para que o curso seja oferecido pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte que já possui uma graduação em Comunicação Social em três habilitações: Jornalismo, Publicidade e Radialismo. Aconselho aos profissionais que estudem, façam vestibular, passem e cursem a faculdade. Não façam o percurso pela metade. Apoiar atitudes como essas e outras relacionadas, é o sinal que o jornalismo não é levado a sério. Espero que os jornalistas, publicitários e radialistas formados em Mossoró lutem por uma valorização da profissão da comunicação social. Atenção Jornalistas de Mossoró! Não seria a hora de fundar um sindicato para lutar pelos direitos. Vamos favorecer a democracia com um jornalismo comprometido com a verdade, pois a sociedade anseia por isso.

Everton Lima é jornalista formado pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Tecnologia: Universidade Japonesa oferece cursos pelo celular


A Cyber University, a única universidade japonesa que oferece todos os seus cursos pela internet, começou nesta quarta-feira a oferecer aulas também pelo celular. As aulas, que fazem parte do curso sobre os mistérios das pirâmides, consistem basicamente em imagens de Power Point com textos e imagens, com a locução de um professor ao fundo, que pode ser ouvida pelos fones do aparelho.
No caso das aulas para computador, o sistema é mais completo: imagens e texto ficam no centro da tela, enquanto um vídeo com a palestra do professor aparece no canto. A universidade, que foi inaugurada em abril deste ano e tem a permissão do governo de conceder diplomas de bacharel, tem 1.850 estudantes.
Atualmente, a universidade virtual oferece cerca de 100 cursos, como cultura chinesa antiga, jornalismo on-line e literatura inglesa. Por enquanto, a versão para celulares terá apenas o curso sobre as pirâmides, mas deve ser expandida em breve.

Fonte: Folhaonline

Jornais populares explodem em vendas. São Paulo está fora da rota.


Os jornais populares se tornaram um fenômeno no Brasil. Entretanto, ninguém esperava que a venda desses periódicos se tornasse tão explosiva, desbancando os grandes veículos de comunicação que estão há anos no topo das tiragens. Esses novos dados foram divulgados pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC), revelando que o tablóide mineiro Super Notícia, de Belo Horizonte, alcançava o primeiro lugar do ranking no mês de agosto, com aproximadamente 300 mil exemplares diários vendidos, desbancando a Folha de S.Paulo, que obteve uma média de 299 mil.
Na lista dos dez maiores jornais do país, o Super Notícia não é o único que segue a linha editorial popular. Outros títulos voltados, principalmente, às classes C e D também obtiveram destaque, como o Extra, do Rio de Janeiro, que ficou à frente do Estado de S.Paulo, e o Diário Gaúcho, do Rio Grande do Sul, que atingiu 152 mil exemplares.
Preços baixos, muitas cores e imagens, linguagem curta e objetiva e excesso de publicidade são imprescindíveis para o sucesso das publicações, é o que dizem os especialistas. Além deles, Lúcia Castro, editora-executiva do Super Notícia, afirma que essa é a fórmula para a grande tiragem de seu jornal. "Trabalhamos, também, com muitas promoções e os prêmios são sempre de boa qualidade. Nosso preço é excessivamente baixo (R$0,25) e nosso leitor sabe o que quer e onde encontrar".
Fundado em 2002, o tablóide mineiro cresceu 4.000% em 33 meses e, já em 2006, alcançou o primeiro lugar em Minas Gerais, deixando para trás o Estado de Minas, que foi líder em vendas por 40 anos. "As manchetes são sempre factuais, com apelo para a cobertura policial e celebridades", afirma Lúcia. Além disso, o editorial do Super, como é conhecido, é repleto de serviços, anúncios de empregos e seções destinadas aos aposentados e ao leitor que deseja anunciar o seu trabalho.
A distribuição é feita por vendedores ambulantes terceirizados e não há serviço de assinantes. "As vendas são avulsas, também em bancas, e o Super criou um novo público leitor, de pessoas que não liam e passaram a ler jornal. Não pensamos, portanto, em aprofundar as notícias, o público quer o que a gente dá", declara Lúcia.
É interessante notar que o mercado paulista conta com apenas duas publicações de perfil popular. O Diário de S.Paulo, que alcança uma tiragem de aproximadamente 70 mil exemplares e o São Paulo Agora, com uma média de 79 mil. Dessa forma, essas publicações ficaram bem abaixo do décimo colocado do ranking, o carioca O Dia, que chegou a 113 mil exemplares. Mesmo sendo uma das maiores cidades do mundo, com 20 milhões de habitantes, São Paulo não avança no mercado editorial popular, fato observado, também, pelo fechamento do Notícias Populares, em 2002 e com seu principal jornal concorrendo com uma publicação de Belo Horizonte, cidade com 20% de sua população.
Lúcia Castro acredita que o fato se dá por conta do formado desses jornais. "Eles não são tablóides e, além disso, não tem preços tão baixos", já que o Diário de S.Paulo é vendido por R$ 2,5 e o Agora tem preço de capa de R$1,5. Vender a preços baixos, uma das fórmulas dos vitoriosos do mês de agosto, não prejudica a receita, segundo Peodomiro Braga, diretor-executivo do Super Notícias. "A alta receita de publicidade garante o lucro do jornal", finaliza.

Tereza Cruvinel anuncia que TV pública terá 40% de produção independente


Diretora-presidente da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), a jornalista Tereza Cruvinel afirmou que a programação da TV pública, prevista para estrear oficialmente no Brasil em 2 de dezembro deste ano, terá 40% de produção independente.
Ainda segundo Cruvinel, a escolha das produtoras se dará a partir de editais temáticos. Quanto ao restante da programação, outros 40% do conteúdo será composto de produções regionais e 20% será da própria empresa.
Além de Tereza Cruvinel, fazem parte do Conselho Administrativo da EBC - que tomou posse na última quarta-feira (31) no prédio da TV Educativa no Rio - o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Franklin Martins, o representante do Ministério das Comunicações, José Artur Filardi Leite, Alessandra Cardoso, do Ministério do Planejamento e Ricardo Collar, indicado pela Secom. Foram empossados também Helena Chagas, como diretora de jornalismo, e Deucimar Pires, como diretor administrativo-financeiro.
Em nota, a Presidência da nova emissora afirma que cabe ao conselho orientar os negócios da empresa e eleger ou destituir membros da diretoria, bem como autorizar a abertura ou o fechamento de unidades e contratar projetos e pesquisas.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

De olho na política: A manipulação da informação


Chávez, por que não te calas?Acredito que muitos governantes no mundo todo, devem estar fazendo esta mesma pergunta. Chávez, por que não te calas? Ecoando o pedido do Rei da Espanha Ruan Carlos, durante a conferência Ibero-americana. Depois do "incidente", Hugo Chávez ainda criticou o rei da Espanha chamando de aliado dos Estados Unidos, quis passar por herói desafiando o presidente da Colômbia. A atividade política internacional do presidente venezuelano está focada em atacar os Estados Unidos e estar em evidência para simpatizar líderes socialistas espalhados pelo mundo. Já havia escrito isso por aqui. Chávez quer visibilidade através da provocação dos adversários. Ele não tem aliados, somente inimigos. Por outro lado, o noticiário da imprensa internacional contribui sensivelmente para que este objetivo de Chávez seja alcançado. Embora que maioria das matérias sejam negativas. Os telejornais da TV Globo diariamente divulgam notícias negativas sobre o presidente venezuelano, e sempre com um tom irônico nos textos e expressões dos apresentadores. Durante a semana passada inteira e nos telejornais de hoje, tiveram nem que sequer seja uma nota coberta (Texto lido pelo apresentador coberto por imagens). A explicação: A RCTV que foi fechada pelo presidente Hugo Chávez era parceira das organizações Globo e por diversas vezes fecharam negócios juntos. Mesmo sabendo das intenções explicitas do ditador Hugo Chávez, o público que acompanha a imprensa brasileira não terá uma impressão mais próxima do real do que acontece na Venezuela. O filtro de interesses de uma das maiores redes de comunicação do país influencia na informação veiculada no noticiário. Não estou mudando de posição quanto ao ditador Hugo Chávez, acredito que ele não visa o bem da América Latina e sim destruição do continente por meio de guerras para atender as suas necessidades de imperialismo. Na verdade, a discussão que abordo é da necessidade de um jornalismo mais isento e comprometido com veracidade das informações sem deixar levar por interesses próprios. Precisamos de um jornalismo atuante e denunciador das mazelas e flagelos sociais, pois com a manipulação da informação sob poder econômico e político perdemos na democracia de um país.

Everton Lima de olho na política

MP consegue liminar para que Google forneça dados de usuários do Orkut




A justiça do Rio de Janeiro determinou que o Google Brasil deve fornecer ao Ministério Público e à Polícia Civil dados cadastrais de usuários do site de relacionamentos Orkut que pratiquem crimes. Antes da decisão, informações como data, hora e número de Ips de membros e criadores de comunidades só eram divulgados em casos específicos e com determinação judicial. A empresa pode recorrer da decisão.
Segundo o Ministério Público, autor da ação, o anonimato assegurado pelo Google à identidade de seus usuários tem servido para encobrir a prática de diversas condutas delituosas. Na ação, o MP também alega que os dados solicitados não estão protegidos constitucionalmente.
No entanto, o Google diz não poder obter as informações, pois elas estariam armazenadas em provedores fora do país. O juiz Gustavo Quintanilha, responsável pela ação, entendeu que não há impossibilidade física de acesso.
"Insta salientar que a alegação de que os dados estariam armazenados em provedores fora do país consiste em insulto às autoridades requisitantes, visto que tanto é notório que as informações podem ser instantaneamente obtidas pelo réu, através da própria rede mundial de computadores", afirmou o juiz.
De acordo com a decisão, qualquer funcionário do Google Brasil terá que responder às solicitações do MP e da Polícia Civil, caso contrário poderá responder por crime de desobediência. Se a liminar não for cumprida, a empresa terá que pagar multa diária de R$ 50 mil.
O juiz Gustavo Quintanilha afirmou ainda que os usuários do Orkut têm conhecimento de que os dados inseridos no site serão expostos publicamente, o que, inclusive, é explicado no momento do cadastro na rede de relacionamentos. Quanto aos aspectos técnicos, como IPs, o juiz explicou que eles são criados durante a utilização do serviço e não fornecidos previamente pelo internauta. Por isso, o Google não teria o compromisso de mantê-los em sigilo diante do requerimento das autoridades.

Conheça cada um dos representantes da sociedade no Conselho da TV Pública


O presidente Lula nomeou os 15 representantes da sociedade civil que vão integrar o Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a TV Pública.


Confira abaixo os nomes escolhidos e um breve currículo de cada um:


1 - Ângela Gutierrez

Mineira, de Belo Horizonte, Ângela é empresária e empreendedora cultural. É formada em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas. É especialista em marketing e tem forte atuação social: é presidente do Instituto Cultura Flávio Gutierrez e responsável pela gestão do Museu do Oratório e do Museu de Artes e Ofícios.
2 - Cláudio Lembo

É bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais e advogado desde 1959. Professor universitário, foi governador do estado de São Paulo de março a dezembro de 2006. Exerceu vários cargos naquele estado. Foi, por exemplo, chefe de gabinete do ministro da Educação. Lembo foi também candidato a senador e vice-presidente na chapa de Aureliano Chaves.
3 - Delfim Neto

Economista, professor universitário e político. Foi secretário de Fazenda em São Paulo no governo Laudo Natel e ministro da Fazenda no governo Costa e Silva. Neto também foi ministro da Agricultura e do Planejamento no governo João Figueiredo e embaixador do Brasil na França. Já foi eleito por cinco vezes consecutivas deputado federal e também exerceu o cargo de governador pelo Brasil do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.
4 - Ima Vieira

É diretora do Museu Paraense Emílio Goeldi e foi coordenadora de pesquisa e pós-graduação do mesmo instituto de 2001 a 2005. Graduada em Agronomia, é autora de vários livros e artigos. É membro do Comitê Multidisciplinar da CAPES desde 2005 e membro de comissões e conselhos em âmbito Federal e Estadual.
5 - Isaac Pinhanta

Professor indígena da tribo dos Ashaninka, no Acre, já participou da Comissão Pró-Índio. A partir de 1993, começou a trabalhar com educação bilíngüe, alfabetizando a aldeia. É também coordenador da Organização dos Professores Indígenas do Acre (OPIAC), que tem como objetivo promover e divulgar a educação escolar indígena.
6 - José Bonifácio de Oliveira Sobrinho (Boni)

Empresário de comunicação e especialista em televisão, iniciou a carreira na Rádio Nacional, no Rio de Janeiro. Em 1996, foi para a TV Tupi para dirigir o Telecentro. Na Globo, dirigiu a programação da emissora e foi um dos principais responsáveis pela sua consolidação. Atualmente, é proprietário da emissora TV Vanguarda e consultor da Rede Globo.
7 - José Martins

Engenheiro mecânico, começou carreira na Marcopolo, em 1965. Hoje, ocupa o cargo de vice-presidente do Conselho de Administração da empresa. Exerce ainda as funções de presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Carrocerias para Ônibus, da Associação do Aço do Rio Grande do Sul e do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários.
8 - José Paulo Cavalcanti Filho

Advogado de empresas e especialista em legislações que regulam a imprensa em todo o mundo. É também presidente do Conselho de Comunicação Social (CCS). José Paulo foi secretário-executivo do Ministério da Justiça no governo Sarney, presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica e da Empresa Brasileira de Notícias.
9 - Lúcia Willadino Braga

É diretora da Rede Sarah de Hospitias e doutora honoris causa pela Universidade de Reims. É também pesquisadora, neurocientista e neuropsicóloga e professora visitante de 14 universidades da Europa e Estados Unidos. Integra, ainda, a diretoria de cinco das principais sociedades internacionais de pesquisa e tratamento do cérebro.
10 - Luiz Edson Fachin

Advogado, professor de Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná e membro da comissão do Ministério da Justiça sobre Reforma do Poder Judiciáiro. É ex-procurador-geral do Incra, especialista em Direito de Família e Código Civil.
11 - Luiz Gonzaga Belluzzo

Professor titular de economia da Unicamp, foi chefe da Secretaria Especial de Assuntos Econômicos do Ministério da Fazenda no governo Sarney e secretário de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo no governo Quércia. É membro do Conselho Diretor da mantenedora da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
12 - Maria da Penha Maia

Biofarmacêutica. Foi vítima de agressões por parte de seu ex-marido no início da década de 80, que tentou matá-la duas vezes e a deixou paraplégica. Durante vinte anos, lutou para que o agressor fosse condenado pela justiça. Sua militância em movimentos sociais contra a violência e a impunidade foi reconhecida com a sanção pelo presidente Lula, em agosto de 2006, com a Lei Maria da Penha. É coordenadora da associação de estudos, pesquisas e publicações da Associação de Parentes de Amigos de Vítimas de Violência no Ceará.
13 - MV Bill

Cantor de rap brasileiro, nasceu na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. É um dos fundadores da Central Única das Favelas e responsável por várias atividades sócio-educativas em comunidades carentes do país.
14 - Rosa Magalhães

Professora, artista plástica, figurinista, cenógrafa e carnavalesca. Trabalhou no Salgueiro e desenhou figurinos para a Beija Flor, a Portela e o Império Serrano, em parceria com Licia Lacerda.
15 -Wanderley Guilherme dos Santos

Graduado em Filosofia e Ph.D em Ciência Política pela Universidade de Stanford. É professor titular aposentado de Teoria Política da UFRJ, diretor do Laboratório de Estudos Experimentais e Pró-Reitor de Análise e Prospectiva da Universidade Candido Mendes. Membro titular da Academia Brasileira de Ciências.

Fonte:Agência Brasil.

Jornalistas registrados como profissionais de rádio causam polêmica no Ceará


Um dos grandes problemas enfrentados pelo Sindicato dos Jornalistas do Ceará é, sem dúvida, o exercício ilegal da profissão. "A maior demanda vem dos jornalistas de televisão e rádio. Desde 2002, os profissionais de mídia eletrônica do Estado foram obrigados pelas empresas a obter registro de radialista, categoria que não tem formação superior obrigatória", declara Déborah Lima, 37, presidente do Sindjorce desde 2004.
Déborah afirma que os que se recusaram a executar a mudança foram demitidos e que, desde então, as empresas se negam a comparecer à Delegacia Regional do Trabalho (DRT) para qualquer tipo de negociação das campanhas salariais com o Sindicato. "Elas alegam que não temos 'legitimidade' para representar os empregados das empresas de rádio e TV, porque estes são 'radialistas' e não jornalistas. A situação é grave e merece ser denunciada".
A presidente, formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC), acredita que a TV Verdes Mares, filiada da Rede Globo, é uma das principais emissoras que sustentam a tese de que não há jornalistas em suas redações. "Pertencente aos herdeiros do empresário Edson Queiroz, sogro do senador Tasso Jereissati (PSDB), a TV Verdes Mares diz que não tem jornalistas, embora seus empregados sejam formados em Comunicação Social/Jornalismo e filiados ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará".
Com os jornalistas registrados como profissionais de rádio e, segundo Déborah, trabalhando mais e ganhando menos do que deveriam, o Sindjorce passou por um momento financeiro difícil. "As contribuições dos jornalistas passaram a ser repassadas pelas emissoras para o Sindicato dos Radialistas, um sindicato que contribuiu, e continua contribuindo, com o plano dos patrões de asfixiar financeiramente o nosso Sindicato".
O Estado do Ceará conta, atualmente, com cerca de 1,7 mil jornalistas, sendo que 1.195 são filiados ao Sindicato. Os baixos pisos, de R$ 1.090 a R$ 1.907, e as extenuantes jornadas de trabalho são os principais problemas enfrentados pela categoria cearense. "Os jornalistas trabalham até 14h diárias, já que só têm horário para entrar e não para sair das redações", afirma Déborah.
Dessa forma, as principais reivindicações do acordo coletivo deste ano vão desde um ganho real de 3%, reajuste acima da inflação, até vale alimentação e adicional pela veiculação da produção em outras mídias. "Os representantes patronais repetem o surrado discurso de crise nos jornais para justificar o corte dos direitos já consolidados, mesmo com as pesquisas apontando para um aumento do número de anúncios nas mídias impressas", declara Déborah.
A jornalista ainda afirma que, cada vez mais, os PJ's estão crescendo no Estado e, além disso, constatou que cerca de 100 jornalistas trabalham sem registro profissional em Fortaleza. Entretanto, Déborah aponta para "um caso mais grave", o da TV União. "A DRT detectou a completa ausência de jornalistas na emissora. A redação é tocada exclusivamente por estagiários. Eles se comprometeram a contratar pelo menos dois jornalistas, mas até agora nada". Déborah declarou ter sido ameaçada pelo dono da emissora, Alberto Bardawil, caso persistisse com as reivindicações. "Ele disse que se uma nova fiscalização da DRT chegasse lá iria ser recebida pelas câmeras e que a TV União denunciaria o sindicato por perseguição. O argumento dele era que a TV não tinha R$ 1.000,00 para pagar um jornalista. Está na hora dos jornais reconhecerem, valorizarem e investirem também em seus jornalistas. Chega dessa conversa de crise nos jornais. Essa choradeira não convence mais ninguém", finaliza.
Fonte: Portal Imprensa

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Porque a democracia necessita do jornalismo investigativo


Por Silvio Waisbord é professor assistente do Departamento de Jornalismo e Meios de Comunicação de Massa na Universidade Rutgers, a Universidade do Estado de Nova Jérsei.


Na década de 1970, os repórteres desempenharam papel fundamental na revelação do que se tornou o escândalo político mais sério dos Estados Unidos no período pós-Segunda Guerra Mundial. Os jornalistas de Washington seguiram as pistas deixadas em um pequeno assalto no edifício comercial Watergate, acompanhando-as por todo o caminho até a Casa Branca. A reportagem gerou investigações no Congresso até a renúncia final do presidente Richard Nixon.
O desempenho da imprensa durante o caso Watergate foi mantido como espelho a refletir o melhor que o jornalismo poderia oferecer à democracia: manter o poder responsável. Isso tornou-se tendência nas redações norte-americanas. A profissão contou com alta credibilidade nos anos que se seguiram e ocorreu notável aumento das inscrições para escolas de jornalismo.
Quase três décadas mais tarde, a situação mudou. O jornalismo investigativo não parece ser a estrela mais brilhante do firmamento noticioso norte-americano. Enquanto o tom da imprensa era de auto-felicitação nos anos pós-Watergate, disseminou-se o pessimismo atual sobre a situação do jornalismo norte-americano. Observadores argumentaram freqüentemente que o aumento da concentração dos donos de meios de comunicação e a tendência ao sensacionalismo da cobertura noticiosa minou o vigor exigido pelas reportagens investigativas. Pressões comerciais também detêm o jornalismo investigativo. Sua grande necessidade de tempo e recursos humanos e financeiros freqüentemente entra em conflito com as expectativas de lucro e controles de custo de produção. Além disso, o fato de que as reportagens poderão resultar em ações judiciais de alto custo deixa as companhias noticiosas nervosas quanto ao apoio às investigações.
Apesar desses fatores, não tem havido falta de produção de reportagens investigativas na última década. Os principais jornais urbanos dos Estados Unidos produziram artigos que revelaram a corrupção, injustiça e má administração ambiental. As notícias das televisões locais e das redes freqüentemente produzem reportagens investigativas, que geralmente concentram-se em diversos tipos de fraudes ao consumidor, em áreas como assistência médica, serviços sociais e financiamentos residenciais.
O que é o Jornalismo Investigativo?
O jornalismo investigativo distingüe-se por divulgar informações sobre más condutas que afetem o interesse público. As denúncias resultam do trabalho dos repórteres, e não de informações vazadas para as redações.
Embora o jornalismo investigativo costumasse ser associado a repórteres individuais que trabalham por conta própria, com pouco ou nenhum apoio das suas organizações noticiosas, exemplos recentes comprovam que o trabalho de equipe é fundamental. Diferentes tipos de especializações são necessários para produzir reportagens abrangentes e bem documentadas. É necessário que repórteres, editores, especialistas jurídicos, analistas estatísticos, bibliotecas e pesquisadores de notícias colaborem nas investigações. O conhecimento do acesso às informações públicas é fundamental para encontrar quais informações são potencialmente disponíveis, com base nas leis de "liberdade da informação", e quais problemas legais poderiam surgir ao publicar-se informações prejudiciais. As novas tecnologias são extremamente valiosas para encontrar fatos e familiarizar os repórteres com as complexidades de qualquer reportagem específica. Graças à informatização dos registros governamentais e à disponibilidade de extraordinária quantidade de informações online, a reportagem assistida por computador é de grande auxílio.


A Democracia e o Jornalismo Investigativo


O jornalismo investigativo é importante devido às suas muitas contribuições à governabilidade democrática. Seu papel pode ser compreendido por atender ao modelo da imprensa do Quarto Poder. De acordo com esse modelo, a imprensa deverá tornar o governo responsável, publicando informações sobre questões de interesse público, mesmo se essas informações revelarem abusos ou crimes perpetrados por autoridades. A partir dessa perspectiva, o jornalismo investigativo é uma das mais importantes contribuições prestadas pela imprensa à democracia. Ele está relacionado com a lógica de responsabilidade mútua em sistemas democráticos. Ele fornece um mecanismo valioso para monitorar o desempenho das instituições democráticas, em sua definição mais ampla que inclui organismos governamentais, organizações cívicas e empresas públicas.
A centralização dos meios de comunicação nas democracias contemporâneas torna as elites políticas sensíveis às notícias, particularmente às "más" notícias que freqüentemente causam comoção pública. A publicação de notícias sobre más condutas públicas e econômicas pode provocar investigações judiciais e congressuais.
Em casos em que as instituições governamentais não conduzam investigações adicionais, ou que as investigações sejam obstruídas por problemas e suspeitas, o jornalismo pode contribuir com a responsabilidade ao monitorar o funcionamento dessas instituições. Ele pode examinar como essas instituições realmente cumprem com suas atribuições constitucionais para revelar o mau funcionamento, desonestidade ou má conduta no governo e na sociedade. O jornalismo investigativo mantém, pelo menos, importantes poderes de estabelecimento de uma agenda que lembre os cidadãos e as elite políticas sobre a existência de certas questões. Não há garantias, contudo, de que a atenção contínua da imprensa resulte em ações judiciais ou congressuais para investigar e acionar os responsáveis pelas más condutas.
O jornalismo investigativo também contribui com a democracia por promover a informação dos cidadãos. A informação é um recurso vital para dar poder a um público vigilante que, ao final, mantém a responsabilidade governamental através do voto e da participação. Com a ascensão da política concentrada nos meios de comunicação nas democracias contemporâneas, os meios de comunicação obscureceram outras instituições sociais como a principal fonte de informação sobre questões e processos que afetam a vida dos cidadãos.
Acesso do público
O acesso a registros públicos e leis que assegurem que os negócios públicos sejam conduzidos em sessões abertas são indispensáveis para o trabalho do jornalista investigativo. Quando as leis de censura prévia ou difamação agigantam-se no horizonte, as organizações noticiosas não estão dispostas a discutir assuntos controversos, devido a ações judiciais potencialmente de alto custo. Conseqüentemente, as democracias devem atender a certas exigências para que o jornalismo investigativo seja eficaz e proporcione informações diversas e abrangentes.


A Ética do Jornalismo Investigativo


Toda equipe de repórteres investigativos busca uma história sob circunstâncias diferentes, de forma que a criação de um livro de normas éticas gerais é problemática, embora certos padrões tenham sido aceitos de forma geral. As implicações legais das ações dos repórteres são, de longe, mais bem definidas que as questões éticas. Caso a lei o aprove, é legal; caso contrário, não é. A ética, por outro lado, lida com a distinção entre o certo e o errado, utilizando princípios filosóficos para justificar uma via de ação específica. Qualquer decisão pode ser considerada ética, dependendo do sistema ético utilizado para justificá-la e dos valores priorizados. O que os jornalistas e editores necessitam determinar é quem se beneficiará com o resultado da reportagem.
Se o jornalismo for comprometido com a responsabilidade democrática, a questão que necessita ser feita é se o público se beneficiará com o resultado de reportagens investigativas. Quais interesses o jornalismo investigativo atende ao publicar uma dada história? A imprensa atende sua responsabilidade social ao revelar más condutas? Quais interesses estão sendo afetados? Quais direitos estão sendo invadidos? A questão sendo investigada é de legítimo interesse público? Ou a privacidade individual está sendo invadida sem a investigação de nenhuma questão pública crucial?
A maior parte das discussões sobre ética e jornalismo investigativo vem se concentrando na metodologia, nomeadamente, qualquer método é válido para revelar más condutas? Erros são legítimos quando os jornalistas buscam falar a verdade? Qualquer método é justificável, independente das condições de trabalho e das dificuldades para obter a informação? Os repórteres de televisão podem utilizar câmeras ocultas para conseguir uma reportagem? Os jornalistas podem utilizar identidades falsas para ter acesso à informação?
Sobre esta questão, um fator importante a ser considerado é que o público parece menos disposto que os jornalistas a aceitar qualquer método de revelação de más condutas. Pesquisas apontam que o público suspeita de invasões de privacidade, independentemente da relevância pública de um tema. O público parece, de forma geral, menos inclinado a aceitar que os jornalistas utilizem qualquer método para obter uma reportagem. Esta atitude é significativamente reveladora em épocas em que, em muitos países, a credibilidade da imprensa é baixa. A imprensa necessita ser digna de confiança aos olhos do público. Este é o seu principal patrimônio, mas muitas vezes suas ações prejudicam ainda mais sua credibilidade. Portanto, o fato de que os cidadãos geralmente acreditam que os jornalistas conseguem qualquer história a qualquer custo necessita ser uma consideração importante. Revelações feitas utilizando métodos questionáveis de obtenção da informação podem reduzir ainda mais a legitimidade e a sustentação pública da reportagem e dos jornalistas.
As questões éticas não se limitam a métodos. A corrupção também é outra importante questão ética do jornalismo investigativo. A corrupção inclui diversas práticas, que variam de jornalistas que aceitam suborno, cancelam exposições ou pagam a fontes de informações. O dano aos cidadãos privados que pode resultar da reportagem também necessita ser considerado. Questões de privacidade normalmente são levantadas, pois o jornalismo investigativo muitas vezes anda sobre uma linha fina que divide o direito à privacidade e o direito de saber do público. Normalmente se considera que a privacidade aplica-se de forma diferente a figuras públicas e aos cidadãos comuns.
Não existem respostas prontas e fáceis para as questões éticas. Os códigos de ética, apesar de alguns méritos, não oferecem soluções definidas que possam ser aplicadas a todos os casos. A maior parte dos analistas concorda que os jornalistas devem permanecer sensíveis a questões como imparcialidade, equilíbrio e precisão. Os repórteres necessitam continuamente fazer questionamentos éticos ao longo de diferentes estágios das investigações e estar prontos para justificar suas decisões aos seus editores, colegas e ao público. Eles necessitam ser sensíveis aos interesses que estão sendo afetados e trabalhar de acordo com padrões profissionais.

O Jornalismo Investigativo na América Latina


A América Latina contemporânea oferece diversos exemplos de por quê a democracia necessita do jornalismo investigativo e como este contribui com a governabilidade democrática. O jornalismo investigativo ganhou força em todos os países em que a democracia se consolidou pela região nas últimas duas décadas, sem exceções. Relegado a publicações marginais e partidárias no passado, ultimamente ganhou aceitação na grande imprensa. Muitas razões justificam a afirmação do jornalismo investigativo, particularmente a consolidação dos governos democráticos, as transformações substanciais da economia dos meios de comunicação, a existência de publicações comprometidas com a revelação de abusos específicos e os confrontos entre algumas organizações noticiosas e alguns governos.
Como em outras regiões do mundo, o principal valor do jornalismo investigativo nas democracias latino-americanas é que ele contribui com o aumento da responsabilidade política. Isto é particularmente importante, considerando que foi identificada a fraqueza dos mecanismos de responsabilidade como um dos problemas mais sérios enfrentados pelas democracias da região. A letargia institucional, a ineficácia e a falta de reação às legítimas necessidades públicas foram freqüentemente mencionadas como as principais fraquezas. A existência de organizações noticiosas compromissadas com o jornalismo investigativo tornou-se extremamente importante. Mesmo quando outras instituições deixaram de acompanhar exposições na imprensa ou de conduzir suas próprias investigações, a imprensa manteve vivas as alegações de conduta ilegal ou anti-ética e, em alguns casos, forçou as autoridades legislativas e judiciais a agir. O jornalismo investigativo possui poder inigualável de relacionar autoridades a determinados crimes, mas pode também criar percepções públicas erradas sobre a existência de má conduta. Esta é uma faca de dois gumes. A reportagem de má conduta traz a atenção do público a supostos crimes, mas pode levar a julgamentos precipitados sobre a responsabilidade dos indivíduos, sem intervenção das instituições estabelecidas constitucionalmente para investigar e chegar a vereditos legais. Aqui, a responsabilidade ética é, novamente, de extrema importância. Acusações infundadas feitas pela imprensa podem ter efeitos danosos à reputação dos indivíduos e instituições.
A corrupção governamental tem sido o foco central das investigações da imprensa nas democracias latino-americanas. Outros assuntos (corrupção empresarial e práticas ilegais de trabalho) atraíram atenção significativamente menor. Numerosas pesquisas que indicam que a corrupção aparece de forma consistente entre as três preocupações mais altas da população em toda a região podem sugerir o impacto do jornalismo investigativo em tornar a má conduta governamental em preocupação principal.
O caso latino-americano sugere, portanto, que a existência do jornalismo investigativo é importante por si própria. O conteúdo e o equilíbrio da agenda investigativa também são relevantes. A imprensa chama a atenção dos cidadãos e legisladores para questões específicas. Muitos cenários sociais e governamentais necessitam de atenção nas democracias contemporâneas. O jornalismo investigativo é mais eficaz quando molda uma ampla rede sobre uma variedade de assuntos.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Hoje é dia da consciência negra


O dia 20 de novembro é o dia da Consciência Negra. A data foi escolhida pelo Movimento Negro em contraposição ao 13 de maio (dia da suposta abolição da escravatura) e é uma homenagem a Zumbi dos Palmares, que faleceu neste dia há 308 anos. Zumbi foi o líder do Quilombo dos Palmares - que é considerado o maior foco de resistência negra à escravidão no Brasil. Mais de três séculos após a sua morte, constata-se que o racismo não deixou de existir, ou de se manifestar cruelmente. Na verdade, a opressão de cor somente modernizou-se, assim como a sociedade da opressão modernizou suas formas de dominação durante os anos.

Para ilustrar o que falamos, destacamos uma reportagem do jornal Folha de São Paulo que aponta que os brancos coupam quatro vezes mais cargos executivos do que os negros. O estudo realizado pela Fundação Seade na região da Grande São Paulo, com base nas informações de outubro de 2006 a setembro de 2007, aponta que os negros e pardos ainda enfrentam dificuldades para ocupar os melhores postos do mercado de trabalho, quando comparado com os chamados não-negros, que incluem brancos e descendentes de asiáticos.
Segundo o Seade, a diferença se explica pela exigência das vagas de formação escolar elevada. Ainda segundo a fundação, o desemprego também é maior entre os negros (18,1%) na comparação com os não-negros (13,2%). Os negros correspondem a cerca de 36% da população em idade ativa na Grande São Paulo.

Fonte: Folhaonline

Oi lança canal de TV via celular na próxima semana


A operadora de celulares Oi vai lançar, na próxima semana, um canal de televisão via celular, o Oi TV Móvel. A iniciativa foi tomada devido ao sucesso da primeira novela brasileira feita para celulares, a "Parafina", exibida em fevereiro deste ano para clientes da operadora.
De início, serão oferecidos oito canais já existentes na televisão tradicional e um dedicado exclusivamente a produções audiovisuais para telefones móveis, o Humanóides.
O canal especial será 2.0: além do conteúdo previsto, será aberto para produtoras independentes e usuários amadores, estimulados com pagamento para cada download realizado.
O serviço estará disponível para celulares habilitados no Rio de Janeiro e Belo Horizonte a partir da contratação de planos a R$ 5,90 ou R$ 9,90.
A empresa pretende operar em São Paulo a partir do ano que vem, já que comprou a licença no leilão realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em setembro.

Fonte: O Estado de S.Paulo.

Jornal da Bahia publica reportagem em formato quadrinho


O jornal A Tarde, de Salvador, vem publicando uma série diferente de reportagens. No lugar do texto, quadrinhos - como os dos gibis - são usados para narrar os fatos. Na terça-feira (20), será publicado o 3º episódio da série, que chega ao fim na próxima semana.
As reportagens contam a história do movimento estudantil do Estado da Bahia, com destaque para a passeata de agosto de 1942 a favor da entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial, a greve de 1966 no Colégio Central, considerada a 1ª mobilização dos estudantes após a instalação da Ditadura, as manifestações de 1981 contra o aumento da tarifa de ônibus e a invasão da Universidade Federal da Bahia em 2001 pela cassação de ACM.
A série é fruto do trabalho de três jornalistas recém-formados, que defenderam o formato quadrinho para a realização de reportagens em seu projeto de conclusão de curso. Leandro Silveira, Caio Coutinho e Fábio Franco apresentaram "Vanguarda - Histórias do Movimento Estudantil da Bahia" para o Centro Universitário da Bahia, em junho passado. "Eu sou fanático por quadrinhos e fui influenciado por Joe Sacco, que tem quatro livros-reportagem neste formato", disse Leandro Silveira, em entrevista ao Portal IMPRENSA.
Segundo ele, a idéia de provar que jornalismo também poderia ser feito em formato quadrinho deu certo. "As tiras têm todos os preceitos do jornalismo. Tudo ali foi muito bem apurado e baseado em entrevista. Tivemos um bom retorno da banca de avaliação e também dos leitores", disse. As reportagens foram publicadas em formato tablóide, com 30 páginas.
No jornal A Tarde, o material é impresso sempre no caderno de cultura e também está disponível no Blog da seção. Segundo jornalistas do periódico, a iniciativa tem sido muito bem recebida pelos leitores, tanto do material impresso, como do formato online.

Para acessar o blog: http://blogdodez.atarde.com.br/

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

De olho na política: Lula é o líder de melhor imagem da América Latina


Uma pesquisa da ONG Latinobarômetro, divulgada nesta sexta-feira, em Santiago, no Chile, afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o líder político com melhor imagem na América Latina e o único a manter o posto nos últimos dois anos. A ONG entrevistou mais de 20 mil pessoas em 18 países, à exceção de Cuba, em setembro e outubro deste ano.

Qual seria a explicação para esta indicação?

A Secretaria de Comunicação do Governo Federal (SECOM) vêm trabalhando a imagem do presidente fora do país, a partir do fornecimento de informações sobre as atividades da presidência no exterior. Segundo o subsecretário da SECOM, José Ottoni Fernandes Júnior, esta estratégia foi importante, partindo do pressuposto de que a imprensa não recebia informações. Por outro lado, o histórico do presidente que veio das massas populares, e o fator de que o país vive um processo de desenvolvimento econômico sem estar envolvido em guerras externas favorecem a boa imagem do chefe da nação brasileira.
Hugo Chávez, da Venezuela, George W. Bush, dos Estados Unidos, e Fidel Castro, de Cuba, apareceram nos últimos lugares neste ranking. Numa avaliação de zero a dez, Lula recebeu a nota 5,7.
Mas apesar do resultado favorável ao presidente, os brasileiros mostraram-se pouco otimistas em relação ao futuro. Os brasileiros estão entre os latino-americanos que mais temem perder o emprego nos próximos 12 meses, ficando atrás nesta lista apenas dos moradores da República Dominicana, de El Salvador e do Equador. No Brasil, 70% temem perder seu posto de trabalho. No ano passado, este índice era de 42%. Este percentual vem caindo na América Latina como um todo. Em 1998, por exemplo, 78% temiam ficar desocupados. No ano passado, 67%. E este ano, 64% afirmaram preocupar-se em perder o emprego. Esta é a realidade brasileira, cheia de contradições e disparidades sociais.
Everton Lima de olho na política

Indicação de Blogue: Professor Chaparro


Quero indicar neste espaço um blogue voltado para questões da área de comunicação social: "O xis da questão" do Professor Chaparro. MANUEL CARLOS CHAPARRO é doutor em Ciências da Comunicação e professor de Jornalismo na Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo. É também jornalista, desde 1957. Tem quatro livros publicados: Pragmática do Jornalismo, São Paulo, Summus, 1994, atualmente em sua terceira edição; Sotaques d’aquém e d’além-mar - Percursos e gêneros do jornalismo português e brasileiro, Santarém, Portugal, Jortejo, 1998; Entre 1989 e 1991 foi presidente da INTERCOM - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, principal sociedade científica brasileira na área da Comunicação Social.

Acesse: http://www.oxisdaquestao.com.br

Emissoras dos EAU são retiradas do ar por não assinarem pacto de censura


Após fortes pressões do executivo, o governo dos Emirados Árabes Unidos (EAU), liderado por Pervez Musharraf, decidiu proibir as emissões das televisões paquistanesas Geo News e Ary One World.
Segundo o site português Jornalistas Online, houve a tentativa de um "pacto de censura" por pressão de Pervez Musharraf , líder dos EAU. Musharraf sugeriu que as duas estações assinassem um código de conduta que, entre outras coisas, torna ilegal críticas ao governo. A organização Repórteres Sem Fronteiras e o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) condenaram a medida e lamentaram as pressões que limitam a liberdade de imprensa.
O secretário da FIJ (Federação Internacional dos Jornalistas) Aidan White criticou a medida e declarou que "este é um ato de censura chocante e covarde. Não só mostra que o governo do Paquistão está disposto a ir até onde for preciso para censurar os jornalistas, como revela uma fraca adesão à liberdade de imprensa por parte de Dubai"

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

TV Digital estréia dia 02 de dezembro em São Paulo

O lançamento da TV digital no país está previsto para ocorrer às 20h do dia 2 de dezembro, em São Paulo. As redes de TV da capital paulista - entre elas Globo, Record, Bandeirantes, SBT e Gazeta - exibirão, em transmissão simultânea, um programa explicando o que é a TV digital e que benefícios ela trará ao País
Os sinais digitais, que já estão em teste na capital paulista, alcançarão, em um primeiro momento a região metropolitana de São Paulo. Somente o transmissor da TV Globo alcança 5,5 milhões de domicílios nesta área, o que representa cerca de 17 milhões de pessoas, segundo um executivo da empresa.
Pelo cronograma do governo, a TV Digital começará pela cidade de São Paulo e chegará a Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro em julho do próximo ano. Em 2009, será a vez das demais capitais dos Estados e grandes cidades do País.
Fonte: Agência Estado.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

De olho na política: A VERDADE ESTÁ NA CARA, MAS NÃO SE IMPÕE

Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola. A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira.
Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, infiltrada no labirinto das oligarquias, claro que não esquecemos a supressão, a proibição da verdade durante a ditadura, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada.
Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos.
Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes , as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo. Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz. Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder.
Este governo é psicopata!!! Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas
A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior é que o Lula , amparado em sua imagem de "povo", consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações "falsas", sua condição de cúmplice e comandante em "vítima".
E a população ignorante engole tudo. Como é possível isso?
Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados - nos comunica o STF.
Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização. Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo.
Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito....
Está havendo uma desmoralização do pensamento. Deprimo-me: "Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?". A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo- petismo . A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais aos fatos! Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações. No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca, operística, grotesca mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política. Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e o parecer do procurador-geral da República. São verdades cristalinas, com sol a pino.
E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de "gafe". Lulo-petistas clamam: "Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT?
Como ousaram ser honestos?".
Sempre que a verdade eclode, reagem. Quando um juiz condena rápido, é chamado de "exibicionista". Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a família Sarney reagiu ofendida com a falta de "finesse" do governo de FH, que não teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando... Mas agora é diferente. As palavras estão sendo esvaziadas de sentido. Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para coonestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma novi-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte. Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem, de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o populismo e o simplismo. Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o país em "a favor" do povo e "contra", recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do mundo atual. Teremos o "sim" e o "não", teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição mundo x Brasil, nacional x internacional. A esquematização dos conceitos, o empobrecimento da linguagem visa à formação de um novo ethos político no país, que favoreça o voluntarismo e legitime o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois. Assim como vivemos (por sorte...) há três anos sem governo algum, apenas vogando ao vento da bonança financeira mundial, só espero que a consolidação da economia brasileira resista ao cerco político-ideológico de dogmas boçais e impeça a desconstrução antidemocrática. As coisas são mais democráticas que os homens. Alguns otimistas dizem: "Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de verdades!". Não creio. Vamos ficar viciados na mentira corrente, vamos falar por antônimos.
Ficaremos mais cínicos, mais egoístas, mais burros. O Lula reeleito será a prova de que os delitos compensaram. A mentira será verdade, e a novi-língua estará consagrada. É amigos. Este texto deve se transformar na maior corrente que a internet já viu. Talvez assim, possamos nós, que não somos burros não, mais uma vez salvar o Brasil.
Arnaldo Jabor é jornalista

China pede a jornais que só publiquem notícias positivas sobre Jogos Olímpicos


O governo chinês pediu aos jornais do país que não publiquem reportagens consideradas negativas sobre os Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, segundo reportagem publicada nesta terça-feira (13) pelo diário South China Morning Post, principal diário independente de Hong Kong.
De acordo com o jornal, o Departamento Central de Propaganda do governo chinês teria feito o pedido por meio de um memorando circulado entre os editores de jornais do país. O documento pedia que os jornais evitassem publicar reportagens que mostram o país de um lado desfavorável, para reverter o que chamou de "uma onda de intensa publicidade negativa", que enfrenta atualmente.
"O documento estabelecia quatro áreas que causaram 'considerável publicidade negativa' na imprensa internacional, como a poluição do ar, a (má) qualidade dos alimentos, (a etnia de quem serão) os carregadores da tocha e as paraolimpíadas", disse uma fonte anônima que recebeu o documento.
O memorando também pedia à imprensa estatal que fizesse reportagens positivas sobre esses assuntos para compensar os textos negativos que foram publicados nos últimos tempos.
Na última segunda-feira (12), o jornal estatal China Daily anunciou que o governo vai montar e monitorar um banco de dados com informações sobre os jornalistas internacionais que vão cobrir as Olimpíadas.
A circulação das diretrizes e a criação do banco de dados vêm em meio a uma ofensiva promovida pelo Comitê de Organização dos Jogos Olímpicos de Pequim para reconquistar a simpatia da imprensa internacional.
O comitê convidou os jornalistas a visitar prédios que abrigarão os jogos aos quais a imprensa antes tinha acesso proibido. Também foi organizada uma visita a duas fábricas que fornecerão alimentos durantes os jogos, para que os jornalistas conhecessem os padrões de qualidade aplicados na produção da comida.
"O memorando mencionava essas visitas organizadas como parte de uma campanha para reverter a situação que eles vêem aparentemente como propaganda de guerra", disse ao South China Morning Post um editor de Pequim que não quis se identificar. Com informações da BBC.

Sonda japonesa filma 'pôr-da-Terra'


A parceria entre a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão e a rede de TV nipônica NHK acaba de render mais belas imagens da Lua e da Terra. Desta vez, a sonda robótica Kaguya, que carrega uma câmera de alta definição da NHK, filmou um magnífico "pôr-da-Terra" de uma posição no pólo Sul da Lua. O satélite também observou um "nascer-da-Terra". É importante lembrar, no entanto, que os fenômenos só são visíveis para satélites em órbita lunar. Um observador postado na superfície da Lua consegue ver nosso planeta o tempo todo, na mesma posição.

Fonte: Portal G1

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Notas e Comentários: A proteção da fonte


Estou estreando este quadro hoje, em nosso blogue Comunicação e Cidadania, trazendo notas e comentários do editor deste blog-jornal. Vamos lá.... De acordo com estudo da Privacy International, o direito de proteção a fontes jornalísticas está ameaçado, principalmente em democracias. Centenas de países adotam leis que mantêm ocultos informantes jornalísticos, porém, este sigilo é quebrado regularmente por escutas legais e ilegais ou por meio de mandados de busca a redações ou a casa dos repórteres, e isso é permitido, pois muitos países não possuem nenhum tipo de lei que isente jornalistas de buscas policiais. Segundo o site português Jornalistas Online, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) ressaltou que é cada vez mais freqüente interferências dos governos nos conteúdos midiáticos. Para exemplificar o quadro, a FIJ lembrou o acontecido na cidade de Estocolmo, Suécia, na semana passada, em que policiais invadiram uma rede de TV na intenção de obter dados sigilosos sobre um repórter. A polícia pretendia encontrar a cópia de uma conta de restaurante que confirmaria o encontro entre o jornalista e um importante membro do Governo Sueco.

Imprensa espanhola destaca declaração do atacante brasileiro Robinho

O jornal Marca reproduziu declarações de Robinho, que está no Brasil se preparando para as Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, nas quais provocou a equipe do companheiro de seleção e meia-atacante Ronaldinho Gaúcho. "Vejo o Barça pelo retrovisor", disse Robinho, em referência à diferença de quatro pontos que separa o líder Real Madrid, com 28, do Barcelona, que ocupa a terceira posição do Campeonato Espanhol. Cadê a humildade, Robinho?

Globo Online é eleito "Melhor Veículo Eletrônico do Ano" no Rio de Janeiro

O Globo Online foi o vencedor do 26º Prêmio Colunistas do Rio de Janeiro, conferido pela Agência Brasileira dos Colunistas de Marketing e Publicidade (Abracomp). Disputaram com ele na categoria "Melhor Veículo Eletrônico do Ano" o Ilha Brasil, do Second Life, e o site da rádio MPB FM. A vitória do Globo Online no Rio de Janeiro o classifica, automaticamente, para a final do prêmio Colunistas no Brasil no fim do mês. Existente há 40 anos, este é o mais antigo prêmio da publicidade brasileira ainda em atividade.

Uso da internet cresce na Europa; TV perde audiência

Pesquisa realizada pelo European Interactive revela que jovens na faixa dos 16 aos 24 anos utilizam mais os serviços da internet e vêem menos TV. Segundo o site BlueBus, 82% dos entrevistados usa os serviços da web de 5 a 7 horas semanais, enquanto que 77% dedica o mesmo tempo a TV. O estudo esclarece que se passa mais tempo navegando do que assistindo televisão e este fato contribuiria para a queda nos índices de audiência dos programas televisivos. Outro ponto da pesquisa mostra queda na utilização do e-mail. O estudo intitulado de Mediascope Europe revela que programas de mensagens instantâneas são os preferidos para comunicação na web.

Jean Wyllys estréia, em março, programa sobre gay culture no Canal Brasil

O vencedor da 5ª edição do "Big Brother Brasil 5", Jean Wyllys, vai exercitar sua veia de jornalista num programa sobre gay culture que tem estréia marcada para março, no Canal Brasil. Ainda sem nome e sem horário, o formato já está definido - "quase documental" - e os pilotos editados. Semanalmente, o programa, que tem concepção do próprio Jean Wyllys e do cineasta Luiz Carlos Lacerda, irá apresentar temas "sempre partindo daquilo que interessa todo mundo", afirma o jornalista.

Caixa Econômica Federal lançará concurso em 2008

A Caixa Econômica Federal lança novo edital do concurso no próximo ano, para cadastro de reserva de Técnico Bancário. A exigência para participação do concurso é de nível Médio completo, e a remuneração inicial é de R$ 1.716,66 já contando com auxílio alimentação. A jornada de trabalho é de 30 horas semanais, sendo seis horas diárias. O candidato selecionado, após três meses de serviços prestados à Caixa Econômica Federal, poderá pedir sua transferência para qualquer unidade da Caixa, que será analisada pelo setor de recursos humanos do banco.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

De olho na política: A mancada de Chávez


O rei Juan Carlos, da Espanha, abandonou o plenário da 17ª Cúpula Ibero-Americana neste sábado(10) em protesto contra as críticas ao ex-presidente espanhol José María Aznar feitas pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez. O rei tomou a decisão para mostrar o "mal-estar da delegação espanhola", de acordo com o presidente atual, José Luis Rodríguez Zapatero, que ficou na sessão.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, comentou a polêmica assim: "O certo é que não ouvi. Teve sorte o senhor Juan Carlos. Eu não sei o que teria dito a ele. Agora, não há nenhuma dúvida de que quando Juan Carlos de Borbón explora as expressões de um índio, está explorando 500 anos de prepotência imperial", disse Chávez. Hugo Chávez disse ainda que o soberano espanhol sabia do golpe de Estado que tentou derrubá-lo em 2002.

Em um outro momento na última sexta-feira, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, brincou com o colega Luiz Inácio Lula da Silva, chamando-o de "magnata do petróleo" - em referência à recente descoberta da Petrobras de óleo na Bacia de Santos.

Temos duas declarações e situações diferentes do Hugo Chávez, mas percebe-se a postura dele sempre é mesma. Quando não procurar ironizar os chefes de Estado com brincadeiras, age de forma impulsiva nas suas declarações, provocando incidentes ridicularizados pela mídia internacional. O jornal El Mundo destacou: Chávez insinua agora que o rei Juan Carlos estava por trás do golpe contra ele. No OLÉ, "Uma provocação: ‘O que é isso?’" Todos reprovando atitude do governante Hugo Chávez.

Na minha opinião, este é mais um show do polêmico Hugo Chávez que não se cansa de desafiar e buscar visibilidade para si próprio em seu projeto de ditadura democrática. Ontem, no final do programa Fantástico, uma charge ilustrava que Chávez havia conseguido algo desejado pelos seus antepassados.... Adolf Hitler... Mao Tsé Tung ... e outros ditadores da história: O poder ilimitado. Hugo Chávez busca exclusivamente isso e nada mais. Não se importa com o povo e sim na perpetuação de seu poder político, que para ganhar visibilidade dá shows de esterismo e ironia. Na verdade, ele quer mesmo é aparecer......

Everton Lima de olho na política.