quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Na Bolívia, rádios são atacadas e jornalistas protestam contra agressões


Na última terça-feira (27), ocorreu na capital do departamento boliviano de Pando, Cobija, o primeiro dos dois dias de greve convocadas pelas seis regiões opositoras ao presidente Evo Morales.
As ruas de Cobija, a 1.200 km da capital La Paz, foram bloqueadas grupos de estudantes e por máquinas e veículos do governo departamental, cujo titular é o ex-senador de direita, Leopoldo Fernández, atual diretor da agremiação opositora Podemos, do ex-presidente Jorge Quiroga.
Manifestantes aliados a Fernández atacaram as rádios Digital e Oasis. As transmissões foram interrompidas depois que a energia da rádio foi cortada por um grupo de desconhecidos.
"Nos sentimos ameaçados pelos jovens que desde as quatro da manhã estão nas ruas, nas imediações da rádio. Hoje de manhã um turba chegou jogando pedras", declarou Humberto Lucana, diretor da rádio Digital. Viviano Opi, dono da rádio Oasis, afirmou que foi ameaçado por um grupo que tentou invadir a rádio.
Os distúrbios diminuíram após a chuva, mas algumas ruas de Cobija permanecem bloqueadas.
Jornalistas também protestaram contra agressões a repórteres de Sucre, cidade que viveu momentos violentos no último final de semana, e contra as ameaças da turba de civis contra canais de TV privados de La Paz.
Segundo a agência de notícias AFP, dezenas de jornalistas marcharam pela praça de Armas de Sucre, onde ocorreram graves enfrentamentos no sábado e domingo. Durante os distúrbios, três policiais e um civil morreram, e mais de cem pessoas foram feridas.

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