terça-feira, 6 de novembro de 2007

Maior parte dos jornalistas do Acre ainda está na Universidade, diz presidente do sindicato


A discussão sobre a importância do diploma no jornalismo brasileiro é recorrente na maior parte do país. No Estado do Acre, região Norte do Brasil, a formação dos profissionais é ainda mais questionada, já que "aproximadamente 85% dos jornalistas está em busca da graduação na primeira turma de Jornalismo do Estado, que se forma em trinta dias", afirma Marcos Vicentti, 39, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Acre e aluno do último ano de jornalismo. "A grande maioria desses estudantes já é jornalista e atua nas redações sem formação acadêmica".
O Estado do Acre conta com aproximadamente 300 jornalistas profissionais, sendo que 230 estão em Rio Branco. "O sindicato tinha um trabalho só na capital e contava com 90 profissionais sindicalizados, mas já iniciamos a interiorização das nossas ações e, com a reorganização sindical, esperamos que os jornalistas voltem a fazer parte da entidade, pois como nos demais sindicatos do Brasil, aqui os jornalistas perderam a sua identidade", declara Vicentti, repórter fotográfico há doze anos do Jornal Página 20.
Os maiores desafios, na opinião de Marcos Vicentti, são a reorganização da categoria e a busca pela qualificação profissional. "De todos os jornalistas que estão nas redações, 90% tem registro em carteira. Boa parte dos profissionais não acreditava na entidade, mas nossa diretoria já começou um trabalho de reaproximação com a categoria", afirma.
O presidente afirma, entretanto, que houve algumas conquistas importantes no acordo coletivo assinado em julho desse ano. "Nós conseguimos que o piso salarial ficasse R$ 1. 310,00 por cinco horas de trabalho. O nosso piso é, portanto, o quinto maior do Brasil". Além disso, "conseguimos para os jornalistas que estão fazendo faculdade de jornalismo, que as empresas paguem 50% do valor da mensalidade. Esse foi um grande avanço para categoria", finaliza Vicentti.

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