terça-feira, 6 de novembro de 2007

Governo paquistanês endurece regime de censura à imprensa


Sob a alegação de reagir à ameaça de ataques terroristas e de que algumas emissoras de TV estariam destruindo a estabilidade nacional, o presidente do Paquistão, o general Pervez Musharraf, anunciou o fechamento de mais de dez emissoras privadas e canais estrangeiros, como BBC e CNN, foram impedidos de transmitir sua programação.
No último sábado (02), o governo enviou cartas a canais de TV pedindo que não fossem exibidos programas que "encorajassem" a violência ou promovessem um "comportamento anti-Estado". Segundo representantes das emissoras, teriam sido recebidas mensagens verbais ainda mais claras pedindo o cancelamento da cobertura ao vivo das passeatas por Chaudhry, chefe suspenso do Tribunal Supremo do país.
A Associação de Transmissores Paquistaneses classificou as restrições do governo como um "ataque ao fundamental e constitucional direito de expressão". As autoridades, no entanto, negam estar tentando censurar a mídia. Segundo o ministro da Informação, Mohammed Ali Durrani, o governo acredita em uma imprensa livre e apenas solicitou que a mídia respeite seu código de conduta.
Desde a decisão de fechar emissoras de TV no país, grande parte dos paquistaneses tem aderido ao uso da internet como principal meio de obter informações. Com uma população de 160 milhões de pessoas, o Paquistão tem entre três e cinco milhões de internautas, segundo informaram as operadoras de acesso à internet.

Fonte: Portal da Imprensa

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