sexta-feira, 25 de abril de 2008

Caso Isabela: A entrevista de Valmir Salaro Parte II


Para confrontar com as minha idéias expostas na primeira postagem sobre o assunto, disponibilizei trechos de um texto do Ivo Luchesi publicado pelo Observatório da Imprensa, a pedido da repórter do Diário do Nordeste (Fortaleza-CE), Emanuela França. Leia.


"É inegável que a Rede Globo conseguiu romper o cerco de silêncio, ao exibir, na edição do Fantástico de domingo (20/4), uma entrevista com os indiciados pelo assassinato de Isabella Nardoni. Sob o ponto de vista do chamado "furo jornalístico", uma vez mais a TV Globo demonstrou o poder de suplantar qualquer concorrente.


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Primeiramente, destaque-se a duração da entrevista. Além de ocupar um bloco inteiro, ainda prolongou-se, com direito a intervalo, para outro tanto. Tempo, portanto, não faltou para fazer ao casal uma pergunta embaraçosa. Nada. O repórter foi incapaz de promover uma pergunta que, diante do já apurado, pudesse produzir alguma inquietação em qualquer dos dois entrevistados.
O que se viu, todo o tempo, foi uma madrasta chorosa que, segundo já havia sido noticiado pela imprensa, uma lágrima sequer derramou, ao longo de cinco horas de interrogatório, diante do delegado. Se eu sou o entrevistador, indagaria à madrasta esse comportamento, no mínimo, estranho. Ou será que, em nome do "furo jornalístico", o teor da entrevista foi negociado, de modo a neutralizar o menor desconforto aos entrevistados? Se assim o foi, que valor jornalístico pode ter a entrevista?


Os indiciados nada acrescentaram, pois invocaram inocência. O repórter nada indagou que propiciasse qualquer perturbação. Que sentido, pois, terá a entrevista? Demonstrar quanto a Língua Portuguesa é desconhecida pelos entrevistados? Revelar que se trata de pessoas frágeis e de limitada densidade cultural? Permitir ao espectador deduzir que os indiciados são um casal que adorava a "filha-enteada"?


Será que o repórter desconhecia o fato de que, após a saída do casal do supermercado, com os filhos, todos foram a Guarulhos, no prédio dos pais da madrasta, para uma festa na qual, em dado momento, por algo que Isabella teria praticado, fez com que o pai, em tom grave, a repreendesse e, a partir daí, a família se retirou, com a promessa (ameaça) do pai de que "aquilo" não ficaria assim? Será que o repórter, apesar do "segredo de justiça", não poderia ter perguntado sobre o que ocorreu na tal festa, fato que a mídia já havia divulgado?


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É claro que não se poderia cobrar do repórter o papel do delegado. Entrevista não é interrogatório. Repórter não é delegado. Sim, quanto a isso, nada a obstar. Então, outra questão se apresenta: se, ao longo de 12 horas, somando o tempo do interrogatório dos indiciados, nada foi revelado por nenhum dos dois, o que esperaria o repórter extrair deles? Menos ainda, sem confrontação? Que finalidade jornalística, portanto, teve a entrevista exibida pelo Fantástico?


Apenas uma: repassar ao receptor mais uma carga de teor emocional que, pela estética dominante, mais serviu à defesa do que para a imagem da polícia e da perícia. Sou levado a crer que, pela flagrante expressão de fragilidade emocional dos indiciados, que a maior parte de telespectadores terá sofrido alguma alteração subjetiva na sua avaliação a respeito do caso. Trata-se, pois, de uma cobertura unicamente favorável à defesa, em detrimento do que a polícia e a perícia já haviam concluído.


quinta-feira, 24 de abril de 2008

Caso Isabela : A entrevista de Valmir Salaro


Nos últimos dias, surgiu uma polêmica entre os amigos jornalistas pela condução da entrevista do repórter Valmir Salaro com o pai e a madrasta da menina Isabela, Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá. Tudo partiu do ponto que Valmir não teria perguntado ao casal indiciado questões como: O que aconteceu no dia do crime? Por que havia sangue no carro? Por que ele falou que tinha um ladrão no apartamento e depois mudou a conversa? Quem eles imaginam que seja a terceira pessoa?, entre outras.


Caros amigos jornalistas, desse jeito parece que somos os investigadores policiais tentando desvendar um caso a cada matéria ou entrevista. Não podemos confundir jornalismo investigativo com interrogatório policial. Este trabalho é da polícia. Como jornalistas temos o dever de apurar os fatos e oferecer espaço para defesa de ambos os lados.


Muita coisa foi divulgada sobre o casal e até então nenhuma defesa ou resposta foi dada. A entrevista foi para que o casal se defendesse das acusações. Eles poderiam falar o que quiserem, embora que Valmir Salaro como nos pareceu não pode perguntar o quis. Afinal a entrevista partiu de um acordo com os advogados de defesa.


Mais uma vez, vou insistir: somos jornalistas e não detetives policiais. Temos a obrigação de divulgar e apurar os fatos. Dar oportunidade para que os dois lados se pronunciem. Para mim, a imprensa está se envolvendo por meio da opinião pública que quer uma resposta diante da injustiça ocorrida.


O repórter Valmir Salaro, da Rede Globo, deu a primeira notícia sobre a Escola Base, abateu-se com o linchamento moral dos denunciados e desde então faz o que o conjunto da mídia deveria fazer: por mais espetacular que seja a notícia e mais eloquente o delegado, Salaro checa antes de divulgar. Mais de uma vez convenceu os chefes de que a notícia era boa mas seu efeito ruim demais para que fosse publicada sem equidade. Mais de uma vez, viu a notícia nos concorrentes enquanto aprofundava sua investigação.


Veja este depoimento dele:


"Hoje eu sinto muita, muita dificuldade para fazer reportagem policial. Sinto-me usado, me sinto como um carrasco, quando o papel do repórter teria de ser outro; ele teria que fiscalizar a polícia e ajudar a sociedade. Hoje você acaba sendo uma espécie da ponta-de-lança da polícia. Se a polícia apresenta uma pessoa como sendo um “grande bandido”, você acaba embarcando e divulgando essa versão, e muitas vezes prejudica a vida desse suposto bandido que na verdade não passa de um coitado."


Somente reforça tudo que falei até aqui. Discorda ou concorda, então comente neste espaço.


Everton Lima é jornalista

Ministro afirma que 80% dos brasileiros deve ter acesso à internet em dois anos


O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, afirmou nesta quinta-feira (24), que o número de brasileiros com acesso regular à internet deve quase triplicar até 2010. Estimamos que até 2010 teremos 80% da população brasileira acessando regularmente a internet de uma forma ou de outra. Essa é uma meta global", garantiu.


De acordo com o ministro - que deu a declaração após participar de entrevista a emissoras de rádio no estúdio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) - se confirmada a previsão, o número de internautas no país deve passar dos atuais 60 milhões para pelo menos 150 milhões.


Durante conversa com jornalistas, o ministro ressaltou as iniciativas do governo para promover a inclusão digital. A ampliação do número de laboratórios de informática com redes de internet nas escolas públicas foi apontada como uma das prioridades dos Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação.


Fonte: Agência Brasil.

Publicitário Duda Mendonça lança blogue


O publicitário Duda Mendonça lança nesta quinta-feira (24), o "Blog do Duda" (http://www.blogdoduda.com.br/) com o objetivo de compartilhar a experiência de mais de 25 anos de propaganda e marketing político e comentar as tendências mundiais do segmento.


A página não será um simples diário online: poderá virar fonte de consulta para políticos e assessores de campanhas. Além disso, publicitário também deve falar de situações que marcaram sua carreira profissional.


Vídeos e fotos serão referências importantes para ilustrar os comentários no blog, e, para isso, assunto não vai faltar: à sua extensa lista de premiações na propaganda comercial, com Leões de Cannes, Clios de Nova York e outros prêmios nacionais, soma-se o reconhecimento profissional na transformação da propaganda e do marketing político. Duda Mendonça já criou mais de 45 campanhas políticas, que elegeram desde vereadores até presidente.


Fonte: Portal Imprensa

terça-feira, 15 de abril de 2008

Projeto de lei que altera fuso horários do país deve ser sancionado por Lula


O projeto de lei do senador Tião Viana (PT-AC), que altera o fuso horário de municípios da região norte do país, deve ser sancionado pelo presidente Lula, segundo Romero Jucá (PMDB-RR) informou ao jornal Folha de S. Paulo.


Aprovado na última sexta-feira (11) no Senado, o projeto iguala o fuso horário do Acre e do Amazonas, com o adiantamento de uma hora no fuso dos municípios que tinham duas horas de atraso em relação a Brasília (DF). O Pará (PA), que atualmente tem dois fusos, terá seu horário igualado ao de Brasília.


Em tempo


O projeto de Viana foi aprovado alguns dias depois da portaria 1.220/07 entrar plenamente em vigor no país. A portaria determina que as emissoras adaptem suas grades de programação nas diferentes regiões em função da classificação indicativa e, desde sua aprovação, sofre resistência das emissoras de TV.


Sem conseguir derrubar a portaria, a estratégia foi pressionar o Congresso. Viana conta que seu projeto - que inicialmente pretendia igualar o horário do Acre ao do Amazonas - sofreu grande pressão das emissoras de televisão quando tramitou pela Câmara em 2007.


O projeto das emissoras era que o fuso de todo o país fosse igualado. A proposta foi feita à deputada Rebecca Garcia (PP-AM), dona da Band de Manaus e relatora do PL na Câmara, mas não foi levada adiante. A solução encontrada foi agilizar a aprovação do projeto de Viana.
Com informações da Folha de S. Paulo.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Em Fortaleza: Pão e Circo pra Galera


A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, adora a política do pão e circo. Ontem, aniversário de Fortaleza, a municipalidade trouxe Roberto Carlos para cantar na praia de Iracema. Quase quatrocentas mil pessoas compareceram ao local e se emocionaram, cantaram e vibraram com o rei da música. Tirando o show à parte e voltando ao que dizia, destaco acima uma charge do Diário do Nordeste publicada no domingo que enfatiza a minha primeira frase.


Fique Sabendo


Na Roma da Antigüidade Clássica, César dava à massa pobre e faminta os espetáculos vividos no Coliseu; era a chamada política do “Pão e Circo”. Ao povo fornecia-se pão, para saciar a fome, e shows de combates entre gladiadores, para saciar a mente. A massa, por conseguinte, dificilmente se rebelava contra os governantes daquela cidade, uma vez que estava alimentada tanto física quanto mentalmente. No Brasil de hoje, também acontece a política do “Pão e Circo” entretanto, ao invés das batalhas entre gladiadores e das corridas de bigas, temos nossos showmícios, nosso Futebol e nosso Carnaval, dentre outros circos. A diferença básica existente na política original é: os Romanos recebiam pão; no Brasil, a fome mata. Não é à toa que vêm acontecendo as Olimpíadas e pouco se fala sobre política, já que este acontecimento do esporte é mundial e as eleições, regionais.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Comentário do dia: Programas de Humor chacotando os famosos ganham espaço na TV




Que a TV brasileira vive um momento péssimo na qualidade de programas, isso é uma verdade. Resta saber por que ganham tanto espaço na mídia e audiência dos telespectadores. O Pânico na TV é basicamente composto por sátiras, trotes, comentários de notícias e matérias fora do estúdio (como invasões em festas ou abordagens de pessoas nas ruas) e alcança bom ibope no horário.

A Bandeirantes entrou na onda e lançou recentemente o CQC que trabalha no mesmo formato, porém, menos escrachado. No comando de Marcelo Tas, o programa traz matérias com famosos em eventos importantes das celebridades. E busca trabalhar o humor de forma inteligente. É um estilo pânico mais puritano, mas engraçado.

O fato é que estes tipos programas ganharam a nossa televisão e recebem grande atenção do público. Será que nossa TV perdeu a qualidade? Não. Há programas de qualidade em nossa TV, é só procurar. Não é díficil. Globo, SBT, Band, TV Brasil, Rede Vida, Canção Nova e Record oferece boas opções de programas que fazem refletir e entreter. A questão é de gosto mesmo. Há uma preferência do público por programas sensacionalistas e de humor escrachado. Lembram do programa do Ratinho!

Mas a tendência é que eles não consigam sustentação por muito tempo. O povo cansa ao perceber que o programa não inova e é sempre a mesma coisa. Vesgo e Silvio não fazem mais graça depois que passou a Danaça do Siri e as sandálias da humildade. Sobrou pra as pernas de Sabrina e Panicats que até motivam assistir o programa ou a chance de ganhar um carro por meio de uma mensagem de texto no celular.

Há quem me pergunte, e o Faustão? Existe uma sensível diferença: a emissora. Por mais que estejamos cansados dos jargões "Ô loco meu" "Quem sabe faz ao vivo" ou "Tanto no pessoal como no profissional", estaremos acompanhando ele por que seu programa que destaca os interesses de divulgação da emissora: o galã da novela, a banda ouvida nas rádios, celebridades entre outros. Que sensivelmente torna-se o que queremos ver na TV. Faustão não pode ser comparado aos programas acima.


Prêmio Luiz Beltrão será lançado na segunda


Recebi do professor Ricardo Silveira e divulgo no meu blogue:

No próximo dia 15 de abril, acontece no auditório da Fundação Biblioteca Nacional Av. Rio Branco 219 - Centro - Rio de Janeiro), às 14h, o lançamento nacional do XI Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação.

Neste ano, em que comemoram-se os 72 anos do início de carreira jornalística de Luiz Beltrão e os 90 anos de seu nascimento, a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – INTERCOM, promotora do prêmio, juntamente com a Globo Universidades e Universidade Federal do Rio Grande do Norte, prestam justa homenagem ao desbravador das Ciências da Comunicação no Brasil.

Desde seu surgimento em 1997, o Prêmio Luiz Beltrão destina-se a qualidade do trabalho acadêmico realizado nas universidades ou nos centros e institutos de pesquisa, valorizando a atuação individual ou coletiva, identificando pessoas, equipes ou instituições que dão contribuições relevantes para o campo das Ciências da Comunicação, numa homenagem ao pioneiro da pesquisa acadêmica sobre os fenômenos comunicacionais brasileiros, de modo a construir e consolidar a identidade da nossa comunidade acadêmica.

As candidaturas ao prêmio são inscritas, cada ano, pelos sócios da INTERCOM, bem como por quaisquer outros membros da comunidade acadêmica da área. A distinção é concedida anualmente em quatro categorias: Maturidade Acadêmica (pesquisador-senior), Liderança Emergente (jovem doutor), Grupo Inovador (núcleo de pesquisa ou produtora midiática) e Instituição Paradigmática (escolas, institutos, empresas, associações, etc).
Já foram premiados a Secretaria Especial de Comunicação Social da Prefeitura do Rio de Janeiro e o Canal Futura (grupos inovadores), e Cinemateca Brasileira de São Paulo, Editora Vozes e Embrapa (instituições paradigmáticas).

A seleção dos candidatos e a decisão sobre os vencedores é competência de um colegiado nacional, composto por 17 membros, do qual participam os ganhadores, em anos prévios, do prêmio “maturidade acadêmica”, bem como pelos pesquisadores que exerceram a presidência da INTERCOM, como: José Marques de Melo, Gaudêncio Torquato Anamaria Fadul e Margarida Kunsch (ex-presidentes); Muniz Sodré, Carlos Eduardo Lins da Silva, Adisia Sá e Antonio Hohlfeldt (maturidade acadêmica).

Quem foi Luiz Beltrão

Pernambucano de Olinda, foi o pioneiro da pesquisa científica sobre os fenômenos comunicacionais na universidade brasileira. Nascido em 8 de agosto de 1918, Luiz Beltrão foi fundador do Instituto de Ciências da Informação, primeiro centro acadêmicos nacional de estudos midiáticos, e da primeira revista de ciências da comunicação (Comunicações & Problemas), na Universidade Católica de Pernambuco, em 1963. Tornou-se também o primeiro doutor em comunicação no Brasil (Universidade de Brasília, 1967). Sua obra ganhou reconhecimento nacional e prestígio internacional, nos âmbitos do jornalismo e da comunicação de massa. Foi ao mesmo tempo educador, pesquisador e divulgador científico. Luiz Beltrão faleceu em Brasília em 1986.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Google apresenta à CPI medidas contra crimes no Orkut


Uma boa notícia para o combate a pedofilia na Internet. O Google Brasil apresentou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia do Senado medidas que visam coibir crimes de internet no Orkut. A empresa promete reforçar estrutura e equipe no Brasil, além de promover encontros para troca de experiências na área.


Ainda na CPI, a empresa disse que manterá dados de acessos de usuários por períodos mínimos de seis meses. Caso haja qualquer denúncia de crimes contra os direitos humanos, a página deve ser retirada do ar, mas continuar preservada no servidor para que sirva de prova a possíveis investigações do Ministério Público (MP) e da Polícia Federal.


Fonte: Agência Senado

Defesa da jornada de trabalho de cinco horas para o jornalista em outras empresas.


Ainda que trabalhe em empresa de outro ramo, jornalistas têm direito a jornada de cinco horas, segundo decisão da Seção Especializada em Dissídios Individuais-1 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), informa o site Consultor Jurídico.


Na decisão, os ministros negaram recurso ao Banespa e concederam a jornalista que trabalhava no banco jornada de cinco horas. A ação surgiu com o pedido do jornalista do recebimento de horas extras trabalhadas. O profissional conquistou a vitória da Justiça, já que o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) entendeu que ele desempenhava atividade tipicamente jornalística.


No entanto, o Banespa recorreu da decisão, alegando não ser uma empresa jornalística e que o empregado em questão não desempenhava função de jornalista. O argumento não foi aceito pelo relator do caso, o ministro Carlos Alberto Reis de Paula.


Para ele, mesmo atuando em empresa de outro ramo, o jornalista tem direito a jornada reduzida pela CLT. Além disso, afirmou que "como profissão diferenciada, o jornalismo pode ser exercido também em empresas que não tenham a edição ou distribuição de noticiário como atividade preponderante".


Fonte: Portal Imprensa

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Libero Badaró e o Dia do Jornalista


Caros amigos jornalistas parabéns pelo seu dia! Vale a pena trazer um pouco sobre a história deste dia para o amigo leitor. Em 07 de abril de 1831 Dom Pedro I abdicava do trono, pressionado pela oposição, abandonado pelo exercito e destratado pela opinião pública. A imprensa imputava responsabilidades ao Dom Pedro I em torno do assassinato do jornalista Líbero Badaró ocorrido em 20 de novembro do ano anterior.


Um século depois a ABI recomendava a data, por coincidência, também, marco de fundação da entidade, como referência para doravante se comemorar o Dia do Jornalista. Não há nenhum registro de causa e efeito entre os fatos, mas certamente que não foi por acaso que Gustavo de Lacerda escolheu o dia 07 de abril para a reunião que resultou na fundação da Associação de Imprensa.


A exemplo de outras categorias profissionais, como médicos, enfermeiros e motoristas, usa-se a data do padroeiro da profissão, São Francisco de Sales (bispo e doutor da Igreja Católica) para homenagear os profissionais do jornalismo: dia 24 de janeiro.


Aproveito, então, a oportunidade para arriscar qual seria o melhor presente para o jornalista neste dia: um tratamento digno! Não custa nada, e o maior beneficiado disso pode ser você caro leitor.


Parabéns jornalistas!



domingo, 6 de abril de 2008

Reputação, Tecnologia, Estrategia e Confiança


Na última semana estive participando do Congresso Norte e Nordeste de Comunicação Empresarial e Pública (CONNCEP) promovido pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (ABRACOM), em Fortaleza. Os quatro temas que mais se repetiram nas discussões e palestras foram: reputação das marcas, novas mídias e pensamento estratégico da comunicação, e eu acrescento o poder da confiança. Quero poder discorrer em poucas linhas sobre cada um deles.

Para medirem a reputação da marca de uma empresa, é necessário conhecer o que pensam e sentem as pessoas quanto a esta estrutura. As grandes multinacionais trabalham intensamente neste foco. No Brasil, o primeiro lugar em reputação é da Petrobras seguido de outras empresas como Gerdau, Vale do Rio Doce e Grupo Pão de Açúcar.

Como o avanço das novas mídias, a velocidade e o acumulo de informação é maior. O que exige um trabalho de acompanhamento e utilização dessas tendências a favor da comunicação corporativa. A geração de mão-de-obra atual não é formada de pessoas que nasceram com a informação digital (diferente de nossos filhos), mas que aprenderam a conviver com ela.

Daí a importância de pensar comunicação de forma estratégica. O planejamento pode ser uma etapa árdua que exige muito profissional, porém, é necessário para o crescimento da corporação diante do cumprimento de suas metas. É como um jogo de xadrez, o movimenta de cada peça não pode ser alheio e sim orientado por uma estratégia para ganhar o jogo. Sem pensamento estratégico na comunicação, as empresas acumulam custos e sofrem prejuízos.

Talvez nunca tivesse se falado tanto sobre a importância da confiança nas corporações como nos dias de hoje entre executivos, gerentes, acionistas, públicos de interesse, clientes e outros. Transmitir confiança não é fácil ainda mais nos dias de hoje em que corrupção assola o país. Porém, trabalhar de forma ética é o santo remédio.


Everton Lima é jornalista.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

OAB é contra divulgação de escutas sigilosas na imprensa


O secretário-geral-adjunto do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Alberto Zacharias Toron, afirmou ser contra a divulgação de informações sigilosas de interceptação telefônica pela imprensa. Ele disse que Judiciário tem sido complacente com os vazamentos, e lembrou que o anteprojeto do Ministério da Justiça sobre escutas telefônicas considera essa prática criminosa.


No entanto, declarou que é preciso ter cuidado ao responsabilizar os culpados pelo vazamento. Toron afirmou não ser verdade que a divulgação de dados ocorre por causa do acesso de advogados aos autos investigatórios, já que "curiosamente", fatos incriminadores vêm à tona. A OAB propõe aumento de penas quando um funcionário público é o responsável pelo ato.


Fonte: Portal Imprensa