sexta-feira, 11 de abril de 2008

Comentário do dia: Programas de Humor chacotando os famosos ganham espaço na TV




Que a TV brasileira vive um momento péssimo na qualidade de programas, isso é uma verdade. Resta saber por que ganham tanto espaço na mídia e audiência dos telespectadores. O Pânico na TV é basicamente composto por sátiras, trotes, comentários de notícias e matérias fora do estúdio (como invasões em festas ou abordagens de pessoas nas ruas) e alcança bom ibope no horário.

A Bandeirantes entrou na onda e lançou recentemente o CQC que trabalha no mesmo formato, porém, menos escrachado. No comando de Marcelo Tas, o programa traz matérias com famosos em eventos importantes das celebridades. E busca trabalhar o humor de forma inteligente. É um estilo pânico mais puritano, mas engraçado.

O fato é que estes tipos programas ganharam a nossa televisão e recebem grande atenção do público. Será que nossa TV perdeu a qualidade? Não. Há programas de qualidade em nossa TV, é só procurar. Não é díficil. Globo, SBT, Band, TV Brasil, Rede Vida, Canção Nova e Record oferece boas opções de programas que fazem refletir e entreter. A questão é de gosto mesmo. Há uma preferência do público por programas sensacionalistas e de humor escrachado. Lembram do programa do Ratinho!

Mas a tendência é que eles não consigam sustentação por muito tempo. O povo cansa ao perceber que o programa não inova e é sempre a mesma coisa. Vesgo e Silvio não fazem mais graça depois que passou a Danaça do Siri e as sandálias da humildade. Sobrou pra as pernas de Sabrina e Panicats que até motivam assistir o programa ou a chance de ganhar um carro por meio de uma mensagem de texto no celular.

Há quem me pergunte, e o Faustão? Existe uma sensível diferença: a emissora. Por mais que estejamos cansados dos jargões "Ô loco meu" "Quem sabe faz ao vivo" ou "Tanto no pessoal como no profissional", estaremos acompanhando ele por que seu programa que destaca os interesses de divulgação da emissora: o galã da novela, a banda ouvida nas rádios, celebridades entre outros. Que sensivelmente torna-se o que queremos ver na TV. Faustão não pode ser comparado aos programas acima.


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