terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Comentário do dia: A saída de Fidel Castro é pré-anúncio da queda do regime socialista no país.

Fidel Castro renunciou à Presidência de Cuba após 49 anos no poder. Último líder histórico do comunismo, Fidel, de 81 anos, anunciou a renúncia após quase 19 meses de convalescença de uma grave doença - de origem intestinal -, que o levou a ceder o comando do país em caráter provisório ao irmão Raúl Castro, de 76 anos, que hoje ocupa o Ministério da Defesa. Motivo de muito descontentamento entre os cubanos, que não acreditam na forma de governar Raúl.
Cuba está sob o regime socialista desde o século passado, e vive momentos de instabilidade econômica e política nos últimos anos. A imigração cubana para os Estados Unidos está atingindo os maiores números em mais de uma década. Autoridades americanas afirmam que a imigração cresceu a ponto de se tornar um negócio que movimenta ilegalmente milhões de dólares por ano. As autoridades cubanas acreditam que a razão para a imigração seja econômica e não política, ou seja, por insatisfação com o novo governante.
Diz o ditado: Onde há fumaça, há fogo. Neste caso é via de fato, mas temos que considerar que situação econômica de Cuba não anda bem das pernas há muito tempo e não é de hoje. O capitalismo neo-liberal está forte e sufoca sistemas socialistas que decretam bloqueio para relações econômicas. E a China? Temos uma situação diferente. O país negocia com nações capitalistas e trabalha no desenvolvimento tecnológico e social. Não é a toa que o país sediará o maior evento esportivo do planeta, as Olímpiadas.
O que pode acontecer com Cuba se continuar assim? É perceptível que Raúl Castro não possui braço forte para o governo e ainda vai deixar muito instável o país. Poucas pessoas devem apostar isso agora, mas quero arriscar. O regime socialista de Cuba cairá e com ele a abertura econômica. Tudo isso, por que vai faltar dinheiro no bolso do cubano. A situação econômica tende a incentivar mais a imigração e o país-ilha isolado no atlântico deve abrir as portas para sobreviver.
Everton Lima é jornalista.

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