sexta-feira, 28 de setembro de 2007

59,1% dos povos brasileiros confiam na imprensa.

Será que merecemos tamanha confiança? Somos Instituições comprometidas com a verdade para opinião pública e por transformações sociais que tragam o bem comum? Informamos ou desinformamos? Uma pesquisa divulgada ontem pela Associação dos Magistrados Brasileiros mostrou as instituições em que os brasileiros mais confiam.
Entre as instituições avaliadas, cinco obtiveram a confiança de mais da metade das pessoas ouvidas: a Polícia Federal (75,5%), as Forças Armadas (74,7%), o Juizado de Pequenas Causas (71,8%), a imprensa (59,1%) e o Supremo Tribunal Federal (52,7%).
O brasileiros confiam em nós, mas será que damos motivos para tanta confiança? A prática do jornalismo em nosso país vêm sendo marcada por uma onda de denuncismo dos casos de lavagem e desvio de dinheiro público e até de facções organizadas. O jornalismo investigativo conseguiu mais espaço nas edições do jornal impresso, rádio, TV e Internet. Porém, a falta de verificação da informação com as fontes relacionadas por parte de alguns veículos, na ânsia de divulgar a notícia, causa desinformação. A preocupação das empresas de comunicação com o lucro da verba publicitária condiciona a uma busca incessante por números elevados de audiência. A imprensa brasileira teve boas lições sobre isso, há bem pouco tempo no caso da Escola Base. Qual a função da imprensa? Vender ou Informar? Há quem responda as duas coisas eseja compreendido, porém existe quem opte por uma e não seja compreendido.
Em Mossoró, a edição de ontem do jornal Gazeta do Oeste destacava a morte de um pastor evangêlico no interior do RN e estampava na capa a foto do defunto no caixão. A intenção do jornal não era passar a notícia, por que havia outras formas de destacar o assunto, sem a necessidade de expor a foto do defunto.
Então, será que merecemos tamanha confiança? Já que preocupamos muito mais em vender do que informar. Os brasileiros confiam e pouco questionam a informação. São levados pelo poder de manipulação da imprensa. Mas nem sempre é assim? No referendo das armas, muitos veículos assumiram a postura do desarmamento, mas população respondeu que não. Nem sempre o feedback acontece entre emissor e receptor.
Amigos jornalistas, vamos trabalhar pela real função de informar do jornalismo e assim merecermos a confiança do povo brasileiro.

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