quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Ética no jornalismo esportivo

Um discussão no programa Observatório da Imprensa de ontem abordou a crise política do Corinthians envolvendo escândalos de lavagem de dinheiro pela MSI. Um comentário do jornalista Juca Kfouri me chamou atenção: "É preciso acabar com os setoristas da imprensa de clubes de futebol gera promiscuidade no jornalismo esportivo".
É interessante a colocação dele, por que é muito comum observamos alguns repórteres que cobrem anos o mesmo clube de futebol, e de alguma forma, algumas vezes percebemos o torcedor aliando a imagem daquele profissional ao time. Isso é uma problema recorrente do jornalismo esportivo presente em muitos veículos de comunicação. Os repórteres chegam a receber presentes dos dirigentes de clubes no final de temporada de clubes e dinheiro para destacar determinado jogador do time em detrimento de outro. Em Fortaleza, alguns torcedores só ouvem jogos do Ceará pela rádio AM Verdes Mares ( vulga "Verdinha") por que maioria dos profissionais da emissora torcem pela equipe. Há comentários de que a própria torcida do Ceará chama pelo nome do apelido da emissora: A VERDINHA ..... AVERDINHA.
O ideal seria que as empresas de comunicação realizassem um revezamento de repórteres por clubes ou modalidades de esporte para não coibir estes tipos de ações anti-éticas da prática jornalística. Que confundem o torcedor e demoraliza o jornalismo.
Quero contar um caso que aconteceu com o jornalista Armando Nogueira, que recebeu um presente muito caro de um dirigente de um clube. Armando presenteou o dirigente do clube com um presente de preço igual. Quando se encontraram emum evento, o dirigente falou: Recebeu meu presente? Armando respondeu: Recebi. E você gostou do meu? Moral da história: Para mostrar que ele não era um profissional comprado com presentes ou vantagens, Armando presenteou o dirigente com um igual. O jornalista não deve se vender por dinheiro ou presente para subir na profissão. Competência e dedicação são formulas para isso.

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