sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Mudando de rotina 4

Mais um dia sobre estas linhas mal traçadas, trago notícias sobre Fortaleza para o meu querido público do RN. Hoje vamos falar de mercado informal. Em Fortaleza é o que predomina, poucas pessoas possuem emprego de carteira assinada e estão a bastante tempo no mesmo emprego. Ontem, em frente a um prédio que moro, conheci um jovem flanelinha de dezoito anos que trabalha na rua desde os oito para sustentar a mãe, o pai e os dois irmãos. Régis trabalha de domingo a domingo. Começa às seis da noite e só termina as 3 da manhã. Pela manhã estuda e ajuda nos afazeres de casa. O pai desempregado já foi cozinheiro de restaurante, mas devido a dependência a bebida não consegue colocar um prato de comida na mesa de sua casa. A mãe lavava roupa, mas a droga e a bebida levaram a mulher para a sujeira. Os dois irmãos estudam e são auxiliados pelo irmão Régis, que não desiste de trabalhar e nem abandonar seu pais. Apesar de tudo, Régis tem muitos sonhos e um deles, é formar uma familia feliz e digna. Régis já se envolveu com as drogas. Ele era avião. Mas conseguiu sair. E hoje ganha das gorjetas que recebe dos carros da frente dos restaurantes e recebe ajuda de proprietário de um deles. Régis é mais um brasileiro entre os números do mercado informal. Régis é um exemplo de sobrevivência.
Amanhã, trago pra vcs em detalhes o meu primeiro dia em Fortaleza.

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