terça-feira, 29 de maio de 2007

De olho na NOTÍCIA: Por furto de gravata nos EUA, Sobel vai cumprir pena no Brasil

A notícia é do portal G1:
O rabino Henry Sobel, de 63 anos, que responde a processo pelo furto de gravatas em lojas nos Estados Unidos, disse que fez um acordo com a promotoria. Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", ele afirmou que a pena será de seis meses de serviços comunitários no Brasil. Sobel foi detido no dia 23 de março em Palm Beach, na Flórida, sob a acusação de furto. Segundo a polícia norte-americana, o rabino teria sido flagrado pela câmera da loja Louis Vuitton. Detido, foi fichado, passou a noite em uma cela e foi liberado no dia seguinte depois de pagar fiança de US$ 3 mil (R$ 6.200). Uma semana após a prisão, já no Brasil, o rabino foi internado com uma crise nervosa no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo. Ele teve alta após nove dias. Este mês Sobel encontrou o Papa Bento XVI, durante a visita do pontífica a São Paulo. o rabino disse que pediu uma benção e como o tempo foi curto demais, não pediu perdão.

Comentário

Interessante. Henry Sobel é uma grande figura religiosa internacional e pelo furto de uma gravata será punido com serviços comunitários no Brasil. Enquanto, na mesma situação alguém menos conhecido cometendo um ato criminoso da mesma natureza, talvez não tivesse pena igual. Quem sabe ficasse preso até ser esquecido por causa de uma gravata. Traços da injustiça desse país em que o sistema de punição e segurança é fraco e desigual. Quero recordar aqui o caso de um servente de pedreiro que foi confundido com um assassino na Bahia. Clébson Marinho Ramos, 22 anos, foi libertado após passar 53 dias preso injustamente em Salvador. Ele foi preso no dia 26 de fevereiro - domingo de Carnaval - acusado de matar a estudante Luciene Rodrigues da Silva, na avenida Oceânica. Por meio de uma denúncia anônima, policiais da Delegacia de Homicídios (DH) e do Departamento contra Crimes (DCC) descobriram que Augusto César de Jesus Conceição, 19 anos, era o verdadeiro autor do crime. O fato só foi revelado à imprensa no dia 12 de maio, após ter sido realizada a reconstituição do assassinato.
Augusto teria uma rixa com o irmão de Luciene, Carlos Luis Jesus dos Santos. Na hora do crime, Carlos se abaixou e a bala acabou pegando na irmã, que morreu. Clébson foi confundido com o autor do disparo por ser fisicamente parecido com ele. Clébson só foi solto sete dias depois da prisão de Augusto, que aconteceu no dia 12 de abril.

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