quarta-feira, 16 de maio de 2007

Será o fim das greves?

O Ministério do Trabalho defende regras mais duras para greves no país. O ministro Carlos Lupi disse que o serviço público tem a obrigação de manter os serviços considerados essenciais à população em funcionamento mesmo quando há greve dos servidores. Lupi disse concordar com a afirmação do presidente Lula de que "greve de 90 dias no serviço público é férias".
O anteprojeto de lei, elaborado pelo Ministério do Planejamento e analisado pela AGU (Advocacia Geral da União), torna essenciais todos os serviços públicos federais, estaduais e municipais. Pelo projeto, no caso de serviço inadiável, a greve deve ser comunicada com antecedência de 72 horas. Nos demais, com 48 horas. Na primeira hipótese, deve ser garantido pelo menos o funcionamento de 40% do serviço, com possibilidade de o poder público pedir que esse limite seja ampliado. Caso a Justiça julgue a greve legal, 50% do período de paralisia terá que ser reposto. Se for considerada ilegal, é previsto o desconto imediato do tempo parado.
Vamos pensar um pouco!
A paralisação é um instrumento de reivindicação dos cidadãos diante das injustiças sociais a que estão sujeitas diariamente. Enfraquecer este recurso significa uma tentativa de calar a voz da população por melhorias na saúde, educação, segurança e habitação, que padecem pela incompetência dos políticos corruptos que sobem ao poder para defender seus interesses.
Será que o poder público chegou um tamanho de ineficácia, a ponto de não conseguir solucionar os problemas sociais e atender as justas reivindicações do povo? Não acredito nisso, penso que há ausência de vontade política em trabalhar a favor do país. Esta é minha opinião.

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