O técnico Luiz Felipe Scollari proibiu atletas de concederem entrevistas no intervalo e logo após as partidas do Palmeiras. A medida foi acatada pelo grupo, mas não foi bem digerida pela imprensa. O fato é que os comentaristas esportivos estão batendo em cima e reclamando muito nas resenhas esportivas que cobrem campeonato brasileiro. Não concordo com a postura do técnico, mas entendo a intenção do técnico.
É fato! Isso dificulta o trabalho dos repórteres que cobrem os clubes para jornais, rádios, sites e televisões. Porém, muitos jornalistas promovem uma cobertura que não ajuda, mas atrapalha o trabalho dos clubes. Alguns comentários esportivos vêem-se tão donos da razão que especulam sobre a tática do time em campo e formam a opinião do torcedor contra o técnico.
É nesse ponto que vejo as intenções de Felipão de amenizar a crise e os comentários negativos de determinados “jornalistas”. Ele necessita trabalhar a equipe com tranqüilidade, para conseguir os resultados.
Mas não pode deixar a imprensa sem informação alguma, pois ela depende das fontes para fazer as matérias. Se a crise é ausência de vitórias, reúne a imprensa e expõe a situação, o que está sendo feito. Dessa forma, tira o foco de matérias negativas sobre o time, em relação ao assunto. Em crises, clubes, empresas e personalidades não podem calar-se. Estão no meio público e precisam comunicar-se.
Na copa do mundo, os jogadores não podiam conceder entrevistas no intervalo das partidas. Esta era uma norma da Fifa na competição, que concedia apenas o espaço para trabalho dos repórteres depois do jogo, em área privativa na beira do campo com painel de patrocinadores ao fundo. Além disso, promovia a entrevista coletiva com os técnicos das seleções depois das partidas.
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