terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Comentário do dia: Eu faria diferente.


Uma notícia pode ser abordada de várias formas e tonalidade diferentes de texto, mas não pode omitir fontes. Os jornais de Mossoró-RN divulgaram, hoje, uma notícia sobre uma estudante que não passou no vestibular e fraudou a matrícula na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

As manchetes foram as seguintes:


Universidade processa ‘falsa estudante’ - Jornal De Fato


Falsa estudante tenta assistir aula em Comunicação sem passar no vestibular - Jornal O Mossoroense


Quero comentar o conteúdo das matérias do qual vou dispor neste espaço. As duas matérias apontam as seguintes fontes: o reitor da UERN, Milton Marques, o diretor da faculdade, Emanoel Braz, e o chefe de departamento do curso de comunicação social, Jefferson Garrido. Sinto falta da fala ou versão da "falsa estudante", denominada Elaine Cristina, quanto ao caso, por mais que em uma das matérias tenha sido destacado que a mesma confessou. Qual a história dela? De onde veio? Por que fez isso? Imaginem se Elaine fez isso, por que não tinha coragem de contar a verdade para os pais de que não havia passado no vestibular. Que gancho! A pressão dos pais sobre os alunos em tempo de vestibular forçando a passar no exame. A cidade se prepara para outro exame da UERN, seria ótimo abordar o assunto nessa direção. Bem isto foi uma suposição, mas o motivo pelo qual Elaine cometeu a fraude é uma informação importante que não podia ser omitida. Leiam as matérias e dêem sua opinião.


Jornal O Mossoroense


Falsa estudante tenta assistir aula em Comunicação sem passar no vestibular

No final da semana passada, a direção da Faculdade de Filosofia e Ciência Sociais (FAFIC), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), desmascarou uma provável estudante do curso de Comunicação Social que, segundo suspeitas, estaria assistindo aula normalmente sem ter passado no vestibular.
A diretoria descobriu que ela havia fraudado a matrícula na última quinta-feira, através de uma denúncia. No dia seguinte, o diretor Emanuel Braz pediu para que ela deixasse de freqüentar as aulas, pois caso contrário entraria com processo contra ela.
As secretárias da Fafic procuraram o registro da matrícula e não constava nem no sistema de matrículas nem no Departamento de Admissão e Registro Escolar (DARE). Acredita-se que a "estudante" tenha feito uma cópia da matrícula de uma outra pessoa, preenchido com seus dados e deu um jeito de colocá-la entre o restante das matrículas.
Ontem à tarde, Emanuel Braz esteve no setor jurídico da Universidade para resolver o caso. Na ocasião, o diretor da Fafic preferiu não dar declarações sobre o ocorrido. "O caso é suspeito e não sabemos realmente ainda o que houve. Não quero falar para não envolver pessoas ou prejudicar quem não tem nada a ver", disse.
Caso a Uern prossiga com o processo, a impostora deverá responder por crime de estelionato.
Saiba mais sobre estelionato
O estelionato corresponde ao artigo 171, que diz: Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. Pena: reclusão, de um a cinco anos, e multa.


Jornal De Fato


Universidade processa ‘falsa estudante'


A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) vai registrar um Boletim de Ocorrência (B.O) e ingressar com uma ação judicial para punir uma pessoa conhecida por Elaine Cristina por falsificação de documento. Desde o último dia 6 de novembro, ela se passava por aluna do curso de Comunicação Social da instituição. Informações repassadas pelo reitor da Uern, Milton Marques de Medeiros, dão conta de que Elaine copiou o atestado de matrícula, em branco, de uma colega, e passou a freqüentar as aulas normalmente. Elaine Cristina já foi afastada."A universidade já está tomando as providências cabíveis. Mesmo não tendo sido uma fraude durante o processo seletivo, a direção da faculdade deveria ter percebido a presença dessa aluna", avalia o reitor Marques.A tentativa de fraude só foi descoberta, na semana passada, após a desconfiança de alguns professores, já que o nome de Elaine Cristina não constava em nenhum dos diários de aula. Elaine não ingressou com nenhuma documentação junto à Fafic. Ao analisar o atestado de matrícula apresentado por Elaine Cristina, a diretoria da Faculdade percebeu que o documento tinha data e hora iguais à de outra aluna do curso. Colocada frente a frente com a colega de quem copiou o documento, Elaine confessou a adulteração, detalha Milton Marques.Na tarde de ontem, o diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FAFIC), a qual está ligado o curso de Comunicação Social, Emanuel Pereira, solicitou da Comissão Permanente do Vestibular (COMPERVE) a declaração de que a "falsa estudante" não havia sido aprovada no último vestibular realizado pela Uern. Ele não quis se pronunciar a respeito do assunto. Disse apenas que o caso está sendo apurado, e até o final desta semana terá um posicionamento. "Estamos entrando com o processo a pedido do reitor. Quando tivermos maiores informações, repassaremos à imprensa", declarou Emanuel Pereira.O chefe do Departamento de Comunicação Social da Uern, professor Jefferson Garrido, afirma que não há como o departamento saber da existência de possíveis fraudadores. Ele alega que a falta de um sistema informatizado prejudica esse tipo de acesso. "Isso acaba facilitando ocorrências dessa espécie. As pessoas ainda se prendem demais ao papel. Fica mais fácil tentar fraudar", justifica o professor Garrido.Questionados sobre a justificativa dada por Elaine Cristina sobre o motivo da tentativa de fraude, os representantes da Uern não souberam explicar. Não há registro de ocorrência de casos similares na Uern.

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