segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Comentário do dia: Finalmente baixaram a moral de Chávez


Venceu o bom senso. Vitória da democracia. No plebiscito da Venezuela que decidia a reeleição perpetua dos governantes, o não venceu por 51% contra 49% dos votos e com um total de 44% de abstensão. O presidente Venezuelano Hugo Chávez reconheceu a derrota e afirmou que não vai desistir de mudar a constituição do país. Mas ele vai encontrar dificuldades, pois a oposição está fortalecida depois do resultado do plebiscito nacional. Chávez deve pensar agora no candidato a presidente para apoiar nas próximas eleições na Venezuela, ou seja, buscar alianças que fortaleçam seu poder e visibilidade política.
Quanto ao futuro de Chávez, depois voltaremos a falar em outra postagem. A pergunta da vez é: Por que o "sim" perdeu em uma eleição considerada por Chávez já vencida? Entre as propostas do sim havia uma mescla de resoluções que atendiam aos planos de Chávez e aos que interessavam ao povo de forma indireta. Por exemplo, entre medidas tinhamos a reeleição perpétua para presidente e a transformação da função do exército de defesa da soberania nacional para comando de batalha da revolução bolivariana. Isso interessava muito a Hugo Chávez. Para ganhar o povo, ele inseriu medidas que afetavam diretamente a habitação, saúde e emprego, como a diminuição da carga horária de trabalho, a cosntrução de casa populares e a reforma agrária. O medo de uma guerra através da idéia da revolução bolivariana impressionou muitos eleitores, bem como a possibilidade de não haver mais alternância de poder.
Que fique bem claro, a tentativa de Chávez é uma agressão a democracia e ao direito de escolher pelo governante da nação. Chávez proclamasse herói da América Latina para combater os Estados Unidos, mas na verdade, assemelha-se a Bush na obsessão por poder. Finalmente baixaram a moral de Chávez, de um herói que não passa de Chapolin Colorado ambicioso. Esperamos que os próximos episódios se encaminhem para o fim deste seriado, pois não aguentamos mais uma temporada de espetáculo.


Everton Lima é jornalista.

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