quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

De olho na política: A derrota do governo

Diferente do que eu previa ontem, a oposição venceu e o governo perdeu na votação pela prorrogação da CPMF. No pleito, o governo obteve 45 votos e a oposição 34. Para aprovar a prorrogação seriam necessários 49 votos favoráveis. Agora o governo examina as alternativas que deverão ser adotadas após a rejeição pelo Senado. Inicialmente, o governo descarta a idéia de apresentar uma nova proposta. Ainda não foi definida a forma como o governo buscará a compensação pela perda da arrecadação de cerca de R$ 40 bilhões estimados via "imposto do cheque". Mas o que teria atrapalhado as negociações da CPMF endurecendo a oposição a tal ponto? Podemos postar aqui o atraso da base aliada em conversar com o senado sobre a matéria. O discurso contundente do presidente Lula atrapalhou muito na negociação com os senadores, que sentiam ameaçados pelas declarações. Quer dizer, o tom de apelação do presidente para os parlamentares surtiu um efeito negativo. (Momento de reavaliação da estratégia para a Secretaria de Comunicação da Presidência da República) A verdade é que a derrota abalou o governo neste fim de ano. A ministra-chefe da casa civil, Dilma Roussef, e equipe da base aliada se reúne desde cedo para encontrar saídas e soluções. Também não é uma sangria desatada. O Brasil não vai parar o crescimento por causa do fim do imposto do cheque. As obras prometidas pela União terão que se cumpridas. Tem que haver recursos. A questão é que se buscará novos caminhos que podem custar caro. Mas, bobo é quem pensa que o governo vai deixar isso barato.

Everton Lima de olho na política.

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