O Partido dos Trabalhadores vai utilizar uma estratégia antiga mais já esperada para eleições municipais deste ano: O presidente Lula como cabo eleitoral. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá visitar pelo menos 20 Estados nos próximos meses, durante a pré-campanha para as eleições municipais. Ele apresentará projetos de forte cunho social e pelo menos dez com a ordem de serviço já liberada.
Li no site Folha on line, que entre as viagens dadas como certas, uma será às obras na Favela do Lixão, em Duque de Caxias (RJ). O governo federal vai liberar R$ 127 milhões para o projeto. A cidade é comandada pelo PMDB, da base governista. Estima-se que nos próximos meses Lula passe até dois dias da semana fora de Brasília.
Mas por que o PT age dessa forma? Lula é um forte cabo eleitoral. Uma pesquisa Datafolha feita em novembro do ano passado mostra que em Recife, Fortaleza e Salvador, respectivamente, 38%, 29% e 26% dos eleitores dizem que o apoio de Lula a um candidato poderia levá-los a votar nele. Em Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre, 14% dos eleitores poderiam votar nos indicados por Lula. O índice sobe para 15%, em São Paulo e Belo Horizonte, e para 21%, no Rio.
Tenho um exemplo concreto que aconteceu nas últimas eleições para governador em 2006 no Rio Grande do Norte. A governadora Wilma de Faria lutava pela reeleição, mas não conseguia uma grande expressão de votos em Mossoró, segunda cidade do estado, devido a forte presença da oposição que detinha a municipalidade. Em um comício de Wilma ao lado de Lula, a história mudou de figura e a governadora garantiu os votos para se eleger. Resta saber se diante de tantas questões a resolver no Palácio do Planalto, ele terá peito pra trabalhar pelo seu partido com o mesmo empenho.
Everton Lima de olho na política.
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