sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Coitada das mulheres .... Por Helenira Cartaxo

Não sou feminista nem machista. Concordo com direitos iguais e deveres diferentes. Direitos iguais porque somos todos seres humanos, deveres diferentes porque homens e mulheres têm papéis distintos em casa e na rua. Mas mexeu comigo a nota de abertura da matéria "Senado aprova licença de seis meses" publicada no jornal OPOVO do dia 19/10: "A ampliação da licença-maternidade para seis meses foi aprovada no Senado. A mudança preocupa empresários cearenses. A medida é opcional e ainda vai à votação na Câmara dos Deputados"Está implantado o estado de terror... E agora se eu estiver concorrendo a uma vaga de emprego com um homem, há mais chances de ele conseguir, afinal ele não engravida? Ou após seis meses de licença maternidade, o empresário opta por ficar com o substituto, pois o estagiário ou o novo funcionário também tem seus direitos? E se for homem, então?A ligação mãe-filho é o que há de mais concreto na formaçao do caráter desse indivíduo, ainda mais nos seis primeiros meses de vida, quando o bebê deixa de ser bebê e passa a ser João ou Maria. Nesse aspecto dois meses fazem a diferença. Coitada das mulheres... quando finalmente, conseguem mais tempo para ficarem com seus lindos filhinhos, no periódo de mais afetividade entre eles, se deparam com os empresários, que pensando no financeiro se dizem "preocupados". E o projeto de lei, ainda tem "a cara de pau" (desculpe o termo) de tornar optativa a adesão do empresariado à lei (que já vem com exceções... esse é o meu país!), em troca de incentivos fiscais. Ótimo... dois meses a mais com seu filho é moeda de câmbio. Não poderia ser mais humana a legislação brasileira? Fica a pergunta... e a preocupação da mulher? Moderna? Que deve ser mãe, esposa e profissional?

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