sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Jornal espanhol classifica "Tropa de Elite" como fenômeno social

Em reportagem publicada na sua edição desta sexta-feira (19), o diário espanhol El País trata do polêmico filme brasileiro "Tropa de Elite", e o classifica como "um fenômeno social que desencadeou uma forte polêmica pública".
Sob o título de "A batalha do Rio de Janeiro, nas telas", o jornal confirma a repercussão internacional que o filme tem ganhado desde antes de sua estréia no exterior. Segundo conta o El País, "as filas para ver o filme são quilométricas. Vinte milhões de pessoas dizem tê-lo visto ou que o verão, e outras 12 milhões o piratearam".
O filme, baseado em fatos reais, conta a história de uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Às vésperas de uma visita do papa ao Brasil, em 1997, o batalhão recebe a missão de exterminar uma gangue de traficantes em uma favela próxima à casa do arcebispo do Rio.
"A polícia aparece como é, corrupta, às vezes mancomunada com os traficantes, aos quais vende inclusive armas; mas também imprescindível para lutar contra o narcotráfico", descreve o jornal.
"Os traficantes aparecem sem romantismo, terrivelmente violentos e dispostos a semear o terror e a morte para manter o controle do mercado". Na mesma linha do que falaram outros jornais sobre o filme, o El País conta que o Bope, que tinha reputação de incorruptível quando nasceu, é visto hoje como uma entidade brutal.
"O longa-metragem não deixa ninguém indiferente. Há os que o aplaudem de pé e os que se incomodam com as cenas de tortura, mas ninguém fica impassível", diz o diário espanhol. "Além do mais, é uma bofetada na classe média que consome drogas: diz sem meias palavras que cada cigarro de maconha ou cada grama de cocaína que se compra contribui para que floresçam mais traficantes, mais violência, e mais mortes", completa. As informações são da agência BBC.

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